Esse conto foi inspirado na querida LaiseCezar, e dedicado a ela.
Beijus flor!
♥♥♥♥♥
– Marcela! – minha mãe grita por mim como se fosse o despertador.
– Já acordei! – Ela já estava em pé em frente a minha cama. – Que susto, mainha!
– Mas menina, levante logo dessa cama! Esqueceu do projeto resgatando vidas? Depois reclama que o pastor pega no pé, mas também não colabora.
– Oxê, só queria falar mais um pouco com a cama minha, mãe.
– Levante logo dessa cama, Marcela! As gêmeas daqui a pouco estão aqui e quero ver como você vai se virar – nesse momento lembrei de Clarinda e Clarine e, num rompante, pulei da cama e me dirigi ao banheiro.
Depois de quase 25 minutos, eu estava banhada e de roupa limpa. Tomava meu café de forma despretensiosa, quando o furação gêmeas chegou em minha casa.
– Bom dia, Marcela! – elas falaram em uníssono, e isso sempre me deixava desconcertada.
– Bom dia, meninas! Eu, sinceramente, não entendo por que vocês cismam em falar determinadas coisas juntas.
– Porque é engraçado. – respondeu Clarinez empolgada e já pegando um pedaço de macaxeira que estava na panela.
– Adoro ver essa sua expressão de confusão amiga. – Clarissa, a mais comportada, estava esperando minha autorização para se deliciar com as coisas que estavam sobre a mesa.
– Hahaha, vocês são loucas, isso sim! Clarinda, sirva-se porque sua outra parte já se encontra comendo. – imediatamente minha amiga começou a comer também.
Depois de um tempo, eu já tinha tomado o meu café. As gêmeas ainda se deliciavam no bolo de milho que tinha acabo de sair do forno, enquanto eu entrava no mesmo conflito que tivera todas as vezes que me alimentava junto com elas.
– Você tem algum buraco negro nesse órgão que chamamos de estomago? – Elas se entre olharam.
– Marcela, já falei para você parar com essa neura de ser gorda! Aonde tem gordura nesse corpo? – Clarinda pergunta de forma debochada.
– Aonde? Deixa eu te mostrar... – me levanto e pego uma "pança" que muitos dizem ser barriga, mas para mim isso não existia há muito tempo. – Viu?
– Não vi nada. Acho que você esta mesmo paranóica! Mas, graças a Deus, não sou da área da saúde ou eu teria te internado em algum lugar para loucos – ela me sorriu de forma cúmplice.
– Clarinez, você é a mais sincera das duas. Me diga a verdade: como eu faço para ter esse corpo lindo que vocês duas cultivam? – Minha aflição era de certa forma real.
– Olha Marcela, o tempo que você esta pensando se é gorda ou não, o mundo vive questões mais importantes! – Olhei para ela esperando o que viria a seguir. – Veja meu caso: ao invés de debater sobre essa bobeira de ser ou não ser gorda, eu "CO-MO" e muito! – Clarinez sentenciou.
– Eu desisto, vocês são péssimas quando a questão é o meu peso – falei emburrada e cruzando aos braços na frente dos seios, demonstrando minha insatisfação no tocante a esse assunto.
– Cêla, escuta bem, você é linda! É a única das minhas amigas que escala árvores e fica em pé lá em cima sem ter um pingo de medo. – Olhei para Clarinda refletindo em suas palavras. – Se você fosse gorda conseguiria fazer isso com a agilidade e desenvoltura que você tem? A resposta é não. Então, para de maluquice, porque eu, Clarinda Ferreira, pedagoga que trabalha com sua amada irmã, sei o que digo. – Depois disso, desatei a rir, porque Clarinda parecia discursar para o povo.
Depois disso, saímos de casa e rumamos para o local de encontro do grupo. Clarinda vinha reclamando em minha cabeça sobre o black friday que tinha acontecido semanas atrás e eu estava quieta, lembrando o quanto ela e Clarinez me enlouqueciam na época em que eu trabalhava nas Lojas Americanas e tinham promoções de livros.
As duas tinham uma paixão demasiada pela autora Julia Quinn e isso sempre foi motivo de discórdia entre nós. Elas não entendiam que eu não podia ficar brigando com clientes pelos livros em promoção. Clarinda até sugeriu que eu escondesse os livros que elas queriam em bancas de roupa íntima, pois assim ninguém pegaria as preciosidades. Vê se pode? Coisa dessas gêmeas que tanto amo.
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Toda Vida é Importante
SpiritualMarcela era uma menina, impetuosa e corajosa. Que não se deixava abalar pelas circunstancias, e um dia como outro qualquer se vi diante de um grupo de jovens que precisavam de uma mão. O que Ela faria, estenderia a mão ou daria as costas para Eles...