20. Onde Tudo Começou

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As duas amigas passeavam pelos corredores gelados do shopping.

Jenny olhou para seu relógio de pulso e se assustou ao perceber que já eram duas e cinquenta e cinco da tarde. Cinco minutos para a hora marcada.

Era hora de ir!

– Ai meu deus, Lili! – Jenny gritou no meio do shopping, fazendo todas as pessoas olharem para ela.

– O que foi, criatura? Quer me matar do coração?! Para de gritar! – Olivia resmungou e continuou andando.

– Olivia! O Tom acabou de me dizer que o Fido está na veterinária e que você TEM que ir pra lá AGORA! – Jenny disse, ainda gritando. Os olhos de Olivia se arregalaram.

– Mas... como? Você nem falou com o Tom! Como você sabe? – A menina desconfiou da notícia.

– E-eu falei! V-você que não viu! – Jenny inventou na hora.

– M-mas... AI MEU DEUS! MEU FIDO! – Olivia gritou também e Jenny gritou de felicidade por dentro.

Tinha dado certo.

As duas partiram para a veterinária.



No parque

– Eric! Cara, a gente tem que ir embora agora! – Henrique disse um pouco desesperado.

– Ué! Por que, Henrique? – Eric disse rindo do desespero do amigo.

– O Dan acabou de me dizer que o teu cachorro tá lá na veterinária e que você tem que ir pra lá AGORA! – Henrique disse nervoso.

– Mas... você nem falou com o Dan. Como ele te disse isso?! – Eric perguntou desconfiado.

– E-ele falou! Ele mandou uma mensagem! Você não me viu responder agora mesmo? Tá maluco, cara? Anda, anda, vamos logo pra veterinária! – Henrique disse, empurrando Eric em direção ao carro.

– Erm... tá bom. Vamos... – Eric aceitou, estranhando a situação.



Na veterinária

Tom viu Jenny e Olivia chegarem correndo, no fim da rua.

Acenou discretamente para Jenny e Olivia não viu.

As duas meninas entraram na veterinária que, naquele momento, tinha um ar mais romântico.

– Vem, amiga! – Jenny arrastou Olivia para uma das salas da veterinária.

O local estava todo enfeitado com flores e, à meia luz, uma música calma tocava baixinho.

Olivia arregalou os olhos.

– O que é tudo isso?! – Olivia perguntou maravilhada e ao mesmo tempo assustada.

– Por favor não me mata, Lili... por favor – Jenny suplicou e saiu correndo porta afora.

Trancou Olivia lá dentro.

– Ei! O que você tá fazendo? Me deixa sair daqui, Jenny! – Olivia correu até a porta trancada e começou a gritar bem alto.

– Desculpa! – Jenny gritou do outro lado.

– Jennifer! O que é isso?! Abre essa porta! – Olivia pedia, batendo na porta, girando a maçaneta e fazendo de tudo para sair mesmo dali.

– Relaxa, Lili! Já tá quase na hora! Aguenta aí! – Tom disse tentando fazer Olivia se acalmar e parar de tentar quebrar a porta.

Olivia realmente parou. "Como assim na hora?" ela pensou. Hora de quê?

Chamadas Perdidas [Completo]Onde histórias criam vida. Descubra agora