Capítulo ll - Quase perfeita.

23 2 1
                                    

Uma semana se passou. Fui solta da solitária. Entrei no salão, e procurei por Meg. Ela não estava la. Me sentei no lugar de sempre. E Cloe apareceu.

Cloe - Ela não vai voltar - disse dando gargalhadas.
Olhei para seus olhos meio confusa.
Cloe - Meggie, ela não vai voltar.
Lucy - Por que está me dizendo isso?
Cloe - Por que eles nos selecionam, depois nos levam. E nunca ninguém voltou para contar a história. - novamente rindo alto.
Lucy - Para onde eles a levaram? Vamos!! Me diga!
Cloe - Eu não sei! - Gargalhou mais alto e saiu rodopiando.

Soou o primeiro alarme. Comprimidos , eu não os engolia. Apenas fingia. Eu não estava louca e não tinha matado ninguém.
Voltamos para o grande salão. Meg ainda não tinha voltado. Soou o segundo alarme, trabalho. Na cozinha foi dito para fazermos pão. Eu me recusei, estava com ódio daquele lugar. Mrs.Ruth apareceu, mandou dois grandalhões me levarem. Me arrastaram por um corredor. Diversas salas haviam nele. A primeira, havia um garoto louco sendo amedrontado. Na segunda, uma menininha levando chutes. Na terceira, havia um garoto. Eu o conhecia, era o Jean. Puta que pariu. Ele estava ajoelhado, uma mulher chicoteava suas costas. Ele me olhou com olhos triste e abaixou sua cabeça. Me jogaram na quarta sala. Logo entrou Mrs.Ruth com um tipo de faca e um recipiente de madeira.
Dois homens me prenderam em uma cadeira. Prendeu meus pulsos e canelas. Após eles saírem ela cortou meu braço, deixando meu sangue escorrer até o recipiente. Fez isso três vezes em cada braço. O recipiente estava meio cheio do meu sangue. E depois me deu algo para beber. O que me fez apagar rapidamente.

Um tempo depois eu acordei. Estava na minha cela, sozinha. Eu não sabia o que havia visto, se foi um sonho ou se foi real. Minha cabeça doía muito, foi então que lembrei dos cortes. Arregaçei minhas mangas e os cortes não estavam lá. Deduzi que talvez fosse um sonho. Então um guarda abriu minha cela e me levou para o grande salão.
Entrei, e quando eu olhei para o lado vi Meggie em pé, olhando pela janela. Rapidamente fui até ela. Ela se virou, e um de seus olhos havia mudado de cor, cinza. Me aproximei mais um pouco e à abraçei, ela gemeu de dor. Me afastei e levantei as mangas de seu roupão.

Lucy - O que eles fizeram com você? O que são esses hematomas?
Meg permaneceu em silêncio.
Lucy - Me diga! O que aqueles canalhas lhe fizeram?
Meggie - Isso não é da sua conta, me deixe em paz..

Ela me deu as costas e saiu, se sentou ao lado de um menino que fazia contas nos dedos.
Eu permaneci ali, perto da janela, encarando-a e cada movimento dela. Ela se levantou e saiu em direção aos banheiros, a segui e a abordei no corredor. Puxei-a para o banheiro e a prendi contra a parede.

Lucy- Agora me diga. O que você viu lá?
Meggie - Me solta! Eu não quero falar sobre isso!
Lucy - Não quer ou não pode?
Meggie - Não posso - Disse abaixando sua cabeça.

Acariciei seu cabelo, encostei minha testa na sua e a olhei nos olhos.
Ela me beijou e eu não a impedi. Desci uma de minhas mão até sua cintura. Parei de beija-la e olhei em seus olhos. E acabei por dizer para que ela ficasse comigo. Ela abaixou sua cabeça e me abraçou. Eu a abraçei de volta e soltei um leve sorriso malicioso.

Lucy - Vamos, logo o próximo alarme toca.
Maggie - Ok.

Assim que chegamos no salão todos olhavam para mim. E um homem alto, trajado de preto veio em minha direção acompanhado de outros dois homens, estes eram fortes e usavam calças jeans e camisas pretas.
O homem alto me olhou, e disse.

- Veja você! Tão linda - Disse passando um de seus dedos no meu rosto.
- Perdão, me chamo William.
Lucy - Eu não te conheço, portanto não encoste em mim.
William - Como imaginei, meu pequeno tesouro. Você tem os olhos de sua mãe.
Lucy - o que você sabe sobre ela?
William - Sobre isso, vamos para um lugar mais reservado. Por favor, Caliel, Brutos, soltem-na. Lucy, venha comigo.

LucyOnde histórias criam vida. Descubra agora