"Max, a minha vontade de chorar é imensa, sinto muito dor, meu corpo está dolorido, meu pulso doendo muito, porém faço força para escrever, mesmo com essa dor... Estou num quarto de hospital (na cama), com todos meus materiais escolares que estava levando na mochila, do lado de fora, está meu pai e minha irmã sentados... Vou contar tudo que aconteceu.
'De manhã, acordei atrasado, e rapidamente eu me troquei e nem tomei café, despedi de meu pai e minha irmã (que conseguiram se reconciliar... Ainda bem) e peguei meu casaco e minha mochila, andei muito rápido (quase correndo) chegando na escola, eu vi a Bruna entre dois valentões do colégio irritando ela... Ai que vem o problema, o meu medo de ver ela acabar se machucando, e eu não ter feito nada, ia ser muito covarde, então como fui um bom garoto, eu fui até eles.
-Hey, largue ela!
Os dois soltaram ela e a empurraram em minha frente, que fez ela deitar sua cabeça em meu peito. Por essa eu não esperava que ia ser tão fácil assim.
-Muito obrigado... -Eu respondi meio sem graça ao olhar pra ela.
Os dois valentões se levantaram e riram de mim e um deles (que tinha o cabelo da cor verde) disse para a Bruna sai de lá, Bruna com medo, olhou para mim e correu para dentro da escola... Eu olhou pra eles.
-Está pronto pra apanhar? -Um deles perguntou rindo de mim.
-Não se vocês estiverem prontos pra levar uma surra.
Um deles acabou debochando de minha capacidade e me chamou de filha da put- ... Nesse ponto comecei a chorar (sim, sou muito frágil quando falam de minha mãe... Principalmente quando xingam ela.) Eu não aguentei, fiz a força que eu nunca pude ter, e dei um soco na cara de um deles. Vendo seu nariz sangrar, e meu punho sujo com o sangue dele, eu me desesperei, e afastei, o machucado olhou para mim e aproximo, pegou em meu colarinho e com a força dele me jogou contra a parede fazendo eu bater a cabeça e em seguida deitando no chão com muita dor.
Os dois se aproximaram rindo e começaram a me chutar como se fosse latinha de refrigerante ou garrafinha (na época os melhores jogos eram com latinhas e garrafinhas) eu chorava e gritava para parar, até que a Bruna chega com um dos inspetores, que fez os valentões saírem correndo.
Bruna colocou a mão na boca, e ficou assustada ao me ver todo ferido, o inspetor pediu para ela entrar, ela entrou e o inspetor foi até a mim.
-Garoto!? Oque aconteceu?
-Eu...
Eu não estava conseguindo falar, eu limpava o meu rosto que estava repleto de sangue e suor e com algumas lágrimas de dor.
-Garoto!?
Ele me sacudiu, e eu já estava ameaçando em desmaiar (sou frágil). Ele me pegou no colo e me levou até a enfermaria, depois disso... Eu não me lembro do que houve.'
E foi assim, acordei e vi meu pai e minha irmã, eles estavam preocupados claro, e então eu contei tudo oque houve, meu pai disse que iria conversar comigo depois (medo), minha irmã ficou com vontade de rir depois que contei, e fez uma cara de "Como você é idiota"... Depois eles saíram, e a enfermeira fez os curativos melhores, e em seguida eu pedi meu caderno e caneta, ela pegou e me deu, agora estou aqui escrevendo..."Meu pai entro no quarto e eu fechei o caderno rapidamente, e olhei para ele, ele foi até a mim e olhou para mim.
-Filho... Esquece.
Ele sentou na poltrona e ficou calado olhado para o nada, como eu estava desentendido e fiquei só olhando para ele.
-Desculpa...
Eu falei baixo olhando pras minhas mãos, enquanto meu pai olhava pro nada, e balançava a cabeça como pedido de desculpa (Um sim).
-Você é igual a mim... Um protetor. -Ele disse isso sorrindo.
-O senhor já entrou numa fria?
-Sim...
Ele olhou para mim e se levantou aproximando de mim e olhando para meus olhos.
-Eu amei muito a sua mãe, quando nós éramos jovens, a ponto de pular um prédio...
-Eu espero, que não esteja falando sério... -Eu ri.
-Não... Não estou. -Ele riu. -Eu quis dizer o do tanto que eu a amava. Mas estão, um dia ela foi pega com ignorância, pelos caras mais populares do colégio.
-Também ela era linda né?
Sempre será linda...
-Sim! Muito linda... -Ele disse com uma cara de apaixonado. -Ela nunca chegou a gostar de nenhum deles, acho que nem de mim...
-É oque eu penso sobre...
-Hm? Está gostando de uma garota?
-... -Eu fiquei calado. -Pai, continua.
-Okay... -Ele continuou. -E ela estava desesperada e gritando para eles soltarem ela, então fui até eles e... Apanhei... -Ele riu. -E depois de alguns tempos... Acabamos namorando... E se casamos. Acho que você não quer saber da nossa vida amorosa.
-Não mesmo... -Eu ri.
-Bom, eu vou está lá fora com sua irmã... Vamos comer alguma coisa, quer que eu traga algo?
-Meu estômago está bem ferrado...
-Tudo bem. Vou ver depois a sua alta... Acho que hoje mesmo.
-Okay...
Ele saiu do quarto e eu fiquei calado olhando para o nada, pensando na Bruna... Será que fui muito idiota ter enfrentado? Ah, quer saber, enfrentei mesmo...
Depois de algumas horas, um médico entrou e foi até a mim.
-Garoto... Dave. Não é?
-Sim.
-Você está em alta, eu já falei com seu pai antes, logo ele vem.
-Certo.
O médico saiu, e eu me levantei meio trêmulo, e na poltrona eu vi uma roupa para mim, eu tirei o roupão (roupa de hospital... Eu esqueci o nome) e vesti a roupa minha que estava lá, sentei na poltrona pelo fato de eu não está muito bem ainda, porém ia descansar em casa melhor. Quando meu pai entrou no quarto, ele pegou meu material, e eu fiquei segurando meu caderno firme.
-Dá ele aqui. -Ele disse sorrindo.
-N-Não... -Gaguejei.
-Tudo bem então...
Eu levantei e segurei no ombro dele, nós saímos do hospital, e fomos pro estacionamento em direção ao carro, eu entrei e ele em seguida.
-Cadê a Sarah? -Perguntei.
-Ela quis voltar pra casa. -Disse ele ligando o carro. -Está apaixonado por quem?
-Ninguém...
-Fala... Por favor.
-Seu nome... Seu nome é Bruna.
-Que nome lindo.
-O senhor vai conhece-lá.
-Estão namorando então?
-Não... Eu queria... Porém.
-Porém oque?
-Eu tenho medo de me declarar.
-Eu entendo.
Esse papo se finalizou, ao chegar no estacionamento do apartamento, fomos no nossos aposentos, e ele pediu para eu descansar. Bom, assim eu finalizo, fui para o meu quarto e sentei em minha cama, abri meu caderno nas últimas."Max, cheguei em casa agora pouco.... Estou exausto, vou dormi, preciso descansar. Até amanhã.
Do seu mais depressivo: Dave"
É... Até amanhã!!
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As 20 Folhas de Caderno do Dave
FanfictionSeu nome era Dave Kelvin, tinha apenas 17 anos, era um garoto bonito, saudável, seu cabelo era longo e parecia ruivo no Sol, mas era castanho. Bom, ele teve uma vida triste quando perdeu sua mãe em um acidente de carro, no começo, ela estava interna...