Calebe Pov
Acordo no meio da noite assustado e suando frio.
O motivo pelo qual acordei, é porque ando tendo o mesmo sonho, ou melhor pesadelo desde as férias de verão até agora no mês de novembro.
No sonho estou dentro de um carro com duas pessoas. O nome delas, John e Isabela.
Ao longo do caminho começo a ouvir vozes falando uma língua estranha que no sonho as entendo, mas pensando nelas agora acordado eu não as compreendo. A medida que o tempo passa, as vozes aumentam e a medida que elas se intensificam um nevoeiro muito espesso se forma a nossa frente bloqueando nossa visão.
Quando as vozes cessaram, o nevoeiro se dissipou na nossa frente e assim que ele desapareceu um caminhão estava vindo em nossa direção. Umas das rodas diateiras do caminhão escorregou em uma poça d'agua derrapando, fazendo com que a carreta do veiculo atingisse o nosso carro.
O carro capatou, o tanque de gasolina quebrou. A gasolina foi ao encontro de um fio desencapado de alta tensão, fazendo com que o carro pegasse fogo.De repente eu me vejo no banco de trás do carro, deitado dormindo enquanto o carro pega fogo. Por incrível que pareça, a única coisa que as chamas não queimavam era eu.
Como se alguém tivesse dado um zoom, eu vejo em meu pescoço uma marca semelhante ao fogo, tanto de forma como de cor. O mais estranho em tudo isso é que ela parecia que estava me protegendo.
Fala sério eu não acredito nem em Deus, quanto mais em uma marca mágica anti-chamas. Mas é um sonho tudo pode acontecer.
Eu ainda me pergunto o que aconteceu com aquelas pessoas que estavam comigo no carro. Por que me preocupo tanto com elas ?
Também nem poderia deixar de me preocupar com eles, afinal eles eram meus pais.Após eu ter conseguido dormir de novo, eu acordo mais uma vez só que agora com o som do despertador, anunciando que já são 7:00am.
-- Hora de ir para escola ! - exclamou minha avó com a voz um pouco contagiante, enquanto batia na porta.
-- Eu já acordei vó -- disse eu ainda deitado na cama.
Era só eu fechar os olhos por um instante e as imagens do pesadelo vinham, afrotando a minha mente. Eu balanço a cabeça numa tentativa de me livrar das lembranças do pesadelo.
Tomo coragem para me levantar da cama e sigo em direção a porta. Quando abro ela, vejo parada em minha frente. Minha avó, uma senhora de 60 anos, baixa e com um rosto que aparentava estar acordada ao um bom tempo.
-- Bom dia meu filho.
-- Bom dia vó. -- disse eu abraçando ela e depois segui para o banheiro.
-- Você vai querer panquecas ? -- perguntou ela interrompendo meus passos até o banheiro.
-- Não vó obrigado, hoje eu tenho treino de lacrosse. -- recusei com um pouco de arrepentidimento, mas precisava manter uma boa alimentação porque as semi-finais iriam começar sexta.
-- Então vou descer para fazer meu café, cuidado para não se atrasar.
Entrei no banheiro escovei os dentes, tomei banho, coloquei a toalha em volta da cintura e fui pra meu quarto para me vestir. Visto uma camisa de manga comprida cinza, uma calça caqui bege e um tênis mocassim vermelho.
Desci as escadas rapidamente, já com as mochila nas costas e fui direto a cozinha.
Quando chego na cozinha, vejo meu avô Jeremy, lendo jornal como se estivesse se escondendo por trás dele e minha vó Lydia em frente a pia, erguendo o braço para pegar um prato pequeno no armário.
Puxei uma cadeira e sentei em frente ao meu avô.
-- Bom dia Calebe. -- disse ele por trás do jornal.
-- Oi vô
Meu vô Jeremy acordava todos os dias as seis e meia para ir comprar seu jornal e ir trabalhar. Depois que ele se aposentou se tornou costume, então todos os dias ele acorda no mesmo horário e vai comprar o jornal de Jersey City. Após isso quando ele volta pra casa ele acorda a minha vó e um dos dois sempre confere se eu acordei no horário certo.-- Os Jordan já chegaram -- comentou ele, dessa vez não estava mais atrás do jornal, o noticiário em papel estava sobre a mesa.
Ele pegou a xicara e tomou um gole de café.
-- Quando ? -- perguntei eu assim que minha avó colocou uma xicara de café com leite a minha frente junto com um prato de ovos mexidos e
torrada e sentou do lado meu avô.
-- De madrugada -- disse ela
-- Josh deve ter chegado cansado por isso não me avisou.
Logo meu celular desperta 8:00.
-- Tchau vó -- Me levanto e dou um beijo na testa dela. -- Tchau vô.
Quando começo a andar até a porta, sou interrompido novamente, mas dessa vez pelo meu vô Jeremy dizendo:
-- Ah! Calebe. -- disse ele e jogando uma chave para mim.
Eu agarrei as chaves do automóvel somente com a mão direita e penso, "As chaves do carro dele".
-- É o jeep preto na garagem. -- disse ele. -- Eu sei que vermelho é sua cor favorita, mas achei o vermelho muito chamativo.
Como ele conseguiu esconder de mim o carro ? Fiquei me
perguntando.
-- Ele buscou hoje de manhã -- pronunciou minha avó.
-- Obrigado. -- disse eu.
Sai da cozinha pela porta que dava direto para garagem e vi meu carro estacionado do lado do carro do meu avô. Olhei o carro com tanto entusiasmo com um sorriso de orelha a orelha e logo apertei o botão na parede que abria a garagem.
Entrei nele rapidamente, lançando minha mochila sobre o banco do carona, liguei e ouvi o som do motor. Aquilo foi música pros meus ouvidos, dei a ré e sai da garagem e assim que tirei o carro da calçada apareceu meu avô com um leve sorriso no rosto. Ele fechou o portão da garagem acenando pra mim.
Abri o vidro e disse tchau novamente.Fiquei tão feliz com o presente, que me animei até com o fato de ser segunda-feira.
Chegando na escola, estaciono o meu carro aos fundos; junto com os outros.
Saindo do carro, sou recebido pelo letreiro, que em letras bem grandes anunciava: Eastwood High School. Fecho as portas dele com o botão das chaves e com a mochila nas costas sigo em direção a entrada.
Enquanto caminho, duas garotas muito lindas passam por mim me olhando com sorrisos no canto do rosto e retribuo com outro.
Quando entro vou direto ao meu armário o 205, abro ele e deposito os meus livros nele, principalmente o de história que é o mais pesado.
-- Sentiu saudades -- sibilou uma voz ao meu lado.
Assim que ouço o armário do lado abrindo já indentifico quem é.
-- Não senti não. -- disse eu ironicamente.
-- Você não sentiu falta do seu melhor amigo!? -- perguntou Josh, depois que eu fechei o armário.
-- Não, por que sentiria? -- disse eu balançando a cabeça em negação. -- Você ficou fora por dias não por semanas ou meses.
-- O primeiro motivo já disse, é porque sou seu melhor amigo
-- E o segundo ?
-- É porque um rosto lindo como o meu é necessário ver todos os dias. -- ele apoio suas costas no armario e lançou um beijo para uma menina que passava do outro lado do corredor.
O sinal tocou, sinalizando que aula já iria começar.
-- Que saco! -- disse Josh demonstrando preguiça. -- Qual é a aula agora?
-- Geometria. -- disse eu revirando os olhos. Enquanto andavamos pelo corredorChegando na sala de aula o professor de geometria já estava lá, para dizer a verdade ele tinha acabado de chegar.
-- Bom dia classe. -- disse o sr. Harrisson.
Fomos até nossas carteiras que ficacam no meio da sala e sentamos para assistir a aula.
-- Turma vou fazer a chamada! -- disse o professor. -- Alicia James
-- Presente! -- disse Alicia.
Passou um certo tempo até ele dizer :
-- Calebe Priece!
-- Presente -- respondi eu erguendo o braço
O professor Harrison prosseguiu com os nomes e praticamente todos estavam presentes.
-- Kylie Maclaine.
Ninguém respondeu
-- Kylie Maclaine. -- disse novamente o professor.
Novamente não houve resposta.
Talvez tenha sido obra da minha imaginação, mas começei a ouvir passos que pareciam que vinham do corredor.
De repente uma garota bonita pareceu na porta da sala de aula apoiada em uma das batentes. Ela tinha longos cabelos ondulos, e olhos castanhos escuros assim como o cabelos. E a pele branca, porém bronzeada.
-- Aluna nova? -- perguntou Josh a mim.
-- Ela é um pouco familiar -- respondi eu semi serrando os olhos, tentando indentificar quem era.
A menina vestia um jeans preto, que tinham pequenos rasgos na região dos joelhos, uma jaqueta de couro, acompanhada de uma blusa branca com a logo de alguma banda, um batom vermelho sangue,nos pés um coturno na tonalidade preta, e uma mochila simples azul.
- Presente - disse ela assim que entrou na sala.
- Kylie ? - sussurrou Josh pra mim
- Sim - disse eu, um pouco incredulo.
Kylie estava totalmente diferente do que era a algumas semanas atrás. Ela não aparentava nada, a garota que eu conheci aos seis anos quando me mudei para os Estados Unidos. Parecia que ela tinha mudado tanto seu estilo quanto sua personalidade.
-- Desculpe-me o atraso. -- disse Kylie ao professor.Kylie Pov
Sentei no meu lugar e olheie em volta. Todos me olhavam, um pouco espantados, talvez porque não estivessem acreditando que era eu.
Eu mudei tanto assim ? Penso comigo mesma.
Puxo meu caderno e coloco sobre a minha mesa, olheie de um lado para outro discretamente. balançei a minha mão calmamente sobre o caderno e rapidamente ele abriu.Olá povo , eu sei que prometi sabado 24/09, mas só deu pra publicar hoje. Se vcs gostaram por favor cometem ou votem , nunca pedia nada. Fiz algumas modificações, creio eu que ficou melhor, espero que gostem.
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A Descendência (Em Hiatos)
FantasyCalebe Priece nunca tivera uma vida fácil, após perder os pais, quando tinha 6 anos de idade, o garotinho foi obrigado a morar com os avós nos EUA. Agora, anos depois, o jovem se vê assombrado por terríveis pesadelos com a fatídica noite que matou...