Nineteen - Sofia

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Estava tomando meu banho; meu pés estavam sendo abraçados pelo meu corpo e as lágrimas de desciam como se o mundo fosse acabar.

E ele não estava acabando?!

Chorava desda quela maldita noite, onde a minha vida tomou um rumo diferente. Não deveria ter dispensado o 'Se você quiser eu posso te levar pra casa', mas infelizmente não podemos voltar no tempo. Eu poderia ter feito tudo diferente, nem saído de casa entretanto como eu já dissera não podemos voltar no tempo. E se não tivesse acontecido naquela noite poderia ter acontecido em qualquer outra.

Não posso afirmar mas posso dizer, que não há e nunca vai existir dor pior do que aquilo.

Pessoas vão dizer: Você já perdeu alguém muito importante na sua vida? Isso nem chega ao pés do que eu sofri quando perdi meus pais. Você é uma mentirosa que só está fazendo isso por atenção.

Acredite em mim, mas se você estiver encarando seu mundo em chamas, reclamando de como as cinzas são feias. Meu amor eu lamento lhe informar, o seu mundo não está em chamas, o meu sim, é claro que toda experiência de vida é diferente mas mesmo assim. Você provavelmente leva sua pequena vida monótona em uma cidade igual, então eu já não preciso dizer mais nada.

- SOFI VOCÊ ESTÁ AI? - ouço a voz de Aaron que não era muito longe dali, até mesmo porque eu estava tomando meu banho.

Eu tenho feito isso muito essas duas semanas, quero tirar os quais queres vestígios daquela degradante noite.

Não respondo nada, apenas continuo abraçada com as minha pernas.

- SOFIA EU NÃO IREI EMBORA ATÉ VOCÊ ABRIR ESSA PORTA. - ele fala mais uma vez.

Contínuo ali durante uns 20 à 40 minutos na mesma posição.

Eu não queria falar com ele, nem mesmo com meus pais. Eu estava evitando o mundo, uma hora eu precisaria, mas seria uma hora e não agora.

Me levanto, pego a toalha enrolo no meu corpo e vou para a frente do espelho.

Meu rosto estava horrível, minhas olheiras estavam profundas, meus olhos estavam sem vida.

Esqueço aquela cena e apenas lavo meu rosto; o seco e vou para o meu quarto me trocar hoje eu teria a ida de rotina ao psicólogo.

A doutora Morris teve muita paciência comigo nas primeiras semanas, mas logo após ela me convenceu.

Ponho uma calça moletom preto, um casaco cinza, seguido por um tênis cinza claro. Pego minha bolsa, abro a porta do quarto.

- Até quem fim! - diz o Aaron sentado ao lado da porta.

- Você ainda está ai!? - disse surpresa.

- E a onde a senhorita Allen vai? - ele diz já em pé.

- A senhorita Allen vai ao psicólogo. - falo na terceira pessoa.

- Eu vou ir, quer dizer eu posso? - antes que eu pudesse responder ele já responde - Se eu posso ir? É claro, nossa que pergunta.

- E você já responde por mim. - ele sorri e eu sorrio sem dentes.

Nudes;; aaron carpenterOnde histórias criam vida. Descubra agora