Capítulo Um - Abigail

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Capítulo Um.

Acordei cedo como sempre. Não sou de dormir até tarde, eu gosto de aproveitar o dia, de ficar no meu estúdio colorindo. Quando me virei do outro lado da cama, me deparei com uma chave de carro com um laço rosa. Ao lado tinha um papel escrito:

Parabéns, querida.

Era a letra de papai. Eu quase não acreditei quando vi a chave ali em cima. A peguei, corri para a varanda, abrindo minha cortina bege claro e logo depois abrindo a porta de vidro. A brisa fria da manhã bate em meu rosto. Meus olhos percorrem o jardim e lá estava o Nissan Kicks preto. Eu não estava feliz só por ter ganhado o carro, mas pela confiança que papai estava colocando mim. Desde o acidente de mamãe, ele nunca me deixou chegar em um volante de carro. Eu fiz auto escola, tirei carteira, fiz tudo que uma pessoa precisa pra poder dirigir, mas mesmo assim, ele não me deixava de maneira alguma pegar uns dos nossos carros. Sempre que eu ia em algum lugar, Tito ia comigo. Tito era o braço direito de papai, além de trabalhar para ele, eram super amigos.

Voltei para meu quarto, colocando meu hobby e descendo as escadas. Passei por Margarida, lhe dando um abraço apertado.

— Abigail! Não corra, o chão está liso — ela me repreendeu. — E o café está pronto, querida.

— Margarida, onde está papai? — pergunto.

— No jardim como sempre — ela sorri.

— Vou falar com ele e já volto. — digo e saiu saltitando. Lá estava ele, na mesa do jardim rodeadas de plantas. Estava com uma revista na mão e na outra uma xícara de chá.

— Paii! — chego perto dele e o abraço.

—Gostou? — ele perguntou.

— Amei! Obrigado por me dar um voto de confiança — digo e beijo seu rosto.

— Só tome cuidado, Abigail. Você sabe que...

O interrompo — Não me lembre, papai — digo meio triste — Eu tomarei cuidado.

— Eu sei que sim. Escolhi esse pois achei bem a sua cara. — Diz e se levanta — Vamos lá ver?

— É claro — digo e caminhamos abraçados para perto do carro. De fato era lindo, e minhas mãos sacudiam para pegar naquele volante. Talvez amanhã eu saia nele.

— Já tomou café? — papai pergunta

— Ainda não. Toma comigo?

— É claro.

Nós sentamos na mesa do café.

— Ainda não se interessou por ninguém? — papai pergunta direto e eu acabei me engasgando com o suco.

— Pai! Não! — digo e não deixo de sorrir. — Por que está me perguntando isso? Você seria à primeira pessoa a saber.

— Pergunto pois nunca lhe vi com nenhum namorado. E sobre eu ser o primeiro a saber, Carolina não ficaria chateada? — ele pergunta com graça e foi impossível não rir.

— Carolina vai entender. — digo pegando uma fatia de melão. — Acho que hoje irei visitar minha afilhada. Emily disse que ela estava meio doente. Pegou uma febre mas está melhor.

— Se você for mesmo, mande um abraço pra eles. Devo uma visita ao Sebastian e a família dele.

— Claro. O senhor já vai para a empresa? — pergunto.

— Irei sim. Hoje terá alguns estagiários — ele diz beijando minha testa. — Vai inaugurar o carro hoje?

— Amanhã. Hoje vou à casa de Ely, com o Tito.

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⏰ Última atualização: Nov 25, 2021 ⏰

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