6| Bring Back The Summer

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#Romance
#Sad

Agora é a reta final. Estudar muito e torcer para entrar na faculdade.

Deitei-me em minha cama e comecei a pensar na viagem de formatura que fizemos no verão.

Tínhamos ido para um resort na praia, onde haveriam alguns shows e festas à noite. Podíamos circular por todo o lugar, sozinhos, sem maiores preocupações, nos sentir independentes.

Certa noite, eu e uma amiga estávamos indo para um tipo de "balada" na praia. Tinha uma pista da dança com luzes, música eletrônica alta e até um barzinho com algumas bebibas (a maioria não alcoólicas, já que éramos, em maior parte, menores de idade), tudo a céu aberto.

Nunca fui muito de ir em baladas, mas, nessa viagem, decidi aproveitar cada momento, cada festa.

A festa já estava cheia quando chegamos. Era difícil reconhecer as pessoas por causa das luzes e do volume de gente, mas minha amiga encontrou um "amigo", com quem ela vinha tentando ter algo a mais, há algum tempo.

Começamos a dançar loucamente, igual a todos no local, e, quando me dei conta, minha amiga e seu "amigo" haviam sumido. Havíamos nos separado, sem perceber, mas eu não me importava, não estragaria a noite deles. O dia seguinte já seria o último de viagem, deveríamos aproveitar ao máximo.

Não era a única a estar sozinha ali. Estávamos todos sozinhos, porém a música nos unia.

A música alta era agitada e nós pulávamos jogando os braços para cima. Senti meu corpo se chocar com outro e quase caí.

– Oh, me desculpe! Você está bem? – disse um garoto de cabelos negros, preocupado.

– Tudo bem, não foi nada! Não se preocupe. – sorri, mostrando que estava tudo bem mesmo.

– Ah, que bom! Você está sozinha aqui?

– Sim, eu estava com uns amigos mas acabamos nos separando. E você?

– Também. Qual é o seu nome?

– (S/n). E o seu?

– Eu sou Jimin. Quer ir beber alguma coisa comigo? – apontou para o barzinho, que ficava mais a frente.

– Pode ser! – falei e o segui até o bar.

Pedimos um drink estranho, mas não alcoólico, para cada um. Os drinks foram colocados no balcão e experimentei um gole.

– Hm, é bom!

– Verdade. – falou Jimin após experimentar também.

O local estava muito cheio e, a todo momento, pessoas esbarravam em nós. A música alta já estava começando a irritar e não conseguia pensar direito por causa do barulho.

– Podemos sair daqui? – falei.

– Ah, sim... Por que? – me olhou confuso.

– Aqui tem muito barulho, minha cabeça já está girando...

– Tudo bem. Vamos para onde?

Pensei por um segundo, olhando para o horizonte, na direção da...

– Quer dar uma volta na praia? – sugeri.

– Claro!

Bebi mais um pouco do drink e deixei o copo no bar. Segurei o braço de Jimin e fui nos guiando até a praia, para que não nos perdêssemos na multidão.

– Finalmente ar fresco! É tão bom poder respirar! – falei quando paramos, com os pés na areia, a poucos metros do mar.

Jimin deixou escapar uma risada e eu comecei a rir por perceber que ele deveria estar me achando louca. Com uma mão cobri o rosto de vergonha.

A praia estava deserta, a não ser pela festa que acontecia a vários metros atrás de nós, e a música estava abafada. O clima era fresco e o céu estrelado. Era uma paisagem muito bonita e o som do mar era relaxante.

– Quantas estrelas! – falei olhando para o céu. – Isso me deixa pensativa...

– E te faz pensar no quê? – perguntou, me encarando.

– Por exemplo: por que, às vezes, nos sentimos sozinhos em meio a tanta gente, como nessa festa? – falei, virando meu rosto para olhá-lo.

– Essa é uma daquelas perguntas que ninguém nunca vai entender. – falou, rindo.

Sorri, então, me deitei na areia, olhando para o céu.

– Você vai ficar em pé? – falei, brincando, vendo que ele continuava no mesmo lugar.

Ele riu e se deitou ao meu lado.

– Você deve estar me achando louca, né?

– Depende. Já vi piores. – brincou.

– Ei! – disse rindo e empurrando seu ombro de leve.

Ficamos em silêncio por um tempo, nos olhando, deitados naquela areia, até que ele aproximou seus lábios dos meus, num beijo lento e leve.

Nos separamos e, quando nos olhamos, sorrimos. Então, com uma mão em seu pescoço, o puxei para um beijo de verdade.

Ele rolou para cima de mim, com uma mão em minha cintura e a outra em meu rosto, e continuamos nos beijando, intensamente, por longos minutos.

Antes da festa acabar por completo, voltamos aos nossos dormitórios e, no dia seguinte, não nos encontramos.

Infelizmente, não trocamos nenhuma informação ou contato sobre nós, e nunca mais nos vimos.

Só o que me restou é a lembrança daquele garoto, que com um sorriso conseguiu me conquistar, e que nunca mais verei novamente.

Ah, Deus... Traz aquele verão de volta...

Música: Bring Back The Summer- Rain Man ft. OLY

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