Verbatim

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"Won't you say what's on your mind?
Say what's on your mind verbatim
Tell me that you're mine
Show me what you're made of
Say what's on your mind"

"Entendi a referência." Diria Steve Rogers agora.

Encaro aquilo tudo como uma grande disputa, bem acirrada, onde o mais forte vence. Vou demostrar convicção e sair por cima desse embaraçosa situação. Me recuso a elucidar qualquer palavra, mas vendo a sua impaciência, obrigo-me a falar.

— Do-do que está falando? - gaguejo, impotente.

Droga! O que aconteceu com a minha convicção? Vamos para o plano B. Se não funcionar, tenho todas as outras vinte e quatro letras do alfabeto. Ser otimista é tudo. Claro, que até um certo ponto.

— Não seja burra, Katherine! Você sabe muito bem do que eu estou falando. Me diz. - insiste.

— Eu não sou burra não! Eu não dou coice nenhum! - murmuro.

— Fala. O que está escondendo de mim e de todos? - diz sério, jogando meu caderno no chão e coloca bruscamente minhas mãos acima da minha cabeça apenas com uma de suas mãos.

Ai. Não faz isso comigo...

Hora do plano C? Esquece. Não dá para passar debaixo das pernas dele com as mãos ocupadas.

— Você é doido. - falo sem argumentos para desviar o assunto e ele sorri diabólico.

Essa seria uma ótima hora para a princesa gritar mas esse sorriso dele me desconcerta, me deixa entorpecida... Fazendo uma confusão exponencialmente grande na minha cabeça. Fico quieta o encarando.

— Por que você fica se fazendo de ingênua o tempo todo? - ele questiona e eu não consigo tirar meus olhos de seus lábios, e mordo os meus, imaginando os nossos lábios se movendo em sincronia.

— Por que está tão interessado na minha personalidade? - retruco.

— Não interessa. - diz rude me prensando ainda mais. A distância entre nos fica menor, bem menor.

— Se não interessasse, você não estaria aqui me perguntando. - falo num sussurro e umedeço meus lábios.

—  Porra... Kate... - Justin posiciona sua mão em minha nuca e aproxima nossos lábios, fazendo-os logo se chocarem em fração de segundos.

Suspiro e como não consigo me debater, deixo que sua língua dance calmamente junto à minha. Não retribuir, seria torturante para mim. Inevitável é ele não fazer o que quiser comigo. Eu sempre cedo aos seus encantos.

Me surpreendo comigo mesma. Como não me arrepiei ao seu toque ou como deixei que ele me tocasse até agora? Por que ainda não o deixei ser meu?

Acho que sinto o que as pessoas dizem quando se está tão envolvida com alguém, borboletas no estômago. Bobagem. É só uma dor de barriga.

"Você não vai dizer o que está em sua mente?
Diga tudo o que está em sua mente
Diga-me que você é meu
Me mostre o que você é feito
Diga o que está em sua mente"

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⏰ Última atualização: Oct 15, 2016 ⏰

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