Cidade nova. Casa nova. Escola nova. Pessoas novas. Tudo isso, aos olhos de adolescentes, parece um pesadelo. E esse pesadelo é a vida de Charoline Tavares.
A ideia de se mudar nunca passou na cabeça de Carol (como prefere ser chamada). Ao contrário...
Oi, você! Tudo bem? Mais um domingo, e com ele novo capítulo.
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Tô escrevendo essa mensagem pra vocês ao som de Planos Impossíveis, da Manu Gavassi e gente, escrever ao som de música nacional é meu novo vício! Enfim, não tenho muito o que falar, então aproveitem a leitura. Espero muito que vocês estejam gostando. ♡︎
Luv, Millie.
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— Charoline! Cha-ro-li-ne!
Parecia que alguém estava me chamando, mas sinceramente não conseguia ver ninguém ao meu redor. O campo que eu estava era muito verde e florido, com borboletas voando ao meu redor.
Olhei para baixo e me engasguei. Estava vestindo o vestido mais lindo da vida! Era amarelo, em um estilo bem Bela, de A Bela e a Fera, mas não tão armado. A renda era extremamente delicada e tinha algumas pedras bordadas nela.
Nunca, na minha vida, me senti tão bonita. Eu literalmente poderia fazer qualquer coisa naquele momento. Era uma princesa, praticamente. Se eu ao menos pudesse me ver em um espelho.
Comecei a questionar o fato de eu estar em um campo, mas fui distraída por uma figura masculina a alguns metros de mim.
Não consegui distinguir o rosto, mas seu cabelo era cacheado de um tom quase preto. Era intenso, como se cada onda daquelas simulasse o mar bem depois do sol se pôr, mas antes do céu se tornar completamente preto. Sua pele tinha um tom marrom, provavelmente intensificado pelo sol.
Para completar a visão, ele estava vestido num estilo Itália nos anos 80, com shorts cáqui e camisa branca.
Era linda, a imagem daquilo. Surreal. Meu coração estava no lugar. Parecia certo. Como se minha vida tivesse sido uma antecipação para aquele exato momento.
Dei um passo em direção do menino misterioso.
— Oi! - gritei, na esperança dele me escutar e se virar.
Funcionou! Ele pareceu alerta, se preparando para vir em minha direção, e...
— CHAROLINE! - minha mãe esbravejou.
Abri os olhos e estava em um carro - no carro dos meus pais? A linda vista do campo tinha sumido igual fumaça, assim como o garoto que estava nela. Olhei para baixo e eu estava vestindo uma calça jeans e uma camiseta, em vez do belo vestido de princesa.
Girei minha cabeça um pouco, só para dar de cara com a minha mãe. E, nossa, ela não estava nem de longe tão pacífica quanto meu sonho.
— Menina, você está bem? Tô te chamando há uns 10 minutos. Achava que tinha desmaiado!
— Calma, mãe. Eu só estava muito cansada. Acabei dormindo pesado.
— Enfim, tudo bem. Seu pai parou num restaurante. Vem, sai desse carro, e vamos comer.
