31° capítulo. *Doente?*

51 4 0
                                    

Andrea: Você não vale nada. --A garota grita chorando.

O menino ri e apenas completa:
Tiago: É só um jogo, querida. Aceita e cumpre isso logo. É moleza.

Andrea: Não! --Ela diz enquanto se levanta e corre para a porta.

O Marcos a alcança e segura a mesma em seus braços.

Marcos: Sair está fora das regras do jogo, bebê.

Era possível perceber o quanto a menina tremia, seus lábios estavam com pouca cor, assim como seu rosto. Ela começou a se debater com a pouca força que tinha, mas em vão, ela não obteve sucesso.

Meu pensamento foi ficando confuso, o desespero daquela garota me deixou atordoada. Olhei pra aquilo e senti minha cabeça girar. Fechei minhas mãos com força e me controlei pra não ir ajudar, porque sinceramente, essa era minha vontade. Meus batimentos se aceleraram. Olhei para as pessoas da sala e todos se divertiam com a situação.

De repente um som alto toma conta de todo aquele momento. Todos pararam o que estavam fazendo e a garota sorri, aliviada. O Marcos a soltou e a mesma saiu da sala, juntamente com várias outras pessoas.

Fiquei parada enquanto observava o Marcos vir na minha direção e o Gabriel sair por aquela porta. Começo a tremer.

Marcos: Vem logo. --Ele diz puxando minha mão.
Eu: Pra onde? --Pergunto trêmula.
Marcos: Já tá chegando a hora do blecaute. --Ele sorri.
Eu: Eu não quero... --Nego com a cabeça.
Marcos: Não é questão de querer, e seja agradecida por eu ter pegado super leve no desafio.

Acabo concordando. Dei a mão pro Marcos e fomos juntos até a sala principal. Minha mão estava gelada, ele percebeu e riu.

Marcos: Fica tranquila, princesa. Eu não mordo. --Ele fez uma pausa e continuou. --Só se você quiser.
Eu: Não vou querer. Obrigada.--Digo debochada.

Em questão de poucos segundos vejo tudo ficar escuro. Sim, havia chegado a tal hora do blecaute.

Sinto uma mão quente envolver minha cintura. Sinto alguém colando o seu corpo ao meu e acariciando meu rosto. Suspiro. Fecho meus olhos e me deixo levar.

O Marcos direciona sua boca ao meu pescoço e começa a beijar o mesmo, alternando entre chupões. Ele vai chegando perto da boca e me dá um selinho. Logo em seguida sinto o mesmo me dar uma leve mordida no meu lábio inferior.

Descanso minhas mãos sobre seus ombros e colo ainda mais nossos corpos. Ele puxa meu cabelo levemente e começa a brincar com o mesmo.

Decido começar um beijo. Demos outro selinho e ele me pediu passagem com a língua, eu cedi. Ele apertou minha cintura e foi aumentando a intensidade do beijo. Sorri sem perceber, pausando o momento. Aquilo tava muito bom. Ele me puxa pra um abraço e vai descendo sua mão... Até demais. Me solto do abraço e volto a beija-lo, com vontade. Ele morde minha orelha em seguida e começa a falar sacanagens. Suspiro novamente. Apesar dos meus olhos estarem fechados, sinto uma leve luz na minha direção. Paro tudo que estava acontecendo e me direciono para a tal luz, que quando olho, já tinha desaparecido. Estranhei.

Marcos: O que houve?
Eu: Nada não. Coisa da minha cabeça. --Disse voltando ao beijo.

Depois de alguns rápidos segundos, o momento do blecaute termina.

Olho para o Marcos meio sem graça e ele sorri, me deixando envergonhada.

Marcos: Você quer...
Gabriel: Vamos embora agora, Júlia. --Diz o Gabriel afobado, interrompendo a fala do Marcos.

Eu: Por que agora? --Pergunto confusa.
Gabriel: Porque sim. Precisamos ir. Já deu a hora.
Eu: E agora por acaso tem horas? Quem dita as regras é a gente.
Gabriel: Quem dita as regras sou eu, e nós vamos agora. --Me puxa pelo braço.
Eu: Me solta. Eu sei andar sozinha.

Um Mundo Cor-De-PretoOnde histórias criam vida. Descubra agora