Capítulo 4

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LOUIS POV

Uma semana depois....


Que merda de barulho irritante é esse?
É campanhinha?
Sim, é.
Olho para o relógio e vejo que são 6 horas da manhã. Levanto da cama meio zonzo pelo sono. Pego na cadeira minha blusa e a visto. Vou devagar para a porta, a pessoa do outro lado estava desesperada por que não parava de tocar a campanhinha.
-Já vai porra. - minha voz saindo meio falha e rouca pelo sono. Abro a porta e na mesma hora alguém joga um monte de pedrinhas em mim.
-Que porra é essa?! - fala mais alto, tentando tirar algumas pedrinhas do meu cabelo.
-Sal grosso. - Styles fala. Claro. Tinha que ser ele.
-Styles é melhor ir embora antes que eu te mate esfolado ou esfregue sua cara nesse sal e pare de suja minha casa com sal! - fala mais alto ao que ele continua jogando sal grosso na minha sala e em mim.
-Isso é pra afastar energias negativas. Seu dia vai ser péssimo hoje Lou. - ele falava e parecia aflito. Continuando a jogar sal em mim.
-Meu dia é péssimo sempre, pare com isso agora mesmo. - repito e ele olha pra mim.
-Mas hoje vai acontecer alguma coisa, eu li. -ele responde fazendo cara de choro.
-Você leu a onde? - pergunto revirando os olhos.
-No horóscopo online...- ele responde, claro, horóscopo, ele acredita nessa besteira.
-Olha que seja, faz o que quiser. Eu vou tomar banho porque tenho que trabalhar. - falo e me viro para ir.
-Quer ajuda? Posso esfregar suas costas! - Styles pergunta com um sorriso simpático.
-Você pode ir embora. - respondo e começo a ir para o meu banheiro.
-MAL. - ouço-o gritar da sala.
Esse menino não tem jeito. Somos amigos há uma semana e ele não cansa de dar em cima de mim e ele fica enchendo a paciência todo dia. No domingo ele me fez assistir todos os filmes de um menino que não tinha pais e era bruxo. O filme não era ruim, foi só ruim quando o Styles começou a chorar no fim. Ele era o tempo todo feliz e era estranho quando ele chorava e eu não gostava.
Acho que é só minha consciência querendo ser solidaria com uma pessoa, aliás, amigos se preocupam e eu me preocupo só um pouquinho com ele, mas aquela pessoa estranha não precisa saber disso.
Depois de fazer a barba, tomar banho, escovar os dentes e escolher e vestir meu terno preto Armani, vou para cozinha e encontro um café da manhã todo preparado. Com panquecas, ovos e bacon.
-Mexendo na minha cozinha de novo?- pergunto, olhando a pessoa estranha com seus cachos presos e o avental de ursinhos verdes.
-Eu adoro cozinhar nela, tem tudo aqui. - ele responde animado, colocando os últimos bacons em um prato e desligando o fogão.
-Percebo. -respondo sentando na cadeira. Antes que eu tenha tempo de me servir ele já estava com meu prato na mão, colocando panqueca, ovos e vários bacons.
-Eu tenho mãos, eu posso me servir sozinho. - respondo ranzinza começando a comer a comida. Estava delicioso, não tinha como eu ficar com raiva por muito tempo com uma comida boa dessas.
-Estou treinando para nossas vidas de casados. - ele fala como se fosse uma coisa que realmente iria acontecer eventualmente.
-Sei...- falo e continuo a comer observando ele colocar só panquecas em seu prato.
-Não vai querer? - pergunto oferecendo bacon para ele, oferecendo só por que sou educado, não que eu queira que ele se alimente direito.
-Eu não como carne. - ele responde, me olhando com seus grandes olhos.
-Como não? Carne é vida. - pergunto indignado.
-Por isso mesmo, carne é vida e eu não vou comer vida. A vida é para ser vivida. - ele responde serio.
-Mas você vive de que? - pergunto curioso.
-Frutas, vegetais e grãos.
-Mas você tem certeza que não quer comer nenhum bacon? - pergunto logo levando um pedaço saboroso de bacon para minha boca.
-Não, esse pobre porco sofreu muito no frigorífico e todo esse sofrimento se transforma em energia negativa e vai para o corpo de quem come.
-Ainda bem que já sou um poço de energia negativa, mais um pouquinho não faz diferença. - falo terminando de comer.
-Como as pessoas conseguem matar um animalzinho tão bonitinho?! - ele pergunta parecendo desolado.
-A onde que um porco é bonito? - pergunto divertido, não podia negar que Styles me divertia.
-Ele é rosa, é claro que é bonitinho. - ele responde e ao perceber que estou me divertido seu rosto se ilumina como um grande sol.
-A vida é injusta com coisas e animais rosa. - resmungo já me levantando da cadeira.
-Você está zoando com a minha cara. Parecemos marido e mulher - ele fala divertido e começa a rir. Drogas, essa é explicação para tanta felicidade de manhã.
-Sempre estou. - digo e olho para meu relógio, eu estava atrasado.
-Tenho que ir. - falo e vou para sala pegar minha maleta, mas antes de sair viro e falo para Styles: - Você arrume a cozinha que bagunçou. Vou te deixar sozinho aqui, mas não é para tocar e nem bagunçar nada, entendeu?
-Sim. - ele responde solene.
-A chave reserva esta debaixo do terceiro jarro com as flores mortas.
-Bom trabalho QUERIDO. - Styles fala chegando perto de mim, me dando um beijo no rosto e saindo saltitante para a cozinha.
-Sem contato físico e nada de "querido". - falo e saio de casa. Sei que vou me arrepender de ter falado onde a chave reserva estava para Styles, mas agora eu estou muito atrasado para ligar.
~~**~~
Finalmente era hora do almoço, hoje a manhã foi realmente cansativa, nem parecia uma típica quarta-feira, ainda bem que hoje tinha futebol, eu estou precisando correr um pouco e quem sabe derrubar pessoas no chão para se machucarem. Parece divertido. Foi pensando nisso que sinto uma coisa pesada e em alta velocidade se chocar ao meu corpo, mas antes de sentir o chão já estava desacordado.
~~**~~
Meus olhos estavam tão pesados, eu não queria ter acordado por que minha cabeça estava com uma dor excruciante, queria voltar para inconsciência por que lá não tinha nenhuma dor e nenhum barulho irritante igual esse PI PI PI PI que eu estava ouvindo.
-Lou? Você esta acordado? - ouço alguém me chamar, eu fico quieto tentando me fingir de morto.
-Louis acorda, por favor! - eu conheço essa voz rouca, ela está diferente, mas realmente é a mesma voz que me enche o saco dia após dia.
-Eu estou tentando dormir, cola a boca. - resmungo e volto a tentar dormir.
-LOUIS. - Styles grita animado e pula em cima de mim, na minha cama. Como ele entrou aqui em casa e por que ele esta na minha cama e no meu quarto.
-Mas que merda... - falo e abro os olhos, tinha uma luz extremamente forte ligada e quase me deixa cego e eu não posso segurar um gemido de dor. Olho para os lados e percebo que essa não era minha casa, era um hospital. Olho para baixo e Styles estava me olhando, mas ele estava diferente, seus olhos estavam vermelhos e ele estava triste.
-Você já pode sair de cima de mim. - falo baixo, tentando não piorar minha dor de cabeça.
-Não estou preparado para te soltar. - ele resmunga e continua em cima de mim com o queixo apoiado no meu peito. Eu solto um suspiro e deixo-o ficar assim, não ia adiantar nada falar por que ele nunca me ouve e sempre faz o que quer.
-O que aconteceu? - pergunto tentando me lembrar do que tinha acontecido.
-Uma bicicleta te atropelou... - ele responde.
-Uma bicicleta? Por que eu estou em um hospital? - volto a perguntar, tentando colocar minhas lembranças em ordem. Se só foi uma bicicleta porque estou com tanta dor.
-O cara da bicicleta estava em alta velocidade e te atingiu, você caiu desmaiado no chão e então te trouxeram para o hospital. - ele responde fazendo um careta.
-Como você sabe de tudo isso? E por que você está aqui?
-Eu vi tudo, eu estava indo até seu escritório para almoçar com você, então eu vi quando te atropelaram.
-Você é estranho, fica me seguindo por ai. - murmuro, voltando a fechar os olhos. Eu estou cansado.
-Não sou estranho.
-Sim, você é uma fada. - murmuro quase inconsciente.
-Uma fada? - o ouço perguntar confuso.
-Sim, só fadas têm cabelos tão cacheados como o seus e comem vegetais, frutos e grãos. - murmuro ou não falo, não sei mais o que estou fazendo de tanto sono.
-Durma bem Lou. - ouço alguém alegre falar e sinto uma leve pressão no meu pescoço, mas antes de falar qualquer coisa eu já estava dormindo.
~~**~~
Acordo novamente e olho ao redor, meu quarto estava vazio, será que eu sonhei que Styles estava aqui? Não é possível, ele me atormenta até nos meus sonhos. Ouço a porta de vidro abrir e vejo uma senhora loira entrar segurando alguns remédios.
-Que horas são? - pergunto.
-Bom dia para você também Louis. - ele responde com um sorriso no rosto.
-É senhor Tomlinson, não temos intimidade para isso. - fala direto e ela fecha a cara.
-Que horas são? - volto a perguntar.
-Oito da manhã, é quinta ferira do dia 16 de maio. - ela responde profissional. Volto a deitar minha cabeça no travesseiro e sinto-a pegar meu braço um pouco brusco demais, ela fura minha veia sem dó ou piedade.
-O que é isso? - pergunto sem expressar minha dor.
-Remédio. - ela responde em um tom grosso.
-Serio? Pensava que era Heroína, se você não tivesse me falado estaria até agora enganado. - respondo sínico e ela olha com raiva pra mim.
-Não acredito que Harry, aquela pessoa meiga, gentil e extremamente lindo possa ser noivo de alguém como o Senhor. - ela responde e sai batendo a porta.
Noivo? Styles? Lindo? Mas que merda ta acontecendo.
-Bom dia Louu... - o ser Styles entra no quarto saltitante e feliz trazendo algumas sacolas na mão.
-O que você está fazendo aqui? - pergunto raivoso. Eu odeio não estar no controle das coisas. Isso me deixa com raiva. Eu queria ir embora.
-Calma. - ele pede e se senta na cadeira ao meu lado.
-Você não sabe como me deixa puto quando estou com raiva e alguém pede para que eu me acalme. - falo com mais raiva ainda.
-Vamos, respire. - ele manda gentil e eu respiro.
-Solte. - ele pede depois de segundo e eu solto.
-Melhor? - ele pergunta e eu balanço a cabeça. Não sei por que não consigo fazer isso sozinho.
-Te trouxe café e pudim. Eu sei que você não gosta de nada doce, mas isso é a única coisa boa para se comer por aqui. - ele fala me entregando o pudim e café.
-Como você sabe que não gosto? - pergunto olhando para o doce meio gosmento.
-Você falou.
-Falei? - pergunto, tomando um pouco do café, era horrível, mas meu estomago agradeceu por receber alguma coisa comestível.
-Sim.
-Não me lembro. - falo, tentando ter coragem para comer uma colherada do pudim.
-Você não deve se lembrar do que me falou ontem então. - ele fala e seu rosto estava divertido.
-O que eu falei? - pergunto e logo faço uma careta por que aquele negocio estava ruim.
-Você me chamou de fada por causa do meu cabelo. - ele responde enrugando o nariz e enrolando um dedo nos cabelos encaracolados.
-Eu não falei isso.
-Falou sim. - ele responde rindo e me olhando. É acho que falei, os cabelos dele era até legal, mas ele não precisa saber.
-Falou também que estava apaixonado por mim e que queria meu corpo nu. - ele fala e eu engasgo cuspindo o café ruim e frio por todo o lençol da cama de hospital.
-Eu sei, eu também fiquei bem surpreso com a sua ousadia. Eu sei que nossa força de atração é muito grande, mas isso foi uma surpresa para mim, sabia que um dia você iria assumir o nosso amor. - ele fala, dando batidinhas nas minhas costas e fazendo uma cara exasperada.
-Isso é mentira, eu falei mesmo isso? - pergunto sério depois de ter recuperado a respiração, olho para seu rosto e o mesmo estava com um sorriso sapeca nos lábios.
-Você me enganou por um minuto Styles. - falo e ele começa a gargalhar, eu não posso evitar e começa a rir também.
-Você tinha que ver a sua cara. - ele fala ainda gargalhando e vermelho.
-Você não tem jeito, garoto estranho. - fala, colocando meu café na mesinha ao lado da minha cama e tentando limpar o resto do liquido que caio sobre meu corpo.
-Ai, desculpa Lou, não resisti. - ele fala recuperando fôlego.
-Tudo bem, deste que horas você está aqui? - pergunto, observando as manchas roxas em baixo de seus grandes olhos.
-Deste quando você chegou ontem. - ele responde dando de ombros.
-Por que você não foi pra sua casa dormir? - pergunto olhando para ele.
-Eu não ia te deixar aqui sozinho, se eu estivesse no hospital não gostaria de ficar sozinho, então eu também não te deixaria sozinho. - ele responde aflito.
-Qual o problema? - pergunto me referindo a sua aflição.
-Eu não gosto de hospitais. - ele responde mordendo os lábios.
-Por quê?
-Por que já passei muito tempo neles. - ele responde abaixando o rosto.
-Você é doente? - pergunto tentando enxergar seu rosto que estava virado para baixo.
-Não, minha mãe era. - ele responde baixo.
-Era?
-Ela morreu á sete anos atrás. - ele responde olhando para a parede.
-Sinto muito que ela tenha morrido. - falo, eu queria falar alguma coisa para consolá-lo, mas eu era ridículo para ajudar as pessoas.
-Não sinta, ela estava sofrendo muito, então eu estou feliz que ela tenha ido para um lugar feliz e sem dor. - ele responde agora olhando pra mim e vejo que seus olhos começarem a ficar vermelhos.
-E seu pai? - pergunto.
-Nunca conheci. - ele responde dando de ombros, voltando a ficar triste. Merda, por isso que não tenho amigos, eu odeio me importar com os outros.
-Não tem jeito, vou te contar uma piada. - falo e o garoto na minha me olha.
-Sério? - ele pergunta, seu rosto um pouco mais feliz. E eu só afirmo com a cabeça.
-O que o Voldemort falou a Kedavra biscate? - pergunto, mas antes dele responder eu completo. - A, vá dá, kedavra.
-Isso foi uma piada sobre Harry Potter? - ele pergunta parecendo chocado.
-Sim, e foi demais. - resmungo.
-Foi ridículo. - ele responde e começa a rir feito doido.
-Falei que foi bom. - falo indiferente,
-Obrigado Lou. - ele para de rir e me olha com adoração, esse menino é estranho.
-Bom Styles, já que você está aqui, então faça algo que preste e vá chamar o Doutor, quero ir embora.
-Que tal um beijo de consolo antes? - ele pergunta com um sorrisinho safado.
-Anda logo - falo e ele bufa se levantando e indo chamar o Doutor.
Respiro fundo e engolo a vontade que tinha de abraçar o garoto fada, eu nunca queria abraçar ninguém. Isso me tira do sério.
Logo ouço passos e vejo Styles entrar com um jovem rapaz que conversava animadamente com o cacheado.
-Vamos ver senhor Tomlinson... - o medico falou ao virar para minha direção e começar a olhar para prancheta que estava em sua mão. Styles veio do outro lado da cama e ficando ao eu lado, bem perto.
-O senhor bateu a cabeça com força, foi por isso que desmaiou. Fizemos raios-X e o senhor está bem, sem nenhuma fratura. - ele terminou de falar e olha para mim, mas logo o seu olhar vai para o garoto ao meu lado.
-Quando eu posso ter alta? - pergunto e o médico faz o favor de olhar para mim.
-Irei te dar alta agora mesmo e também irei prescrever alguns remédios para dor. - o medico fala e começa a escrever em um papel.
-Eu não preciso de remédio, estou perfeitamente bem. - resmungo.
-Aqui. - o médico me oferece o papel da receita, mas Styles entra na minha frente e pega.
-Deixe isso comigo. - ele fala e eu e o medico ficamos olhando para o ser estranho.
- Essa receita é do paciente Harry. - o medico fala gentilmente. Epa, o médico estava flertando com o Styles. Por que!?
-O Louis é meu noivo. Eu vou cuidar dele. - Styles responde olhando para receita e não vê a cara pasma que o médico esta fazendo. Nem a minha.
-Mas você aceitou a sair comigo. - o médico fala e Styles finalmente olha para ele.
-Eu aceitei, mas ia levar o Louis e mais alguns amigos comigo. - Styles responde meio confuso.
-M-mas... - o médico parecia não acreditar.
-Oh, você queria um encontro romântico? Desculpa Blay, eu estou apaixonado pelo Louis, nossas almas são companheiras. - Styles fala gentil e eu só fico observando.
Que porra estava acontecendo?

Preciso de pipoca?
-Mas que porra é esse? - pergunto confuso.
-Sua alta já está assinada, o senhor pode sair quando quiser. - o médico fala e sai triste do quarto.
-Que foi isso? - pergunto para Styles que estava ao meu lado.
-Não sei. - ele responde com os grandes olhos esbugalhados.
- Que seja. - falo e sento na cama. Olho para o canto da sala e vejo que minhas roupas estão dobradas e meu terno pendurado.
Pego minhas roupas e vou para o banheiro, mas antes tive que recusar mais uma das ajudas do Styles. Quando saio do banheiro vejo que o menino cacheado já tinha arrumado todas as minhas coisas na cama.
Depois de pegar tudo saio do quarto com Styles ao meu lado, e por todo mundo que a gente passava davam tchauzinhos para ele, até o segurança deu tchauzinho e cumprimentou o menino.
-Parece que você conhece todo mundo. - falo quando entro no taxi.
-Foram todos gentis comigo. - ele responde rindo.
-Sei, gentis.... - murmuro relaxando meu corpo.
-Mas a melhor parte é o berçário onde fica os bebês! - Styles fala animado.
-hum...
-Eu quero um bebê, eles são tão puros e bonitos. -ele murmura ao meu lado. E eu fico calado.
-LOUIS!- ele grita, eu me assusto e até o motorista do taxi se assusta.
-Que porra Styles.
-Sem palavrões Lou. - ele briga e logo continua: - Vamos ter sete filhos Louis.
-O que? - pergunto pasmo. Esse menino era descompassado.
-Sete bebês, vamos adotar quando casarmos. - ele fala feliz ao meu lado. Eu continuo calado, mas em vez de ignorá-lo como sempre fazia, fiquei olhando para como ele era brilhante, parece uma luz.
Sim, essa era uma boa definição para Harry Styles, talvez ele realmente seja uma fada.

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