Prólogo

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Prólogo

A casa está escura. Todos devem estar dormindo. Agradeço por isso, preciso evitar as pessoas dessa casa o máximo possível, para ser exato pelos próximos três meses até completar dezoito anos, quando irei embora.

Sinto meu corpo mais calmo depois de todo jorro de adrenalina que passei. Sei que coloquei minha vida em risco, mas e daí? Não consigo me importar menos. Não depois do que tem acontecido na minha vida nos últimos dias.

Entro devagar, preciso de um banho, estou pura poeira e suor. Quando acendo a luz do quarto fico em total choque.

Deitada em minha cama, parecendo uma ninfa da mitologia grega, está Grace, linda, maravilhosa, esplêndida e completamente nua.

Ela tem os olhos brilhantes. Estou vendo uma mulher, uma mulher que se preparou para seduzir seu escolhido.

— Sei que fiz você esperar demais, e por isso quase o perdi, mas agora estou aqui, para ser sua, Jason. Faça o que quiser comigo.

Sua inocência me comove, sua sensualidade me fascina.

Tento pensar coerentemente, tento desviar meus olhos, mas apenas consigo arrastar meus olhar por todas as suaves curvas da menina que amo.

Contudo o juízo rapidamente volta e me viro ficando de costas.

Entoou em minha cabeça que é errado, que ela é proibida para que possa quem sabe acalmar meu corpo e meu coração.

— Se vista, Grace — digo rouco, com a voz mais dura do que pretendia.

— Jason...

— Agora, porra! —Falo alto.

Ouço o farfalhar de tecidos e quando noto que ela está vestida me volto para ela. Grace tem lágrimas nos olhos.

— Não faça mais isso, Grace.

— Jason, por favor, eu não sei o que fiz de errado ou porque você mudou tanto,mas... eu te amo.

Engulo em seco. Preciso machucá-la, mesmo que doa muito mais em mim.

— Uma pena pra você, por que eu não te amo.

Ela soluça.

— Você disse... disse que me amava...

— Me confundi, porra! Eu sou um adolescente! Tenho o direito de mudar de ideia.

Ao analisar o rosto dela, vejo que consegui. Grace acredita no que estou dizendo.

Ela passa por mim e olha dentro dos meus olhos. Sempre desconfiei que ela conseguia olhar dentro de mim e por isso uso minha máscara de babaca insensível.

— Você conseguiu, Jason, fez com que eu consiga novamente te odiar — ela diz e se afasta indo até a porta,— infelizmente, ainda não deixei de te amar, mas vou conseguir.

Ela então sai, e leva meu coração junto.

DOCE CORAÇÃO - Livro I - Amor ProibidoOnde histórias criam vida. Descubra agora