A História do Grupo III

123 2 0
                                    


Estamos no início dos anos 1990 e os X-Men estão prestes a sofrer uma profunda transformação e conhecer um sucesso sem precedentes. A Marvel Comics sob o comando do Editor-Chefe Tom DeFalcoe do editor assistente responsável pelo Universo Mutante, Bob Harras, está focada nos crossovers, os arcos de histórias que seguem por vários números de uma mesma revista e se interligam com várias outras no mesmo sentido. A nova revista X-Men 01, de 1991, acaba de vender exorbitantes oito milhões de cópias. E o escritor Chris Claremont – após desentendimentos com Harras – acabou de deixar o comando das duas principais revistas do Universo Mutante – a citada e a mais antiga Uncanny X-Men – após quase 17 anos de serviços prestados e muito sucesso.

A primeira questão era: quem iria substituir Claremont? A resposta foi a mais óbvia: John Byrne. Entre o final dos anos 1970 e início dos 80, fora Byrne o principal parceiro de Claremont na revista dos X-Men, desenhando e escrevendo, de modo que a fase dos dois é, até hoje, considerada a melhor entre todas as que os mutantes da Marvel já tiveram.

Byrne tinha voltado à Marvel há pouco tempo e estava de novo fazendo bastante sucesso em revistas como as dos Vingadores e do Homem de Ferro. O desenhista/escritor canadense aceitou, desde que fosse por pouco tempo e tornou-se o parceiro do desenhista Jim Lee na elaboração das tramas das revistas Uncanny X-Men e X-Men por alguns meses.

Nesta segunda, Byrne e Lee exploraram o passado de Wolverine de uma maneira que ainda não tinha sido feito, começando o processo de revelações que culminaria no desvendamento do mistério em torno de suas origens, mantido por tanto tempo. Parelalemente, na revista solo de Wolverine, o escritor Larry Hama e o desenhista Marc Silvestri também passaram a se dedicar a isso e, como símbolo da busca pelo passado, o mutante canadense voltou a usar seu uniforme amarelo.

Com Harras como editor e Jim Lee como um tipo de coordenador das tramas, as duas principais revistas do Universo Mutante passaram ao comando de Scott Lodbell(Uncanny X-Men) e Fabian Nicieza (X-Men), que já tinha passado por X-Factor e vinha escrevendo New Mutants e sua sucessora, X-Force.

Porém, esse arranjo durou pouco, menos de seis meses, já que Jim Lee saiu da Marvel em 1992.

O fato é que ele era a grande estrela da casa, juntamente com outro desenhista, Todd McFarlane (que fazia o Homem-Aranha), mas ambos tinham pouca autonomia, não podiam fazer trabalhos autorais e nem tinham significativas participações em royalities. O resultado: McFarlane e Lee saíram da Marvel e fundaram uma nova editora, a Image Comics, juntamente com Rob Liedfeld (o desenhista de X-Force),Whilce Portacio (de Uncanny X-Men), Marc Silvestri (de Wolverine), Eric Larsen (do Homem-Aranha) e alguns outros.

Logo, a Image lançaria uma série de novos personagens e seria a terceira maior editora de quadrinhos, atrás apenas da Marvel e da DC. Sem a maioria de suas estrelas, a Marvel teve que contratar muitos novos artistas, o que serviu para ampliar o mercado de desenhistas e revelar muitos novos nomes, inclusive, uma leva de desenhistas brasileiros, como Mike Deodato Jr. eRoger Cruz, este trabalhou em alguns títulos mutantes da época.

As novas equipes criativas substitutas do Universo Mutante seriam: Fabian Nicieza e Andy Kubert (X-Men), Scott Lodbell e Brandon Peterson (Uncanny X-Men), Peter David e Jae Lee(X-Factor), Larry Hama e Adam Kubert (Wolverine), dentre outros.

X-MENWhere stories live. Discover now