prólogo

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Sinto o suor descer por meu rosto. socava o boneco de treino como se minha vida dependesse daquilo,como se tudo fosse resolver com aquele ato bruto.

Minha mãe passa sua mão suave pelos meus cabelos e deixa em minha bochecha um beijo lento e calmo mas carregado de sentimentos, ouço sua voz linda e melodiosa "eu te amo meu pequeno".

Cada soco trazia consigo uma parte do pior dia da minha vida, cada soco traziam minhas incertezas e medos.

Sua mão juto da Minha me guiava até o homem que havia me trago ao mundo. Ele me segura em seu colo e como se soubesse que aquele era o nosso último dia juntos me envolve em um abraço apertado e aconchegante.

Eu era apenas uma criança inocente que devia crescer ao lado dos pais,ir para a escola,ter vários amigos,me apaixonar mas nada seria daquele modo.

Sinto seus passos calmos e vejo seu sorriso e de minha mãe, estava tudo tão bom se não fosse a sensação ruim..

Eu era apenas uma criança mas sentia tudo aquilo,eu sabia que eles escondiam algo entre os seus sorrisos.

Meu rosto era marcado por um sorriso- seria lindo se não fosse horrível - ouço um estrondo alto e olho em direção a porta onde estava duas pessoas totalmente vestidas de preto.

Sinto toda a raiva, toda tristeza e toda injustiça em meu corpo. Parecia que aquele sentimento de impotência corria por toda as minhas veias e tudo que eu poderia querer era vingança. Com todos esses pensamentos soco fortemente o boneco que voa longe e me deixo cair lentamente no chão com lágrimas descendo por todo meu rosto.

Lembro bem das palavras de minha mãe naquele dia,era algo que eu nunca esqueceria " liga para seu tio...Eu te amo" aquelas últimas três palavras, eu não pude retribuir...Eu não disse eu também te amo. Eu corria desesperadamente para o andar de cima,eu queria ajudar... Me sentia obrigado. Ligo para meu tio e no movimento rápido me jogo de baixo dá cama até ouvir sua voz grossa mas cheia de simpatia "ei Frank"eu lembro de disser tudo rápido e embolado até ser puxado de debaixo dá cama, me debatia e gritava mas não adiantava de nada.

Deito no chão frio dá sala de treinamento e me sinto fraco...Era sempre assim,eu sempre fui fraco e até hoje eu sou.

Sou arrastado até o andar debaixo contra minha vontade, aquela pessoa me joga no chão onde me coloca ajoelhado ao lado dos meus pais que viram seus rostos em minha direção, podia ver em seus olhos vermelhos e inchados de tanto chorar,uma das pessoas vai até meu pai e coloca a arma em sua testa, ele me olha e movimentando somente os lábios diz "eu te amo". Começo a gritar e corro ate aquele bandido mas sinto um baque na minha cabeça e tudo escurece.

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