Eu tô com medo e se eu for morrer. Porque quando meu pai nos vir, ele vai querer nos matar às duas. Merda, isso tudo é por causa de Justin e do seu jeito de bom menino. Porra, ele tem dezanove anos, não podia pelo menos fazer algo de errado? Como deixar eu e Mia no seu apartamento. Eu não quero voltar pra casa, estou com tanto medo. Até parece que eu nem conheço meu pai. Ele sempre foi carinhoso e atencioso comigo. Mas agora eu fugi. Bom e Justin está nesse momento a entrar no que provavelmente será o caminho pra minha mansão. Eu sinto que meu coração quer saltar da boca. Meus joelhos tremem junto com minhas mãos, tenho um pouco de cabelo colado em minha testa. Minha respiração estava pesada e os lábios secos.
- Porque está nervosa? – Ele me olhou sorridente.
Mas bem eu não vejo motivo nenhum pra sorrir, nenhum mesmo. Mia só sabia rir e estava sempre perguntando se faltava muito pra chegar a casa. Mas ela tem motivos pra estar assim, sorrindo. Eu não. Eu não tenho motivos nenhuns. Meus pais nunca irão castiga-la, não com a idade dela. E eu também não deixaria, porque tudo isso é por minha culpa. Mas puta merda, sou eu que vou levar o castigo. E nem imagino como será. Por isso todo esse nervosismo.
- Eu não tô nervosa – revirei os olhos e comecei a batucar meus dedos na minha perna.
- Tá sim – assentiu – O mínimo que teu pai pode fazer é te trancar no quarto.
- Quem me dera - ri sem ânimo.
- O que eles podiam fazer de mais?
- Acha que eu sei, meu pai é capaz de tudo para que nenhum dos seus filhos manche sua imagem, e o que eu acabei de fazer foi isso mesmo.
- Mas ele não te pode bater, o máximo que pode fazer com você é te prender e casa.
- Por amor de Deus – revirei os olhos – foi isso que ele fez nesses quinze anos.
- Você nunca saiu da mansão? Uma única vez?
Podia-se notar no seu tom de voz que estava chocado, mas aquilo era verdade.
- Algumas vez ouviu falar de mim e de Mia?
- Não por acaso, nem sabia que Paul Perry tinha filhas – disse sincero.
- Agora entende o porquê de eu ter fugido antes de ontem de casa? Eu quero liberdade, mas agora você está-me me levando novamente para a prisão.
-É, eu entendo – assentiu – mas eu não posso simplesmente deixar vocês em minha casa, com seus pais procurando por vocês – revirou os olhos.
- Isso não era problema – dei de ombros – eu ia pra outro sítio.
- Pra onde é que você ia? – Perguntou exaltado – Me diz, com esses vagabundos todos você iria mesmo andar por aí sozinha? Se eu não tivesse aparecido sabe o que podia ter acontecido?
Ele havia se exaltado, estava muito nervoso. Mas o que ele quer. Eu sou assim, eu não penso e depois faço. Eu faço e depois penso. Eu não tenho culpa de ser assim. Mas agora ele não precisa de ficar assim, gritando comigo. Deve achar que me é o quê? Não me é nada, nem nunca será. Não tem nem moral para me levantar a voz, ele deve já ter feito bem pior que eu.
- Não precisa de gritar tá? – Exaltei-me – Eu ouço muito bem para a sua informação, por isso abaixa o som que você não e conhece assim tão bem para ter esse descaramento, ninguém grita comigo ouviu, ninguém.
Ele parou o carro bruscamente, e respirou fundo apertando bem o volante. As veias de seu pescoço estavam a se sobressair. Eu havia conseguido enervar ele. Mas o quê que eu fiz assim tão de errado.
- Você não entende pois não? – Perguntou e depois me olhou um pouco mais calmo – nada dessa vida é fácil, você acha o quê, que fugia assim de casa, e que iria encontrar logo um lugar?
VOCÊ ESTÁ LENDO
Secrets
FanfictionE tudo começou... sob a chuva de um inverno rigoroso. Ela fugitiva e exausta, chorosa e amedrontada. Ele apenas estava saindo de uma noite divertida, até encontra-la... Até que... “Nada de promessas! Apenas certezas, não sou o cara certo, e você sab...