Uma bêbada.

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A mídia acima é o Cook.

Hoje é sábado e espero que minha mãe venha me buscar. Não quero ficar só aqui, os outro alunos certamente iram para suas casas passarem o final de semana com seus pais, e comigo não quero que seja diferente.

Me olho no espelho pela milésima vez ajeitando os fios de cabelo fora do lugar. Olho se meu vestido está amassado e se minha maquiagem está borrada.
Minha mãe detesta quando estou desarrumada, ela diz que sempre temos que estar elegantes, por isso sempre tenho muito cuidado com tudo. Tem que está tudo no seu devido lugar.
Passo um pouco de gloss e olho no relógio e nada da minha mãe. Minha colega de quarto sumiu desde sexta à noite, o que eu achei ótimo.

Uma hora passa.....duas horas....três... e finalmente decido ligar para mamãe.

Ligação on
- mãe? Estou aguardando pela senhora. - digo com minha voz doce, como ela gosta que eu fale.
- oh, filha me desculpe mais esse final de semana você vai ficar ai, tudo bem?
- mas mamãe...
- eu sabia que iria ficar tudo bem. Até mais filhinha.

Ligação off

Fico olhando para a tela do celular e já vejo que estou chorando. Me encolho na cama e começo chorar mais ainda, mamãe não podia ter feito isso, não quero ficar aqui só.

Acordo com um barulho de algo caindo no chão, um estrondo. Olho no relógio e vejo que são 3:30 da manhã.
Fico com medo, e me cubro com o cobertor. Começo ouvir algumas palavras desconexa. Me levanto nas pontas do pés e abro só um pouco da porta para ver o que é que tem no corredor.
Quando abro a porta e dou dois passos meus pés batem em algo.
- ai..... loira. - me assusto com a voz e coloco a mão na boca para não gritar e acordar todo mundo.
Olho para os meus pés e vejo que tinha batido na cabeça de Blue.
Ela está horrível, suas roupas estão sujas, seu cabelo bagunçado e cheira a bebida.
- o que você ta fazendo aí louca?
- Você não ta vendo? Eu tô dormindo.- ela diz naturalmente arrastando as palavras.
- se levanta daí, o diretor Saimon te ver ai, vai dar confusão para nos duas. Vamos.
- me deixa em paz sua chata. -Tento levantar ela, mas sem sua ajuda não consigo.
- por favor, me ajude, se você não me ajudar não vou conseguir te levantar. - digo.
Ela me olha e rir. Consigo levantar ela com sua ajuda, entramos no quarto e deito ela na cama, mas na mesma hora ela corre para o banheiro. Vou atrás dela e vejo que ela esta vomitando.
Ela cai no chão e começa a vomitar no chão.
- não vomita no chão Blue. - digo e vou até ela, tiro sua blusa que está suja de vômito e coloco ela ao alcance do vaso sanitário.
- terminou? - pergunto depois de ela vomitar muito. Ela assenti.
- próxima vez que você decidir beber, vá para outro canto, porque eu não vou ficar de babá de bêbada. - digo e tiro sua roupa, deixando ela só de calcinha e sutiã. Coloco ela debaixo do chuveiro. Enrrolo uma toalha nela e levo ela até a cama. Enrrolo ela toda no cobertor por conta do frio e por extinto tiro uma mecha de cabelo dos seus olhos, e nosso os nossos olhos se encontram. Para sair daquele momento eu pigarreiro e falo saindo de perto dela.
- e só para constar você que vai limpar o vômito amanhã do banheiro. - digo me deitando na minha cama.
Começo a escutar Blue chorando.
- Blue? Tá tudo bem?
- acho que tive um pesadelo. - ela diz com a voz rouca e um pouco trêmula.
- okay. - digo e me viro para o lado da parede.
- dormi comigo? - me viro para ela no mesmo instante.
- não.
- por favor, não quero ter pesadelos.
- eu não tenho nada haver.
- se você não dormir comigo, vou passar a noite acordada cantando. - Eu não duvido nada que ela faria isso. Para não correr o risco, arrasto minha cama para o lado da dela.
- tudo bem. Mas vamos se você tocar em mim vou te bater. - digo séria.
- eu não vou tocar em você, vem. -
Me deito do lado da parede, faço uma linha de travesseiros para separar nós.
- ta vendo isso? Você não pode passar para o meu lado. Entende?
- tudo bem.
- espera!
- vai fazer o que? - pergunta ela.
- vou pegar meu canivete. - digo me levantando.
- calma ai, eu sou lésbica, mas não é porque você é mulher que vou te atacar.
- vou pegar de qualquer jeito. - Vou até o criado mudo e pego meu canivete. Eu que não vou confiar nela. Coloco ele debaixo do meu travesseiro.
- voce tem certeza que vai dormir com isso debaixo do seu travesseiro? - ela pergunta virada para mim.
- sim, e vai dormir.

 I fell in love with a girl Onde histórias criam vida. Descubra agora