Darkness Love || Justin Bieber Fanfic {Hiatus}

3|| I want you

Pov  - Justin

As gotas de água batiam violentamente contra o parabrisas, causando um barulho ao se chocarem, eram gotas perfeitamente redondas se colidindo naquele vidro escuro. Era uma sequência, caiam e formavam pequenas explosões se espalhando e correndo por cada milímetro, era uma sequência de milhares de gotas caindo do grande céu negro que cobre a cidade. Los Angeles poderia ser extremamente sombria em dias de chuva, não que isso seja um ponto ruim, é confortante - de certa forma - saber que não sou o único coberto por um grande céu negro. Tudo era um absoluto silêncio chuvoso, a música ecoava tão baixo que seria quase inaudível, se tudo não estivesse em um completo e absoluto silêncio dentro daquele pequeno e confortável carro.

"Sometimes I need some time, on my own"
(Ás vezes eu preciso de um tempo para mim)

A madrugada parece uma tortura quando tem como companhia a insônia, ela resolve penetrar cada veia do meu corpo e se apossar dos meus pensamentos, nada era certo após ás duas da manhã. Minhas pálpebras lutavam para se manterem abertas, foi quando pude notar uma grande iluminação á alguns metros atrás.
Era tarde, eram onze horas da noite. Já não dormia há uns dois dias, minhas madrugadas têm sido horríveis.
Coloquei meu corpo para fora do carro e já sentia as pequenas gotículas de água gélidas cairem sobre meu rosto e escorrerem pela minha pele que estava incrivelmente branca naquela noite escura, meu cabelo se encontrava completamente encharcado e grudado sobre minha testa, uma chuva impiedosa de pingos finos e pesados, a sensação que o céu está prestes a cair não me é completamente estranha. Meus lábios se encontravam em um tom roxo pelo vento frio que vinha acompanhado com toda aquela tempestade.

Adentrei no lugar vazio e iluminado, talvez a única luz da rua naquela noite completamente vazia. Chloe fazia falta quando eu me sentia sozinho dessa maneira, ao menos ela era uma boa companhia. Digo, a chuva cai lá fora e o som é tão agradável que eu poderia dormir, mas acho que a resposta para essa pergunta retórica se encontra na profundidade das minhas olheiras.

Tirei minha jaqueta de couro pendurando-a sobre um cabideiro em meio aquela pequena cafeteria, me sacudi de maneira calma em uma tentativa falha de poder me secar. O uniforme azul estava quase completamente molhado e grudava em meu corpo causando um certo incomodo, aproximei-me da senhora que quase dormia sobre o balcão

- Senhora? - sussurrei em um tom baixo, logo soltando um sorriso singelo ao perceber que a mesma se afastou rapidamente voltando á sua posição de trabalho - Um café quente, por favor.

Sentei-me em um dos pequenos bancos que rodeavam o balcão e me apoiei sobre aquela bancada fria, certamente eu pegaria um resfriado ou algo do tipo. O lugar era um completo silêncio se desconsiderássemos a música clichê que tocava ao fundo, não devo ter dito o quão eu odeio coisas clichês. Apenas se ouvia o barulho do café escorrendo pelo coador.

- Sem leite - reforcei.

Prendi meus olhos em um ponto fixo e por um momento pude sentir minha cabeça viajar para outra dimensão, meu cérebro começava a funcionar de uma forma diferente quando passo muito tempo acordado.

Ouvi uma forte batida na porta de entrada e uma garota loura entrar pela mesma, a olhei de cima a baixo e não pude deixar de perceber suas curvas completamente alinhadas, sua roupa colada ao corpo me favoreciam nesse momento

- Aqui está, senhor - A mulher de cabelos grisalhos deslizou o copo pelo balcão e eu logo o agarrei com as duas mãos soprando o líquido preto e bebericando um gole ainda com receio de queimar meus lábios.

A garota entrou balançando seus cabelos, ela estava completamente encharcada pela chuva. A fitei por alguns segundos e seu rosto me era um tanto familiar, eu já havia visto alguma vez, certamente. Tomei mais um gole de café deixando a bebida aquecer parte do meu corpo - meu interior, era o único lugar que ela nunca poderia esquentar, isso era extremamente bom - a garota sentou-se no banco ao lado e pediu o mesmo que eu, um café - talvez ela sofresse de insônia tanto quanto eu - pensei. Olhei seu rosto por alguns segundos e só então pude recordar-me de seu nome. É, eu realmente deveria estar com muito sono e meus olhos deviam por-se incapazes de decifrar um dos mais lindos olhos que já pude ter a chance de olhar.