Capítulo 5

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Hoje tem musiquinha, irei avisar quando colocar, mas se não der não tem problema, pois coloquei a letra com a respectiva tradução

Boa leitura, comentem muito pra eu responder... Vai que vocês ganham spoiler?nao prometo nada kjkkjj

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Saiu correndo pelo corredor, meus passos eram pesados e rápidos e ao se chorarem com o chão faziam um barulho alto. Minha raiva era tanta que não percebo um garoto vindo em minha direção e trombo com o mesmo levando nos ao chão, logo me levanto e quando me preparo para correr novamente alguém segura meu braço.

- Me deixa em paz ben - digo baixo mas com raiva em cada palavra.

-Ben? não, sou eu o Dey

Então nem vir atrás de mim aquele idiota teve coragem? Que ódio! Respiro fundo e me viro vendo deyrick com o seu típico topete.

- Você está bem Ryan?

- Estou sim dey, estou super bem- digo o lançando um sorriso mas sou supreendido quando o mesmo me abraça.

É foi ali que eu desabei, naquele abraço eu deixei várias lágrimas se derramarem. Eu chorei pelos meus pais, pelo fato de não ser suficiente pra ninguém, de pensar somente em mim mesmo, como Ben disse. Eu só queria ser um adolescente normal, será que isso é tão difícil? As lembranças do meu pai brincando de guerrinha de neve inundaram minha mente, o dia que minha mãe me levou a cozinha e me ensinou sua receita secreta de bolo de chocolate, a vez que fomos ao parque de diversões é meu pai segurou minha mão e disse que sempre estaria comigo, era uma MENTIRA! Eles nunca estariam sempre comigo.… eles se foram.

- Eles se foram - sussuro baixinho quando as lágrimas diminuíram.

Seus braços me soltam e me sinto ser puxado para algum lugar e não luto contra. Eu estava vulnerável e eu sabia disso, mas eu não me importava, eu sabia que ele não iria fazer nada comigo.

Paramos em frente a uma porta com o número 133 , Dey tira a chave de seu bolso e abre a porta quando ele entra o mesmo me convida a sentar em uma cama com o lençol azul.

- Você quer desabafar? - ele pergunta colocando minha cabeça em seu ombro.

-não, pra falar a verdade, eu quero sim. Meus pais morreram quando eu ainda era uma criança, eu tinha apenas 5 anos, sabe como isso foi difícil? Eu lembro de tudo dey, lembro dos seus abraços, dos cuidados que eles tinham comigo, das sextas em família, das brigas que eles tinham enquanto pensavam que eu dormia... Eu sinto saudades, eles disseram que nunca iriam me deixar mas eles se foram. Eu não os culpo, de forma alguma mas tudo isso dói, dói muito- digo passando a manga da minha blusa em meu rosto secando os vestígios de que eu havia chorado- e pra piorar o Ben disse que só me preocupo comigo mesmo, que nunca mais quer conversar comigo. Eu não deveria me importar mas eu me importo.

- Eles podem não estar aqui Ryan, mas eles estão nas suas lembranças como você disse. Eles te protegeram enquanto estavam aqui, eles te amaram é tenho certeza que iriam se orgulhar de você. Não fique se perguntando e forçando a saber o porquê deles terem ido, por que ninguém sabe o por que as pessoas vão. Apenas siga em frente por eles! Eles te deram a vida então apenas valorize-a e tenho certeza que isso irá fazer você se sentir melhor. É sobre esse amigo seu, não se preocupe. Ele talvez estava com a mente cheia e descontou em ti.

- Hm… obrigado dey- digo o abraçando sorrindo.

A porta se abre e logo em seguida uma pessoa entra, era o Marcos, quando me vê abraçado com o dey seu rosto se fecha.

- Eu fiquei sabendo que você saiu correndo pelo corredor e alguns alunos que te viram disseram que você estava aqui, eu pensei que você estava mal mas pelo visto está super bem em - disse Marcos que logo em seguida deixa o quarto, com a mesma rapidez que entrou.

- Acho melhor eu ir atrás dele, muito obrigado mesmo por me ouvir - digo dando um sorriso fraco- não sou muito de demonstrar minha fraqueza, se sinta honrado.

- Me sinto super honrado - diz ele rindo e se despedindo de mim com um abraço.

Saio do quarto atrás de Marcos e ao pergunta alguns alunos ali fora descubro que o mesmo estava na sala de dança. Saiu procurando a sala de dança (eu nem sabia sobre sua existência) e ao me aproximar ouço on purpose- Sabrina carpenter tocando alto.
(Coloquem a musiquinha)

Your eyes
Crashin' into my eyes
Was accidentally falling in love
Your words
Didn't mean to heal the hurt
Were coincidentally more than enough

(Seus olhos
Esbarraram com os meus olhos
Estava acidentalmente me apaixonando
Suas palavras
Não queriam curar a dor
Foram coincidentemente mais do que suficiente)

Encontro a porta entreaberta e olho para os dois lados e ao perceber que não tinha ninguém no corredor termino de abri-la, quando meus olhos vasculham a sala encontram Marcus meu coração para e meus olhos se fixam apenas nele.

All these days I never thought
That I would need someone so much
Who knew?
But I don't think I ever planned
For this helpless circumstance
With you.

(E todos esses dias eu nunca pensei
Que eu precisaria tanto de alguém
Quem sabia?
Mas eu não acho que eu nunca planejei
Para esta circunstância perdida
Com você)

O mesmo estava dançando, seus passos eram leves e ao mesmo tempo precisos. Seus braços estavam em sintonia com o seu corpo e eu não sei o que aconteceu comigo mas naquele momento algo floresceu em meu peito, pra ser mais exato do lado esquerdo onde ficava um órgão que só devia bombear meu sangue.

Foi de propósito.
Naquele momento eu senti algo de propósito.

Seu corpo gira rapidamente, seus passos se tornam mais ágeis e raivosos, mas eles me passavam calma. Aquilo tudo foi de propósito, foi tão sem querer mas naquele momento eu sabia e tinha certeza que pela primeira vez depois de 11 anos eu senti algo igual a todos adolescente sentem...

You scared, I'm nervous
But I guess that we did it on purpose, on purpose, on purpose
Baby, I know it's weird, but it's worth it
Cause I guess that we did it on purpose, on purpose, on purpose.

(Você está assustado, eu estou nervoso
Mas eu acho que nós fizemos isso de propósito, de propósito, de propósito
Amor, eu sei que é estranho, mas vale a pena
Porque eu acho que nós fizemos isso de propósito, de propósito, de propósito)

Derrepente o mesmo paralisa, era perceptível somente sua respiração descompasada e o suor que descia por seu corpo. O mesmo encarava seu reflexo no espelho sem se mexer. Eu nunca tinha reparado mas seus olhos são bonitos, eles me prendiam de uma forma diferente mas boa. Seu olhar denunciava sua raiva e eu nem o motivo entendia.

- me deixe em paz.

- como? O que aconteceu? - digo me aproximando, levo minha mão em sua direção e toco em seu ombro.

O mesmo se arrepia é sinto um formigamento se iniciar em meu dedo e seguir por todo meu corpo.

- Não se faça de bobo porque sei que você não é - ele se afasta bruscamente e segue até seus pertences.

- Mas eu não sei oque esta acontecendo, okay! Eu estava abraçado com o Dey por que ele me ajudou, tudo bem? Eu não estava bem. Quer saber, por que eu estou lhe dando satisfação? Você nem conversar comigo quer, então tchau.

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