thirty-seven / SOFIA

852 49 9
                                    

Ariel na mídia

- Meu nome é Ariel Lancaster. Tinha seis anos, quando sofri uma perca terrível, minha mãe faleceu por conta de uma overdose. Meu pai, para retirar a dor de ter perdido a esposa, começou a descontar em mim que tinha os mesmos traços que ela. Ele me abusava, espancava e me tratava como um animal.  Eu vim me acostumando com isso até os meus 13 anos quando sofri uma das minhas primeiras crises; Síndrome de Estocolmo é um distúrbio psicológico em que a pessoa que sofre tem a criar laços e uma realidade inexistente com seu agressor. Eu passava por tudo aquilo e mesmo assim amava o meu pai e tinha afeto por ele. Com as percas eu comecei a desenvolver sérios problemas psicológicos, insegurança, depressão, medo e fobia social. Agora com 17 anos, eu estou sobre a guarda da minha tia Marissa e frequenta grupos de apoio recomendados  por meus psicólogos.

A garota dizia deixando algumas lágrimas caírem. Eu estava no fundo, nunca imaginei que vinha tantas pessoas. Não chegar a ser 100 pessoas, mais pelo menos umas 60 compareceram.

- Obrigada Ariel. - fala a tutora Hopper. Ele era branca, com olhos azuis, seu corpo era bem bonito, ela usava um vestido colado rosa pastel, que deixava suas curvas aparente.

A tal Ariel sai, vem até onde eu estava e se senta ao meu lado.

- Você nunca veio até aqui né? - ela dizia baixo.

- Não. - falo olhando pra frente.

- No começo é bem chato, mais te ajuda bastante - ela diz olhando pra frente assim como eu.

- SOFIA VOCÊ VAI QUERER CONTAR SUA HISTÓRIA? - fala a tutora e assinto.

Me levanto, vou até ela, pego o microfone e subo no "palco" que dava vista para todo mundo.

- Meu nome é Sofia Allen. Eu tenho 18 anos e moro com meus pais. A cerca de quatro semanas atrás eu fui estuprada pelo meu vizinho... - disse deixando algumas lágrimas caírem - Eu estava em uma festa com o meu melhor amigo, ele perguntou se eu queria que ele fosse comigo mais neguei. Estou tentando retomar a minha vida de antes, mas está bem mais complicado do que eu pensava.

Eu me lembro de cada coisa que aconteceu aquela noite, eu não queria chorar perto de ninguém.

Dei o microfone para a Emma e saio de lá e vou até onde eu estava; pego minha bolsa e corro para o banheiro.

Entro em um dos banheiros e começo a chorar, muito. Ouço barulhos de gente andando e começo enxugar as lágrimas.

- Sofia??? - ouço a voz da Ariel - Sofia abra aqui. - ela bate na porta, me levanto e abro.

- O que você quer? - falo olhando meu reflexo no espelho.

- Nossa eu só vim perguntar se você está bem, não precisa me responder assim. - ela diz.

- Vamos voltar pra lá. - pego as minhas coisas e saio do banheiro.

Pegam no meu braço e me viro.

- O que você quer? - pergunto novamente para Ariel.

- Vamos para outro lugar.

Ela me solta e começa andar para a porta de saída e vou atrás.

Nudes;; aaron carpenterOnde histórias criam vida. Descubra agora