SEIS.

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SEIS

 Jessy chegou em casa toda cansada e dolorida, seus músculos protestavam querendo o conforto de sua cama. Não pensou que sua conversa com Cléber iria demorar tanto.

Mesmo não tendo nada haver com o facto de muitas pessoas abandonarem suas casas, por drogas, bebidas, dividas, Jessy se sentiu culpada. enquanto sua conta bancaria engordava, muitas pessoas morriam a fome por não ter um Dollar no bolso para se alimentar ou alimentar sua família, sabia que não tinha culpa alguma, mais ainda assim o sentimento lhe acompanhava. O que iria fazer? mesmo se doasse todo seu dinheiro não acabaria com a fome no mundo.

Se jogou na cama depois de um banho quente, antes de adormecer profundamente uma ideia lhe veio a mente, inauguraria sua segunda loja e seria nesse dia que começaria por em pratica seus planos.

***

Ainda estava deitada na cama, enquanto seu relógio marcava 07 horas da manha, era hora de levantar e ir trabalhar mais as palavras de sua mãe enquanto estava no hospital surgiram em sua mente.

' Quando tiveres teus próprios filhos vais ver com se sente uma mãe quando vê seu filho machucado'

Os planos de Jessy nunca foram esses: estava com 26 anos e em seus planos, estaria casada e com filhos, talvez apenas namorando serio, mais nada ia de acordo sua imaginação. Nunca se imaginou ser mae depois dos 30 anos, com sua idade ja se imaginava com um filho nos braços.

Quando criança e acreditava em sua mãe quando dizia que os bebes são trazidos pelas cegonhas, Jessy, dizia que iria pedir as cegonhas que lhe a trouxessem pelo menos uns 5 bebes, mais assim que soube da verdade, os números caíram para 3.

A palavra  Inseminação dançava em sua mente assim como as palavras de sua mãe, parecia que essa era sua unica soluçao. Ter um filho sozinha, não que se estivesse a queixar ja viu muitas mulheres criando seus filhos sozinhas, sua mae era um exemplo, embora seu pai tenha morrido quando tinha 5 anos, e deixado 3 filhos menores. Ela tambem podia criar de uma criança, tinha muito amor para dar.

Marcaria uma consulta com seu ginecologista, decidiu por fim

Acreditava que se espera-se por um homem, ou que por um milagre fosse encontrar seu mendigo, ja estivesse velha e cuidando dos filhos de seus irmãos. Entao faria uma Inseminação.

***

As paredes brancas da clinica nunca pareceram tao brancas aos olhos de Jessy como agora parecem, sentada no banco confortável de couro preto. Sentada enquanto aguardava ser chamada.

Durante a noite ao conseguiu dormir de tao ansiosa que estava por isso leu um livro inteiro sobre Inseminação. O que leu a deixou um pouco mais calma, mesmo não entendendo os termos científicos, agora precisava apenas de esclarecimentos.

- Senhorita Jessy - Ouve seu nome ser chamado e o nervosismo que sente chega a se multiplicar por mil.

assim que entra na sala toda branca de moveis rústicos em tons pastel, é comprimentada pelo Doutor Pedro, um homem já de idade avançada com o rosto coberto pela barba branca,  olhos azuis e sorriso gentil.

 - Como vai menina! - Pedro seu doutor desde os 15 anos, já sabia do que  Jessy queria tratar, e participar desta etapa na vida dela o fez se sentir muito horado.

-Ola, Doutor! Eu estou vivendo a vida um dia  de cada vez e o senhor?

Os dois se sentam e nas próximas duas horas, os dois discutem sobre tudo sobre inseminação.

- Qual é a minha chance de engravidar na primeira tentativa? - Jessy pergunta assim que o Doutor explica as chances de engravidar na primeira oportunidade.

PAUSA POR TEMPO INDETERMINADOOnde histórias criam vida. Descubra agora