CAPÍTULO 03

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SEM REVISÃO


GUTO

Noite de tormenta! Isso resume muito bem, não preguei os olhos durante a noite e pra piorar o cheiro dela não sai da minha cabeça. Certo momento eu fiquei inquieto e quando passei em frente a seu a seu quarto e a porta está entre aberta, eu a vejo toda encolhida no tapete com sol dormindo em seu peito e isso mexe comigo e eu a pego nos braços e a coloco em sua cama. Mesmo ela dormindo sentiu minha presença pois como sua cabeça ficou apoiada em meu peito e esse gesto involuntário despertou algo que eu jurava ter morrido dentro de mim, traço a linha de seus lábios com a ponta do dedo e ao perceber o que estava fazendo saio de seu quarto mas sem antes dá uma última olhada nela e ter a convicção que não irei ter paz ao lado desse anjo.

O sono me abandonou decidi ir treinar para liberar a adrenalina acumulada, não sei quanto tempo ao certo se passou até ouvir um barulho abafado e para minha tamanha surpresa ela está caída com sol ao seu lado. Quando meu olhar se cruza com o dela percebo o pânico em seus olhos e fico preocupado por ela está assustada.

— Você está bem? — Pergunto já colocando-a nos braços e a levando para dentro. Com ela em meus braços sigo para meu quarto e quando a deposito em minha cama ela fica inquieta e admirada olhando tudo ao redor.

— O que você tem dentro dessa sua cabeça para se pendurar e me espiar?

— Me desculpe eu ouvi um barulho quando fui à cozinha e fiquei curiosa, mas juro que não tinha intenção. — Sua voz soa embargada.

— Agora por causa de sua peripécia, vamos até o hospital para sabermos se não fraturou o pé.

— Não, hospital não! — Ela tenta sair de meus braços e eu a seguro firme.

— Tivesse pensado antes de sair por aí bisbilhotando aonde não é chamada. — Ela bufa e fica emburrada com um bico que dá vontade de rir.

Fomos o caminho todo ao hospital e para alívio nosso foi apenas uma luxação e não foi necessário imobilização, apenas precisou de uma injeção para aliviar mais rápido a dor e foi que o bicho pegou. Ela fez o maior escândalo por causa da agulha e isso me irritou bastante e então saímos de lá quase expulsos por causa e seus gritos. Mesmo ela estando com o pé ainda dolorido fomos ao centro para comprar umas roupas pois estava apenas com duas peças.

— Eu não preciso de roupas! — Ela diz emburrada no banco do passageiro.

— Não estou lhe dando opções, vamos sair hoje à noite da cidade para te proteger, então por favor quando chegarmos na maldita loja escolha tudo rápido para pouparmos tempo. — Ela apenas acena com a cabeça e seguimos ao centro. Ela estava muito calada e não a incomodei respeitando seu momento.

— Chegamos, vamos ficar em uma galeria pequena onde eu posso ver quem entra e quem sai e posso te dá privacidade para comprar suas coisas.

— Obrigada Guto, eu sei que por minha causa você vai ter que modificar toda sua vida.

— Está tudo bem! Façamos como eu disse e sairemos daqui rapidamente.

Fomos em direção até a galeria e antes dela entrar na loja eu checo se não fomos seguidos e como estava tudo em ordem eu a deixo a vontade na loja enquanto sento-me em uma poltrona no canto onde posso ver todo o movimento da loja e o lado de fora também e aproveito para olhar minha caixa de e-mail.

— Senhor? — Olho para cima e vejo a atendente me encarando.

— Sim?

— Sua esposa não escolheu praticamente nada, ela olha as etiquetas e diz que é muito caro. — Não corrijo a sua fala de que Camilli é minha esposa e olho onde ela tá e a vejo olhando admirada para a pilha de roupas que a atendente lhe mostrou, mas apenas tem consigo um vestido florido, uma saia e uma blusa básica.

Sob Minha ProteçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora