Acaso pode o homem ser Deus? "Sim, por participação" (Lévi, Éliphas)
Ana mora em uma casa de classe média, que com o passar dos anos se tornou bonita e sofisticada, graças aos cuidados de sua mãe. 17 anos e um coração puro, dificil de encontrar no incio do seculo XXI. Não sem motivos vem se entindo observada e perseguida. Agora em seu quarto com as luzes apagadas só depende da singela luz da lua que passa pelos vidros da janela para enxergar, lhe falta calma para dormir devido uma decepção que teve durante o dia. E não é só isso, há um estranho em seu quarto!
_ Não tenha medo ana. _ diz uma viz calma e mal intencionada vindo do canto mais escuro de seu quarto.
Ana sente como se tivesse sido anestesiada, uma anestesia gerada pelo medo. Não pode se mecher, não consegue gritar por socorro e tão pouco consegue uma respiração profunda pra buscar calma.
_Aninha. Posso te chamar assim?
Ana sabe exatamente de onde vem a voz, suas pupilas buscam o canto direito do quarto, sem saber o que está acontecendo apenas enxerga um vulto indistinguível. Ela tenta responder que não, ele não pode chama-la assim, mas sua resposta não passa de um pensamento. E então a voz continua.
_Vim pra te contar meus segredos. Pra te levar a alguns lugares, algums que fazem partes das minhas lembranças, outros que fazem parte da história. Feche os olhos, feche-os e durma.
Muito rápido o vulto se aproxima e cobre seus olhos com uma das mãos, repetindo um convite pra visitar suas lembranças...
...como se Ana tivesse escolha.