Ghosts - Michael Jackson Fanfic

Capítulo 3

Só pode ser brincadeira! Nem sei o que eles são, estou me sentindo uma menina pelo medo de ser morta, já não assisto filme de terror pelo medo e agora parece que estou vivendo em um. Só quero ir para minha casa ou melhor, só quero a minha mãe. Michael vem caminhando bem devagar até mim e pega em minha mão me direcionando para a porta, ele diz para os outros que quer conversar sozinho comigo, então eles logo se retiram. 

_Não precisa ficar assim, eu vou deixar você ir por enquanto, mas quero que você volte logo. Só estou brincando com você, me divirto com isso mas não sou mal. Só que se você não voltar, eu posso ir atrás de você - Ele realmente parecia sincero e por uns instantes até conseguiu me acalmar. 

Todas as portas são abertas até a principal e eu realmente saio correndo desesperada e não conseguia deixar de pensar o quão bipolar ele era por ficar mudando de opinião direto, e claro que eu nunca mais vou voltar aqui, tenho amor a minha vida. Quando percebo já estou no pé do morro e avisto meu carro, continuo andando e assim que acho um de táxi, pego ele e vou em direção a minha casa. 

Nunca me senti tão aliviada quando vejo o meu prédio, saio do carro e pago ao motorista, vou correndo para o elevador sem ao menos falar com o porteiro e em alguns segundos já estou abrindo a porta do meu apartamento, me jogo no sofá e vou direto tomar um banho sem conseguir deixar de pensar no rosto daquele homem que apesar de bonito me me dava muito medo. 

***

Já se passaram uns 3 meses e estou chegando em casa depois de mais um dia de trabalho, hoje foi dificil porque finalmente o desfile da minha próxima coleção já estava próximo. Verifico o meu telefone e tem vários recados, inclusive do Bruce. Decido abrir meu notebook e escolher um filme para ver assim que sair do banho. 

Assim que saio esbarro com ele, aquele mesmo homem daquela casa abandonada e só consigo gritar de desespero e correr, enquanto ele apenas está sentado em meu sofá. Por causa dele tenho tido pesadelos todas as noites e comecei a fazer tratamento e esse fantasma aparece no meu lar, quase perdi o emprego por causa daquele dia. 

_Nunca imaginei que você não tivesse palavra Lisa! Fiquei todo esse tempo achando que você apareceria e nada, então resolvi te visitar - Diz Michael encostando a cabeça no sofá. 

_Como descobriu o meu endereço? - Ele apenas sorri.

_Eu descubro tudo o que eu quero e quando quero, não me pergunte como mas estou aqui e é isso que importa - Ele se levanta e começa a vir em minha direção e eu saio correndo para o quarto - Sua casa é realmente bonita, acho que vou pegar referências daqui e usar na minha mansão. 

_O que você é? Exatamente! - Corro para o meu closet e fecho a porta para colocar alguma roupa, acho que ele entendeu porque não entrou também. Pego a primeira calça e camisa que vejo e volto para a sala onde vejo ele mexendo nos porta-retratos. 

_Respondendo a sua pergunta, sou o que quiser que eu seja, porém, não sou humano então só quem eu quero pode me ver. Entendeu? - Não entendi nada do que ele disse mas prefiro confirmar com a cabeça, só quero que ele vá embora logo - Enfim... espero que você não ache que vai se livrar de mim, para falar a verdade já tinha até enjoado da sua cara mas só pelo fato de ter achado que se livraria, que vou te perturbar até que me canse disso. 

Corro em sua direção e quando vou dar um tapa em seu rosto ele segura meu pulso, com força que até doí quando ele solta. Ele realmente é de carne e osso, pelo menos posso sentir. Vou em uma igreja assim que puder, e vou ter que falar isso para o meu psicanalista, isso não pode estar acontecendo agora perto do desfile, minha cabeça devia estar pensando na organização e não em um fantasma. 

Sento no sofá e apoio os cotovelos nos meus joelhos e em seguida coloco meu rosto sobre minhas mãos e começo a pensar. Só posso estar ficando louca, trabalho tanto e estudo a minha vida toda que sou uma adulta com mente de ter uns 60 anos, meu cérebro deve estar tão esgotado que já estou assim, caducando, acho que preciso de umas férias.

Deito no sofá ignorando completamente a existência daquela coisa, aperto play no filme e começo a assistir normalmente só que depois de uns 10 minutos, ele tira o notebook do meu colo e coloca na mesa. 

_Você acha que sou o que? Um palhaço? 

_Uma hora eu sei que vai cansar e vai embora, ai vou ter paz, mas se quiser ir logo me faria um favor! Não tenho mais medo de você, tenho é raiva por ficar atrapalhando a minha vida e por me deixar louca desse jeito. Realmente deve ser muito solitário e entediado naquela casa abandonada convive com um monte de monstros assim como você. Falta do que fazer da nisso, ao contrário de você, sou uma mulher muito ocupada e que nos meus poucos momentos de lazer, quer distrair a cabeça e não perder tempo com um fantasma, deprimido. Se você fosse que nem o gasparzinho pelo menos seria uma boa companhia. 

_Coitada de você que acha que pode me tratar assim, não faz ideia de quem está se metendo. E alias a solitária é você que não trás ninguém aqui, além do noivo. 25 anos e parece que não tem ninguém nesse mundo além do trabalho, não sei como não se matou ainda - Me levanto e corro para o banheiro para chorar, ele tinha razão, eu não tenho ninguém. Vivo em função do trabalho que amo fazer, mas não vou dar a satisfação dele me ver chorar. 

...Continua...