16. Visita Inesperada

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O domingo nascia ensolarado e indicava o último dia de férias de Olivia.

Ela não tinha motivo algum para ser triste, apesar da volta às aulas.

A garota já iniciou o dia ansiosa e radiante.

Olivia mal pensou em Diogo ou Gabi. Na verdade, quem eram eles? Ela já nem queria lembrar.

Na hora do almoço, a menina encontrou Tom, Henrique e Jenny, e todos comeram animados, conversando sobre o futuro. Em meio à risadas, Jenny aproveitou para trocar algumas palavras mais baixas com sua amiga.

– Olivia... todo mundo tá estranhando esse sorriso no seu rosto desde ontem! Acho que era pra você estar mal... pelo Diogo, sabe?

– Vamos fingir que eu já superei, então! Sinceramente, não vou ficar me torturando por causa do Diogo ou da... da... G-Gabi – Olivia disse o nome da inimiga com dificuldade, cuspindo-o.

– Isso quer dizer que você não superou? – Jenny perguntou curiosa.

– Não. Ainda não. Mas depois que o meu Ericzinho ligar hoje, vou superar tudo! – Olivia respondeu com um sorriso bobo no rosto e um brilho no olhar.

Ela estava mais esperançosa que nunca.

As horas passaram rápido, e a garota finalmente chegou em casa, quase saltitante, no fim da tarde.

Gritou por sua mãe pela casa e não obteve resposta.

Largou a bolsa em um canto da sala e se dirigiu à cozinha. Pregado na geladeira, um bilhete de sua mãe dizia que ela só voltaria tarde naquela noite.

Após colocar comida para Fido, Olivia se sentou e comeu um pedaço de bolo de cenoura que estava brilhando em cima da mesa. Comeu um, dois, três pedaços. A ansiedade não a deixava se controlar!

Após lavar a louça, Olivia subiu para seu quarto. Enquanto trocava de roupa, já pronta para vestir seu pijama e ficar confortável esperando a ligação de Eric, ela ouviu a campainha de casa tocar.

Se vestiu inteira novamente, sem pressa, pois não achou que seria nada de importante na porta. Cantarolou pela escada, até encostar a mão na maçaneta. Pensou rápido e arrumou o cabelo antes de abrir. Não podia atender a porta completamente descabelada, podia? É claro que não.

Quem quer que fosse, tinha que vê-la bonita. E ela estava mesmo bonita.

– Dan? O que... o que você tá fazendo aqui? – Olivia se espantou com a figura limpa e cheirosa de um Dan sorridente do lado de fora da casa dela. Ela tentou até dar um sorriso fraco, se esforçando para não ser inconveniente com aquela pergunta. Mas ela realmente não entendia o que ele estava fazendo ali!

– Desculpa, você deve estar ocupada, né? Eu volto outra hora – Dan disse rápido, se virando e indo mesmo embora, deixando Olivia completamente sem reação.

Quando ele já estava quase atravessando a rua, Olivia acordou.

Saiu correndo atrás do garoto e o agarrou pelo braço.

– Dan! Espera! Eu não estou ocupada! Eu só não estava esperando... você. Na minha casa! – Olivia disse rindo um pouco – Anda, vamos entrar – o puxou de volta para casa.

– Tem certeza que não estou te atrapalhando? – Dan perguntou envergonhado, entrando na casa da garota e sendo arrastado pelo braço até a sala.

Foi logo jogado no sofá e Olivia se sentou ao lado dele.

– Eu estava indo deitar, Dan. Mas nem está tarde o suficiente pra dormir! Acredite, você não está atrapalhando – Olivia disse sorrindo.

Na verdade, ela estava até pensando em assistir um filme, então, sim, Dan estava atrapalhando. Mas ela estava feliz demais para mandá-lo embora e curiosa demais para descobrir o que ele queria ali, na casa dela.

Chamadas Perdidas [Completo]Onde histórias criam vida. Descubra agora