Prologue

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No crepúsculo da noite, eu e meus pais estávamos viajando para nossa pequena casa de campo, no interior da Inglaterra.

Eu com meus fones observando a paisagem enquanto o carro tomava as curvas sinuosas da rodovia, imaginando-me em alguns daqueles clipes nostálgicos de música.

— Kate? - papai me desperta do meu transe e então tiro os fones e olho para ele.

— Sim? - falo em um tom inesperadamente embargado.

— Está tão quieta... Aconteceu alguma coisa na escola?

— Não. Eu.... Na verdade não sei. - suspiro - Eu já decidi pai, mas quero que me escute antes de começar a falar, por favor. - peço.

— Fala logo e não tenta acordar sua mãe, princesa.

— Não Bruce... - diz ela sonolenta - eu já acordei. - sorri para mim.

O seu sorriso é o mais amável e caloroso que poderia existir.

— Bom, mãe eu estava falando para o papai que eu já decidi o que vou fazer na faculdade. É Música. Sei que só vou formar na escola daqui a dois anos mas... Já decidi!

— Não. Você vai tomar conta da nossa empresa. - ele me fita sério pelo retrovisor.

— Nossa, filha! - ela sorri largo - Estou muito orgulhosa de você.

Papai passa as mãos pelo seu cabelo e aperta o volante já ficando irritado.

— Como pode apoiá-la Kris? Como vai ficar a empresa? Quem vai chefiar?

Meus olhos se enchem de lágrimas, mas em hipótese nenhuma irei deixar que elas escapem. Respiro fundo engolindo o choro, que havia se instalado em minha garganta, prestes a ser libertado.

— Bruce... Ela não quer. - mamãe diz calmamente - Você deveria respeitar a escolha dela e também sabemos que ela não iria se dar bem. Dois mais dois para Kate sempre foi um peixe! E com quem deixar a Johansson Enterprices não há problema, tem o seu irmão o Robert, ele sim é bom para isso.

— Kate vai ficar na empresa, ela querendo ou não. - papai diz e me olha novamente pelo retrovisor com chamas no lugar de suas pupilas.

Eu só quero um balde para encher de água e apagá-las. Ele não vai me controlar. Nem ele, nem ninguém.

— E eu farei Música você querendo ou não. - dei meu veredicto final, dando um sorriso um tanto desafiadora para ele.

—  Está de castigo. - diz com a autoridade de pai.

— Só por que não quero ser uma empresária? Eu tenho os meus preceitos, pai. Não vou mudá-los.

— Bruce... Por favor... - mamãe tenta amenizar a tensão naquele pequeno espaço.

— Eu sou o pai. Eu que mando. - Ele olha impetuoso para mim pelo retrovisor - Vai ficar de castigo até mudar com essa ideiazinha de criança!

— Bruce!

Mamãe grita quando uma luz forte invade o interior do carro, cegando-me.

E foi assim, na velocidade da luz, que tudo se ruiu.

Notas da Autora

Olá leitores! Espero que gostem, já já estará disponível o primeiro capítulo para vocês. O prologo só para dar aquele gostinho de quero mais. ❤ Love, Valentina Bloom

*Também disponível para o Social Spirit 

Take Me Away - The LiarOnde histórias criam vida. Descubra agora