IMPACTO REPENTINO

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Dia Cinco

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Dia Cinco

Acordamos na manhã seguinte, e a cena era engraçada e bonita: arthurzinho dormia encolhido sobre meu braço, enquanto César dormia com a cabeça sobre meu peito e uma das pernas sobre mim...
A relação entre eu e César estava se tornando cada vez mais intensa, sempre aproveitamos um descuido da minha mãe, ou a ausência de Alice e Arthur pra se beijar, fosse no banheiro, no quarto, atrás da escada, ou em qualquer outro local sigiloso. E eu gostava, tudo era bom, o anseio por mais beijos, a pressa dos amassos, até mesmo o risco de ser pego era confortante.
Arthurzinho parecia não se lembrar, ou não se importar de que havia visto algo ontem de madrugada, pois não tocou no assunto e tampouco soltou alguma gracinha...

Tia Aparecida finalmente veio vistar minha mãe, e tomou um susto ao ver que César estava hospedado aqui em casa... Foi preciso muita conversa e esclarecimento até que ela ficasse por dentro dos acontecimentos.
A coisa na loja ia bem, e César geralmente ficava até mais tarde, mesmo após a loja ter fechado, fazendo análises e relatórios de vendas ( já que em casa não tínhamos um escritório próprio pra isso), tudo indo bem, como se nada fosse mais capaz de tirar nosso sossego...

Dia Seis

Fomos até o Beira-Mar após o trabalho, - e admito, dessa vez foi bem melhor que a outra ( quando trouxe César às pressas até aqui).
Entrei meio bobo, ainda observando como tudo era sofisticado e bonito, enquanto César fazia algum tipo de reserva com o atendente, continuei olhando o lugar do chão ao teto, guardando tudo em minha mente para contar pro arthurzinho quando ao voltar pra casa...
Sentamos em uma mesa para dois numa área aberta, e com uma visão muito bonita da praia à noite, " essa área me encantou desde a primeira vez em que vim aqui " , foi oque César disse. E eu entendi bem o porquê, embora fizesse um friozinho noturno, era tudo muito lindo, e de repente eu não era mais um peixe fora dágua...
A refeição veio pouco tempo depois (eles eram rápidos!), Estávamos conversando sobre mim enquanto éramos servidos, não sabia se estava bem vestido ( mais havia tentado. vesti minha calça nova, minha camisa pólo listrada, e meu sapato branco. ), E segundo César eu estava 'estonteante', não perdi tempo perguntando sobre o significado da palavra, fomos logo tratando de comer: risoto de atum. E embora eu tivesse em dúvida sobre o mistério que César fazia do prato, estava muito, muito saboroso...
Risos e conversas, a noite tava legal, não tínhamos hora pra voltar já que nenhum dos dois iria trabalhar amanhã, e assim ficamos: César contava sobre algo engraçado e eu sorria. Teve até um momento em que ele encostou o rosto mais perto do meu e sussurrou: " você tem o sorriso mais lindo que eu já vi ", e eu continuei rindo, ainda pensando no que responder quando César puxou uma caixinha preta do bolso e me deu dizendo: " é pra você...".

Peguei a caixa meio sem jeito logo depois de agradecer, e abri com um sorriso meio de lado: um relógio!, E não um qualquer, era um dos que a loja vendia, e de Ouro!, Um relógio tão maneiro que fiquei em dúvida se colocava no pulso ou se guardava pra usar em dias especiais. ( Mas aquele era um dia especial ), então decidi colocar...

Estava colocando o relógio no pulso meio sem jeito, e resolvi pedir ajuda ao César, que estava mexendo no seu telefone, mas percebi que havia algo errado com ele, porque ele olhava para a tela do celular enquando chorava, com soluços baixos...
" Oque ta pegando cara? " - foi o que perguntei, e não recebi nada em resposta, César pôs algumas cédulas na mesa e levantou de imediato, eu lhe acompanhei sem saber pra onde ele estava indo. " Não vêm atrás de mim !" Foi oque ouvi sair da boca dele junto com o choro, quando passávamos por entre as mesas sem se importar o pessoal...
Não sabia onde ele estava indo, mas ele estava chateado com algo, e eu queria saber oque era, mas César não parou onde eu tinha estacionado a moto, entrou em um táxi e partiu antes que eu me aproximasse. Não fiquei parado, subi na moto e resolvi seguir o táxi...
Estava indo bem, não me importava muito com a velocidade, só queria seguir quele táxi pra onde quer que ele tivesse indo, e pensava em qual seria o motivo daquele acesso de pânico, quando foi atingido por algo: forte e rápido o bastante pra me apagar antes mesmo de sentir pra onde o meu corpo tinha sido lançado... Agora tudo era escuro e silencioso.

 Agora tudo era escuro e silencioso

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O Chefe - Romance GayOnde histórias criam vida. Descubra agora