Homens te necessidades

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Acordei com o sol batendo nos meus olhos, eu não queria acordar eu estava tão cansada. E meus olhos não queriam abrir. Será que eu podia dormir até o outro dia? Essa cama é tão confortavel, eu não quero sair. Eu quero dormir. E porque o sol está batendo nos meus olhos? Se ontem á noite as precianas estavam fechadas.

Como eu não estava aguentando com aquela claridade mesmo de olhos fechados, me virei para o outro lado, pondo o edredom sobre minha face. Eu estava tão quente que até tinha medo de quando tirasse todos aqueles lençóis e edredom de cima de mim. Porque de certeza que estaria mais frio. E eu odeio o frio. Se há coisa que odeio, fora minha família, é o frio. É a pior coisa que a natureza poderia inventar. Sempre temos de andar com tanta roupa, e eu gosto de andar com pouca, certo, isso suou um pouco á putinha. Mas o meu sentido de pouca roupa é um short simples, uma camiseta e uma all star. É como eu me sinto bem.

- Não pense que vai dormir o dia todo – tentou tirar o edredom de cima de mim.

Mas eu não deixei, não. Eu os agarrava com todos as minhas forças. Eu sempre faço isso quando não quero sair da cama. E quem me costumava chamar que era a mamãe. Quando ela via que eu fazia isso, simplesmente saia, me deixando na cama até às horas que eu quisesse. Mas ele não. Ele simplesmente levou as suas mãos por dentro dos lençóis e começou a fazer-me cócegas, rapidamente larguei o edredom e saltei da cama.

- Eu odeio cócegas, odeio mesmo – resmunguei me abraçando, eu estava só com uma camisola dele, digo já que quase não me tapava o rabo. Eu não sou muito alta, mas mesmo assim.

- Tirou você da cama não tirou? – Me olhou divertido.

- Mas eu só queria dormir mais um pouco – fiz biquinho abaixando a cabeça.

- Vem mas é comer – agarrou meu braço, sem me magoar e saiu comigo do quarto de hóspedes.

- Você cozinha? – Perguntei incrivelmente animada.

Ele devia de achar que eu sou uma abusada mesmo. Ele até parece meu irmão assim. Um gostoso como esse eu não queria para irmão. Mas tudo bem. Eu simplesmente fazia como se estivesse em minha casa. Que se calhar ele me levará daqui a pouco. Mas eu não quero ir. Eu sei que eu não posso ficar na casa dele, eu ainda nem sei seu nome. Mas eu não quero ir para minha casa. Então aí é que minha vida viraria num inferno mesmo. Porque eu fugi e a essa hora, papai deve estar andando de um lado pro outro nervoso, sem saber de suas filhas, mamãe deve de estar desesperada, chorando, Dylan e Aaron devem somente de estar preocupados.

Mas papai? Nervoso por não saber de nós? Eu não sei não. Se calhar até está trabalhando como se nada tivesse acontecendo. Eu tenho aquase a certeza que ele vai me encontrar, mais cedo ou mais tarde. Mas enquanto isso não acontece eu vou aproveitar minha liberdade. O que eu nunca tive.

- Não – riu – Eu mandei vir o almoço para nós os três.

Assim que entramos na cozinha vi Mia se deliciando com a massa á bolonhesa. Mas eu não podia acertar apesar de estar com fome, já era abusar de mais.

- Desculpa… - Olhei pra ele interrogativa.

- Justin – sorriu começando a tirar a comida para o seu prato.

- Justin nós não podemos aceitar, isso já é abusar, nós agora temos de ir, obrigada por tudo garoto, mas é sério, nós já estamos abusando.

Tirei os talheres das mãozinhas de Mia, e então ela fez birra. Mas eu olhei pra ela com cara de quem não queria birras e era para obedecer, então ela simplesmente abriu os bracinhos e eu peguei nela ao colo. Quer dizer, eu estava quase pegando nela, mas senti os braços de Justin a prenderem os meus. Ele me sentou numa cadeira e piscou o olho a Mia.

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