Capítulo I

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Sou Jim Walker e tenho quatorze anos. Meu pai é dono de uma pousada chamada Almirante Arton, que, certo dia, foi surpreendida com a chegada do Capitão Jones Campbell. Ele passava todos os dias bebendo e embriagando-se de rum; mas, durante um desses dias, o Sr. Campbell bebeu tanto que achou que iria morrer e acabou confessando ter servido como imediato no navio de um temível pirata, o Capitão Bart Wood, de quem havia herdado o mapa de um tesouro. Vivia apavorado com a possibilidade de ser encontrado por seus antigos companheiros, em especial um homem com uma perna de pau de quem dizia o próprio Bart tinha medo. E realmente chegaram dois outros piratas; um deles tinha a perna de pau, mas não era o que Bart temia, porque, de acordo com algumas histórias, o que ele realmente temia foi morto em uma das Ilhas Sete, um conjunto de três pequenas ilhas; eles traziam a marca negra, um aviso macabro que anunciava ao condenado a hora da sua morte.

Com o pavor e o excesso de rum, Jones Campbell morreu e eu, compreendendo o terrível perigo que seria continuar na estalagem, fugi levando comigo algumas moedas de ouro que havia juntado e o mapa do tesouro, que peguei das coisas do Sr. Campbell.

Esses dois piratas partiram para o porto de Allen Docks, na costa oeste do reino de Londres, a fim de embarcar em seu navio, ou melhor, no navio de seu capitão. Escondi-me atrás de um barril e ouvi a conversa de três homens, que fumavam charuto:

— O Capitão Bart deve estar impaciente e de mau humor com toda esta demora. - disse um dos homens de barba longa.

— Vamos logo com isso, bando de lesmas! - outro gritou aos que levavam as bagagens para dentro do navio por meio de uma rampa de madeira.

Quando tudo já estava pronto todos embarcaram. Certifiquei-me se estava sozinho e, sorrateiramente, agarrei-me a uma corda presa ao navio sem que ninguém percebesse, e pulei para dentro, me esquivando pelas amuradas.

  — Levantar âncora! Içar velas! - gritaram.

Não havia muito movimento, somente na popa, onde o navio era dirigido pelo comandante, que estava junto a outros marujos. O mar estava coberto por um denso nevoeiro, sendo assim, um tanto do navio ficaria oculta pela neblina branca, formando um bom esconderijo para mim. Aproveitei a oportunidade e desci ao convés, onde se encontrava, também, a cabine do capitão; a porta estava fechada, por isso não arrisquei de abri-la. Continuei explorando o convés com toda a cautela que pude ter, até que avistei vários barris cheios de rum amontoados e resolvi me deitar atrás deles, onde sabia que nenhum marujo me encontraria, pelo menos era o que eu esperava.

 Passadas algumas horas, acordei quando o navio estava prestes a içar velas e baixar âncora. A cabine do capitão estava aberta. Vi um homem cuja perna esquerda era de madeira; usava tapa-olhos dourados, um chapéu tricórnio negro e suas armas eram guardadas em um cinto. Apanhou um rolo de papel e se preparou para sair.  

A Ilha do TesouroOnde histórias criam vida. Descubra agora