Aurora, quem é você?

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Estranha, incompreendida, sensível e chorona.
Usarei apenas essas quatro palavras pra me descrever, tenho uma auto estima baixa, tenho cabelos cacheados e olhos claros, não me descreverei muito, não me sentirei bem me revelando por completo. Tenho medo de julgamentos, e não quero ouvir o que sempre ouço: "Aurora, você precisa de Deus", "Aurora, você tem que se levantar e vencer", "Aurora, isso é frescura".
Ninguém entende a depressão, ninguém entende a dor que sentimos, ou o que passamos, me sinto afogada nessa dor, insegura, as pessoas não vêem a nossa alma, quando vemos as pessoas andando nas ruas não imaginamos o que está se passando dentro de cada uma delas, não fazemos ideia do que se esconde atrás das blusas de manga longa, do sorriso, daquela felicidade, daquele olhar, não sabemos.
E não venha me dizer que "é só querer", não é tão fácil quanto você pensa, não é só se levantar da cama e dizer: "Hoje eu vou vencer o mundo" porque não é assim.
Meu nome é Aurora, tenho 17 anos de idade, tenho depressão e posso te dizer que não é fácil levantar todos os dias sem pensar em coisas ruins, não é fácil deixar de lado os vícios, não é. Quem dera que fosse...
Faz tempo que não dou uma boa gargalhada, ou sinto algo, as vezes me vejo sem esperança, as vezes me pego sonhando, mas, sei lá, vai que por algum descuido eu esqueço que sou triste e volto a ser feliz...

Meu último OutonoOnde histórias criam vida. Descubra agora