Capítulo 3 - Emily Greece

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Acordo sentindo minha cabeça latejar por causa da bebedeira de ontem.

Por que eu fui beber mais depois que saí da boate? Busco o celular na mesinha ao lado da cama, vendo que já passa das dez da manhã. Espreguiçando, levanto e vou para o banheiro.

Tomo um susto com meu reflexo no espelho. Estou deplorável, com o cabelo armado pior que a juba de um leão, rosto todo amassado e babado. Dispo-me e começo meu banho.

Assim que saio do banheiro, coloco um short molhinho, top de malhar e vou para a cozinha preparar meu café da manhã. Preparo um suco de laranja, misto quente, sento no banquinho da bancada e começo a comer. Involuntariamente, meus pensamentos retornam à noite de ontem na boate.

Heitor Gonzáles.

Segundo Carolina, ele é um empresário de sucesso que sempre está nos sites e revistas de fofocas por estar acompanhado de modelos famosas. Eu, para ser sincera, nunca tinha ouvido falar dele, afinal nem acompanho notícias sobre subcelebridades. Nem em festas importantes que sou convidada por meus clientes e algumas instituições eu compareço.

Apesar de ser uma pessoa pública, faço o possível para não ficarem sabendo da minha vida, apenas sobre os casos nos quais trabalho. Por isso, fujo dos paparazzi igual diabo foge da cruz desde que terminei meu noivado.

Não nego que Heitor é um pedaço de mau caminho, com aquela barba que desenha perfeitamente seu rosto, sorriso bonito e olhos azuis penetrantes. Entendo que o provoquei com a dança, mas foi apenas por diversão. Acabei sendo grossa quando ele se ofereceu para pagar minha bebida, mas nessas situações lembro sempre de Marco Ferraz.

Ele também tinha se oferecido para pagar minha bebida, não aceitei, mas como o destino é uma merda, nos encontramos em uma audiência em que ele era o juiz. Acabamos trocando contato e marcando de sair. Depois de três meses saindo com ele, veio o pedido de namoro, logo o de casamento. Não me importei que estávamos indo rápido, pois estava apaixonada.

Quando completamos um ano juntos, resolvemos enfim nos casar. Mas no dia do nosso casamento no cartório tive a maior surpresa da minha vida: descobri que Marco é gay. Sim, gay. Flagrei meu ex-noivo aos beijos com Gabriel, seu padrinho de casamento, no banheiro.

No momento inicial fiquei sem reação, mas logo o choque se transformou em raiva.

— Desculpe, querida, mas não gosto da fruta que você tem, prefiro essa daqui. — Pegou no pênis de Gabriel. — Não me leve a mal, só saí com você porque fui pressionado por meus pais a arrumar uma esposa — completou naturalmente.

Eu, como uma boa escorpiana, fiz o maior escândalo, indo para cima deles e jogando tudo que eu encontrava pela frente. A confusão foi tanta que nem os seguranças do cartório conseguiram controlar a briga. A coisa só se acalmou quando Arthur e Carolina entraram no banheiro, conseguindo me tirar de lá. A frustração foi tanta que nem chorar eu consegui.

Intensa PaixãoOnde histórias criam vida. Descubra agora