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Seis meses depois.

A pequena cidade de Bradfort já estava de volta ao seu normal. Os misteriosos assassinatos continuaram por um mês. 33 pessoas foram mortas, entre elas uma idosa de 97 anos, que foi encontrada junto com dois adolescentes de 17 e 19 anos. Como sempre, a perícia não achou nenhuma pista no local do crime e o assassino, ou assassinos, não foram revelados.

Em um gesto digno de uma cidadezinha como Bradfort, os moradores fizeram um pequeno cerimonial para as vítimas, e todos os dias os parentes que sofreram com a perda de seus entes queridos, ou até mesmo desconhecidos, iam até lá para deixar flores.

Ao longo dos seis meses passados, Dinah, Klaus e Normani desenvolveram uma boa amizade com Allyson. Mas é claro, como o primeiro passo para essa amizade foi da Dinah, ela acabou se tornando mais próxima de Ally do que Klaus e Mani.

A garota, que até então só tinha amizade com a Camila, passou a andar nos corredores junto com o trio de novatos que já ocupavam o último lugar na "cadeia alimentar" do colégio. Obviamente isso não agradava muito a Cabello, já que a garota acreditava estar sendo "trocada", substituída. Isso rendeu algumas pequenas discussões entre as amigas, mas sempre acabavam resolvendo tudo.

Para a alegria de Dinah e seus amigos, Ally nunca desconfiou de nada no comportamento dos três. Mas afinal, quem desconfiaria?

A cidade de Bradfort era repleta de seres sobrenaturais, mas mesmo assim todos ainda passavam despercebidos pelos humanos, o que fazia do lugar cada vez mais acolhedor para os seus moradores não-humanos.

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Depois de muita insistência Patricia conseguiu fazer com que Dinah fosse à sua casa para um almoço. Era um sábado não muito ensolarado e depois da refeição, Patricia iniciou uma conversa agradável com Dinah. Ally tentava fazer a mãe se calar, envergonhada, mas Dinah parecia não se importar em conversar com ela.

- Mãe, já chega. – Choramingou. – Depois de todas essas perguntas que você fez pra Dinah, ela nunca mais vai querer vir aqui. – a maior riu.

- Não se preocupe com isso, eu não me importo em responder às perguntas de sua mãe.

- Está vendo, Ally? Dinah não está se importando então por que você está?

- Por que você está me envergonhando.

- Tudo bem então. Podem subir, eu vou arrumar a cozinha.

- Se a senhora quiser, eu posso ajudar. – Dinah se ofereceu.

- Não, meu amor, não precisa. Mas mesmo assim, obrigado. – Sorriu gentil.

- Não sei como você não surtou. – Comentou risonha assim que ela e Dinah entraram em seu quarto.

- Por que eu surtaria? – Riu.

- Minha mãe te encheu de perguntas. Parecia até um CSI ao vivo. – Brincou.

- Tudo bem, ela só queria saber um pouco mais sobre mim. – Deu de ombros. – Vamos no Paxton's Grill? Eu adoro os hambúrgueres que eles fazem lá.

- Só se depois nós formos tomar sorvete. –Disse decidida.

- Quantos anos você tem? Cinco? – Perguntou rindo. – Vem, vamos logo.

Enquanto iam até o grill Ally e Dinah riam e conversavam sobre coisas triviais. Não demorou muito mais que 10 minutos para que as duas garotas estivessem atravessando as portas do estabelecimento.

Estavam andando até uma das mesas próximas da janela quando Ally reconheceu um homem que já estava saindo do local.

- Ei, Sairom! – Chamou acenando.

Beloved Immortal - Dinally versionOnde histórias criam vida. Descubra agora