Capítulo 38-Não resistiu

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Ele amarrou os dois e os colocou dentro de um armário vazio.

Saímos daquele quartinho e ficamos andando como se realmente a gente trabalhasse no hospital.

- Ótimo, só temos que descobrir qual sala está meu garoto.- Falou Pedro esfregando as mãos e caminhamos até a recepção, fiquei afastada dele e ele se aproximou da recepcionista.

- Olá doutor, em que posso te ajudar?- Ouvi a recepcionista falar.

- É o doutor Fabiano me pediu pra dar uma passada para ver o estado do paciente Miguel Campos, mas esqueci de pergunta-lo qual é o quarto em que ele está.- Falou e fiquei surpresa de como ele falou, pensou em tudo.

- Ah sim claro.- Falou e pegou um papelzinho entregando para ele.

- Obrigada.- Falou ele e saiu, depois de uns dois minutos fui atrás dele, não podia ir em seguida, poderiam desconfiar.

Me aproximei de Pedro e perguntei.

- Conseguiu?- Ele ergueu um papelzinho confirmando, caminhamos até o quarto e quando entramos no quarto vi mais uma vez lágrimas nos olhos de Pedro.

Miguel estava lá deitado, todo machucado e ligado em diversos aparelhos.

- Oh meu garoto, seja forte, papai precisa de você aqui comigo.- Falou se aproximando dele e beijando sua testa, me aproximei também deles.

- Ei pequeno, vamos acorda, você faz falta.- Falei baixinho.

Ficamos ali por um tempo, quando Pedro levantou e falou:

- Morena, vamos? Daqui a pouco os dois acordam e tenho que dar um jeito deles não falarem nada.- Me levantei junto com ele.

- Vamos.- Me levantei.

Demos outro beijo no Miguel e saímos de lá.

Fomos para o quartinho e eles estavam acordados tentando se soltar, Pedro os ameaçou,  falando que caso eles contassem os dois não veriam mais sua família.

Saímos do hospital e eu falei:

- Vou pra casa, desde ontem não dou sinal, só vou passar lá pra pegar a Lice.

- Tudo bem, amanhã eu passo lá na sua escola, e eu te deixo em casa hoje, vou ir em casa pegar umas coisas, e dar noticias também.- Falou e montamos na moto, ele acelerou e não demorou já estávamos no morro, paramos em frente a sua casa e eu desci.

Entramos.

- E o meu afilhado?- Foi a primeira pergunta que Magrin fez.

- Não tá nada bem, sofreu um traumatismo caniano e está em risco de vida.- Falou Pedro triste.

- Nossa o Miguel tem que sair dessa.- Falou Mel.

- Ele vai, meu sobrinho precisa ser forte.- Falou Rafa.

- Gente, o Miguelzinho é um garoto forte, ele vai sair dessa.- Falei e todos confirmaram.

- Vamos?- Perguntei para Mel e Lice que estava quieta e parecia estar triste.

- Sim.- Responderam juntas.

Nos despedimos e esperamos Pedro pegar oque precisava e pedir para Magrin cuidar do morro.

- Vamos?- Perguntou ele e confirmamos.

Entramos no carro, eu e ele na frente e Mel e Lice atrás.

Depois de um tempo ele parou lá em casa.

- Tchau, da um beijo no Miguel.- Falei beijando sua boca.

- Tchau morena, se cuida.- Falou e saí do carro.

-  Melissa, pode deixar que eu te deixo em casa.- Falou Pedro enquanto eu tirava Lice do carro.

- Não P1, não quero incomodar.- Falou ela.

- Tudo bem Melissa, ta no caminho.- Falou ele.

- Ok então, Meg, espero que isso não c...- Ia falar mais interrompi ela.

- Amiga, eu confio em você e confio nele também.- Falei e ela sorriu me abraçando.

- E mesmo se não confiasse, nunca faria algo para te decepcionar.- Falou ela.

- Tudo bem.- Falei.

Alicia se despediu deles e entramos, meu pai estava na sala.

- Onde você estava Megan? Onde você dormiu ontem? Alicia você aqui?- Perguntou.

- Você quase não fica em casa, acho que descobriu hoje que não dormi em casa.- Falei nervosa escondendo minha aliança atrás de Alicia- E Alicia veio ficar um tempo comigo.- Falei.

- Megan eu não quero saber de você passando noites fora.- Falou nervoso.

- Tanto faz, eu passo a noite onde eu quiser, você passa o dia inteiro no trabalho, prefiro ficar fora do que sozinha.- Falei e meu pai passou a mão no rosto.

- Olha como você fala comigo, eu sou seu pai.- Gritou nervoso.

- NÃO GRITA COMIGO.- Gritei também e ele se aproximou de mim.

- Escuta aqui mocinha, você está passando de todos os limites, vou cancelar o seu cartão de crédito amanhã mesmo.- Falou e virei os olhos.

- Tanto faz, eu não preciso do seu dinheiro.- Falei nervosa indo para a escada.

- Não vire as costas pra mim Megan.- Gritou de novo.

- Olha aqui pai, você perdeu o meu respeito desde o dia em que descobri que você mentiu para mim que minha mãe estava morta durante 17 anos.- Falei nervosa.

- Megan, eu já te pedi desculpas.- Falou.

- Eu te desculpei mais eu não esqueci.- Falei voltando e indo para a cozinha, fiz dois sanduíches, e peguei dois sucos, voltei e subi com Alicia.

Enquanto comíamos ela perguntou.

- Meg, o Miguel vai morrer?- Quando ela perguntou isso vi que seus olhos encheram de lágrimas mais ela não chorou.

- Não meu amor, o Miguelzinho é forte.- Falei e abracei ela.

Depois de termos comido, nos deitamos e dormimos, acordei com meu celular tocando.

Ligação on: Pedro  


- Oi Pedro? Aconteceu alguma coisa?- Perguntei preocupada, pois eram 03:51 da manhã.

- Megan? O Miguel teve outra parada cardíaca, foi reanimado mais seu coração está bem mais fraco do que estava.- Falou e me deu um aperto no coração.

- Pedro? Eu to indo ai, não faz nada.- Falei preocupada e desliguei.


Ligação off


Me levantei rapidamente e tive que acordar Alicia, não iria deixá-la sendo que meu pai sai cedo e Paula só chega 07:00.

- Pequena, nós vamos ao hospital ver o Miguel.- Falei e ela levantou.

- Aconteceu alguma coisa?- Perguntou e neguei.

- Não sei vamos.- Falei.

Nos trocamos e descemos, peguei a chave de um dos carros do meu pai e entramos no mesmo.

Dirigi até o hospital e assim que chegamos entramos rapidamente e fomos para sala de espera.

Olhei e Pedro estava sentado no chão chorando, corri até ele e o abracei.

- Megan meu garoto não resistiu, ele teve duas paradas cardiacas em meia hora, e não aguentou, meu Miguel morreu...

O Vagabundo E A DamaOnde histórias criam vida. Descubra agora