Com Amor, (Des)conhecido

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Hoje a vi triste, e, como sempre, você não me notou. Não, eu não era o garoto de suspensórios e calças vermelhas, tampouco o senhor de boina quadriculada. Mas eu estava próximo, muito próximo.

Bem, como eu disse, te vi triste, então preparei uma coisa para sua tristeza: uma lista do que fazer para se ser feliz (mesmo que só por hoje).

Primeiro, abra um sorriso para si mesma. Só um, isso basta.

Diga que ama alguém, só por hoje. Não precisa ser perdida de amores por essa pessoa (ao menos que ela seja eu).

Abrace sem precisar ser abraçada. Isso é a melhor sensação que você terá.

Beije sem pedir passagem (me procure para resolver essa).

Desista de coisas tolas, dores e palavras que podem te magoar (principalmente as que Clod lhe diz, ele não presta).

Não se irrite com o irmão mais novo chato, mesmo se ele sujar seu tapete com aquele sorvete de chocolate.

Elogie o almoço que sua mãe fez com tanto carinho (ela disse que você não vem se alimentando bem, então, repita o prato quantas vezes conseguir).

Deixe um sorriso nos lábios de um garoto triste (conte uma piada, lhe compre um pirulito, seja criativa).

Passeie de mãos dadas com um estranho (posso aguentar isso, só um pouco).

Cante alto. Dance daquele jeito boneco de posto de gasolina.

Coma todo o chocolate que puder.

Não sente no mesmo lugar à mesa. Diga bom dia, boa tarde e boa noite ao morador de rua. Deixe uma gorjeta para o padeiro.

Destrua pensamentos rebeldes (como aquele de fugir de casa durante a noite... é, eu ouvi isso).

Não beba, por hoje. Não se entorpeça, por hoje. Seja livre, mesmo que apenas hoje.

Quando o dia acabar, volte a ser o que era, se quiser. Mas saiba que, se você fez tudo isso, mesmo que apenas por hoje, não pode mais dizer que nunca foi feliz.

P.S.: O endereço ainda é falso. Quem moraria na rua 222 com a 777? E esses números são meio impossíveis! Então, ainda não me envie nada.

– Com amor, (des)conhecido