Capítulo XVII - Verdades sobre ele - Narrado por Jonas, J.P e Gustavo.

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Narrativa Jonas

Minha agonia de olhar para ele e não poder nem se quer ter o prazer de segurar na sua mão, sem o clima ficar estranho, aquilo estava me deixando mal, o meu foco agora era falar para ele, mesmo sabendo que isso podia ser uma ideia ruim, mas eu tinha que contar, nesse momento eu tinha que ser forte, eu merecia ser feliz, e sinceramente acho que ele seria muito feliz comigo, porque não tentar, tínhamos passado tanta coisa juntos, e tudo isso nos fortaleceria mais ainda.

"Oi"

"Mensagem enviada"

Definitivamente tenho grande dificuldades com a espera, era uma coisa ruim de se sentir, queria que aquilo acabasse o quanto antes, queria que ele visualizasse e me respondesse o quanto antes, eu não queria ser aquele pessoa que checa o celular de cinco em cinco minutos, mas realmente a ansiedade controlava meus atos, mas depois de um tempo percebi que ele não abrir o aplicativo de mensagem fazia tempo, a tranquilidade chegou no meu coração, pelo menos eu sabia que não estava sendo ignorado.

Voltei a minha atenção ao que estava fazendo, não tinha terminado a escola, e nem tinha vontade de fazer isso, queria ser livre, não tinha namoradas, e nem mesmo Peguetes, queria viver cada dia de uma vez, mas confesso que quando vi o J.P pela primeira vez senti uma coisa estranha dentro de mim, um sentimento tão forte, que a nossa aproximação foi inevitável, sempre reconheci esse sentimento como irmandade, pois não estava certo na minha cabeça toda aquela situação, alguma coisa desse tipo, e quando começou a nossa vida de descontrole emocional, chamada de juventude, fiquei ainda mais perdido, tinha fortes conceitos religiosos, sabia que aquilo que eu sentia era ruim, então me fechei no meu mundo, nas regras imposta a mim.

Mas quando vi que o olhar dele mudou, naquele momento vi que havia mudança, o seu olhar para aquele moço era de outro jeito, e busquei no meu passado aquele olhar, e ele já tinha dado aquele olhar para mim várias vezes, eu que não tinha percebido, como fui tolo em não perceber, mas sempre me fiz de tolo, não queria acreditar que ele pudesse querer algo comigo.

Eu o admirava tanto, J.P sempre foi um exemplo a se seguir, ele nunca abaixava a cabeça, por mais que ele demonstrasse estar fraco, ele sempre se segurava, sacudia a poeira e voltava com tudo para cima, depois do que houve com sua mãe, seu estado ficou bem abalado, e nesse momento ele adquiriu uma certa insegurança para si, e tudo isso eu achava a coisa mais fofa do mundo, ele podia estar certo, mas nunca aumentada um decibel se quer para uma discussão, ele abaixava a cabeça e seguia a sua vida, e isso era admirável, pois por mais que ele estava certo, ele não perdia seu tempo em uma discussão que não levaria a lugar nenhum.

A celular vibrou me acordando do meu transe emocional, não podia negar que fiquei ansioso ao pegar meu telefone nas mãos, só podia ser ele.

- Cadê você Jonas? A mensagem era da minha mãe, abaixei a cabeça e sentir um peso se colocar nas minhas costas.

- Estou aqui, comprando algumas coisas, precisa de algo? Aquilo me partiu, só de saber de podia ser ele, meu coração se alegrou, mas depois percebi que estava envolvido demais, não queria colocar todo aquele peso nele, tinha que ficar firme, firme para ele.

- No momento não, mas tarde tem como passar na casa da Sra. Turor, e pegar as amostrar dos convites do chá de bebê dela, ela já escolheu alguns e preciso ver o que ela escolheu para podemos fazer os modelos, tudo bem?

- Que horas? O texto foi digitado rapidamente, não queria me ocupar mais daquele conversa.

- Lá pelas 17 horas... Sua voz deu uma respirada como se estivesse terminando de bater um bolo gigante.

Me apaixonei por você- Romance GayOnde histórias criam vida. Descubra agora