Eros

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E·ros: Amar o ideal de uma pessoa tanto física quanto emocinalmente.


Nos conhecemos em um dia chuvoso de domingo, às exatas 22:00 Pm. Dois sempre foi o meu número favorito, e desde então passei à aprecia-lo ainda mais.

Eu estava cansado; meus ossos doíam devido aos meus esforços físicos na academia. Meus olhos estavam ardentes e lacrimejantes em resposta às inúmeras horas que passei com os olhos atentos fixamente à explicação do professor Nilton - que ministrava aulas da matéria de Álgebra, no terceiro ano do ensino médio.

Por estar com o interior fisicamente cansado e entorpecido, decidi de última hora que iria sair para um lugar, qualquer que fosse, com tanto que atendesse meus critérios poucamente rígidos; um espaço calmo, relaxante, sem algum som estrondoso e poucas pessoas.

Foi quando passei em frente à única cafeteria da cidade - Sweet coffe.

Parei com meus passos preguiçosos pela rua quase deserta para observar o pequeno estabelecimento de aparência simples porém extremamente aconchegante.

Entrei na cafeteria e parei ao lado da portinha de vidro da entrada, analisando uma mesa para que eu pudesse sentar-me.

O que separava o lado de fora do de dentro era apenas uma barreira formada por uma grossa e firme camada de vidro transparente, esta que nos proporcionava uma bela e nítida visão da rua escassa de pessoas. Os fortes pingos de chuva eram à única visão em movimento ali fora, através dos vidros.

Suspirei, vendo a fumaça que saiu serenamente junto com minha respiração.

Sentei em uma das cadeiras que eram feitas por um plástico duro de cor avermelhada. Eram ligadas ao plástico quadriculado duas colunas de ferro de cor preta. A mesinha era pequena; seu formato perfeitamente redondo, dando um ar ainda mais aconchegante ao local. Suas bordas prateadas e metalizadas.

O aroma que emanava daquela cafeteria era doce. Doce como um garoto de cabelo lisinho e os fios com uma bela e brilhante coloração preta. Sua pele era visivelmente macia; seu semblante delicado e cada linha, cada traço de seu rosto era perfeitamente traçado. Como um belo e perfeito projeto de arquitetura. Os lábios carnudos e rosadinhos; suas bochechas eram gordinhas e supostamente ótimas para apalpar.

Em seu corpo vestia um casaco de tecido liso de mangas compridas, que beijavam majestosamente seus braços, até suas mãos; que ele mantinha uma relaxada sobre a mesa redonda, e a outra se situava em seu queixo. Esta que tinha uma tatuagem  bem desenhada; os detalhes eram perfeitamente e corretamente traçados em sua pele esbranquiçada, a graciosa borboleta cravada em sua mão se estendia até o seu pulso fino.

Meus olhos se costuraram no garoto que aparentava ter sido esculpido por Deuses. As curvas de seu corpo bem estruturadas; os traçados amáveis de seu rosto...

Eu o olhava vergonhosamente, sem nem dar tempo para os meus olhos piscarem. Abaixo a cabeça timidamente e sorri, sentindo fogo queimar-me as bochechas quando ele direciou seus olhos pequeninos até mim quando percebeu que eu o olhava. Sua íris era uma cor lindamente castanha, quase preta. Arqueei novamente a cabeça, fitando-o com timidez esboçada em meus olhos negros e um sorriso bobo nos lábios congelados pelo ar frio que predominava ali.

Ele também sorria, e suas bochechas estavam se tornando de uma forma mais que adorável, vermelhas; com formato de bolinhos gostosos que vende na padaria.

eros; jikookOnde histórias criam vida. Descubra agora