Capítulo 4.

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Duas semanas depois...

Hoje é Sexta-Feira, neste final de semana haverá uma conferência gastronômica na Argentina, como o Bernardo vai estar viajando, vou ficar no hotel junto com outras pessoas aqui do Brasil que trabalham no mesmo ramo que eu. Nestas duas semanas, ainda não descobriram quem roubou a filial da Argentina e muito menos recuperaram o dinheiro. Esta semana, Otaviano me ligou praticamente todos os dias e é incrível a capacidade que ele tem de me irritar, eles estão com problema financeiro lá, o movimento continua pequeno e estão cheios de dívidas e ele acha que eu tenho que resolver tudo.

Estou no táxi, a caminho do aeroporto, mas o trânsito está horrível, meu voo é as 14h40, são 13h e eu preciso estar no aeroporto até 13h40.

Meu celular tocou, olhei na tela e estava escrito "Otaviano".

Ligação on:

Monica: "Oi Otaviano!"

Otaviano: "Você vem hoje ou amanhã?"

Monica: "A conferência começa cedo, então estou indo hoje".

Otaviano: "Esta conferência vai dar o que falar".

Monica: "Porque?"

Otaviano: "Virão muitos gringos, chefes importantes de cozinha".

Monica: "Eu não estou nem aí para eles, agora preciso desligar, tchau".

Encerrei a chamada e coloquei o celular na bolsa.

O táxista parou em frente ao aeroporto exatamente as 13h30, tirei o cinto de segurança, peguei meu celular, minha bolsa tira-colo e desci do carro, o motorista desceu, tirou minha bagagem da mala do seu carro, eu paguei a corrida e agradeci, ele entrou no táxi e eu, no aeroporto.

Fiz o Check-in, despachei a mala e subi para comprar água, aproveitei e comprei chocolate também.

Um tempo depois, fui para a sala de embarque, começaram a chamar os passageiros do meu voo.

Eu já estava dentro do avião, estavam dando as instruções, avisaram que o voo seria tranquilo, logo decolamos.

No meio da viagem, comecei a sentir fome, ainda bem que logo serviram o lanche.

Cheguei no aeroporto de Buenos Aires as 17h e surpreendentemente, Otaviano estava me esperando.

Monica:
Otaviano? - Olhei-o sem entender. -

Otaviano:
Vim te buscar, marrenta! - Otaviano pegou minha mala. - Liguei para a Giselle e ela disse que você estaria chegando aqui mais ou menos essa hora, então quis fazer um agrado.

Monica:
Obrigada! - Sorri fraco. - Otaviano, eu não sou marrenta.

Otaviano:
Claro que é, mas é uma marrenta diferente, dá para suportar. - Otaviano brincou e eu dei um tapa em seu ombro. - Vamos na confeitaria, eu queria conversar com você.

Monica:
Me dá até medo quando você fala isso.

Estávamos caminhando para buscar o carro, ele envolveu seu braço em minha cintura, me abraçando de lado.

Otaviano:
Ih! Fica tranquila. - Otaviano riu e desfez o abraço. -

Otaviano guardou minha bagagem na mala de seu carro, nós dois entramos, colocamos o cinto e ele deu partida.

Monica:
Posso ligar o som?

Otaviano:
A vontade!

Liguei o som e o cd que estava lá, era da banda Queen, estava tocando "Love Of My Life", eu comecei a cantar e Otaviano estava me olhando.

Is This LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora