Fugindo Não, Esquecendo

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Oii Galerinhaa! Não sei nem como me desculpar com vocês pela demora, espero que um capítulo narrado pelo nosso motoqueiro Bellamy Blake resolva. 😁
Queria poder dar uma explicação mas realmente não tem, acho que a melhor é: Estou ocupando minha cabeça e tempo com outras coisas. Mas não quer dizer que vou abandonar a fic, nenhuma delas!!
Espero que gostem, Boa leitura!! 😙



Bellamy

Dois dias haviam se passado dês da festa de Murphy, dois dias que não falava direito com alguém, dois dias que não aparecia em casa. Minha irmã já havia deixado mil telefonemas e se não fosse pela mensagem deixada na caixa de voz de Octavia, ela já teria mandado a polícia atrás de mim.

No momento me encontrava montado em minha moto, por ser domingo não havia o pique de sempre e por isso me dei a liberdade de passar da velocidade necessária.

O vento batia com agressividade contra meu corpo e podia sentir o suor em minhas mãos.

Já eram alguns anos andando de moto e por isso era necessário mais do que essa alta velocidade para me deixar com o tão desejado frio na barriga, por esse motivo a aumentei.

Mal via a estrada a minha frente, os prédios pareciam não existir e eu tinha a quase sensação do chão tremendo embaixo de minhas rodas.

A verdade era que algo me atormentava e eu sabia bem oque era, a cena de Clarke gritando comigo me cegava, as lembranças de duas noites atrás invadiam minha mente como relampâgos repentinos.

Pisquei forte algumas vezes para conseguir tira-los de minha cabeça, mas foi em vão. Outra cena invadiu meus pensamentos, em um segundo via a estrada e no outro Clarke com Finn, se repetia centenas de vezes e eu não conseguia controlar.

A raiva estava tomando conta de meu peito, sentia a ardencia e a repentina dor na garganta, uma vontade incontrolável de gritar me ocorreu e eu não a seguraria por muito tempo.

Mesmo sabendo que a velocidade estava alta demais, continuei, até um carro quase me acertar em cheio, quase. Ouvi o som da moto derrapando e pude senti-la arrastar-me junto, minha perna havia ficado presa.

Quando finalmente parou, conseguia me mexer, não só isso, conseguia fazer oque mais queria.

Mesmo sendo um pós acidente, simplesmente tirei minha perna de baixo da moto e levantei rápido enquanto tirava o capacete, até finalmente realizar meu desejo, eu gritei.

Gritei como nunca antes e como se minha vida dependesse disso, gritei de raiva e de tristeza, gritei por mim e pela loira que atormentava meus pensamentos, gritei pela mágoa e a ardencia que dominavam meu peito, simplesmente gritei e não me importei com as poucas pessoas que me olhavam um tanto assustadas.

Após isso fixei meu olhar no chão e as mãos que antes seguravam o capacete agora estavam em minha cabeça, a respiração desrregulada pela falta de folego fazia meu peito subir e descer com rapidez.

-Ei, moço! Você ta bem? Precisa que chame uma ambulância? -Ouvi uma voz feminina ao longe, era a mulher que quase havia me atropelado.

-Não, não preciso. -Respondi com calma mas ainda sem conseguir respirar direito.

Voltei ao meu estado normal, ou quase, peguei meu capacete que de algum modo havia ido parar no chão, caminhei até a moto caida e a juntei, analisei os arranhões visivéis ao lado mas não me importei muito na hora, apenas a montei a retomei meu caminho.

Senti uma leve dor na perna, mas deduzi não ser nada demais, apenas alguns arranhões.

Estacionei em uma esquina qualquer e resolvi caminhar um pouco, sabia bem onde estava.

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