Paixão cruel e desenfreada (Parte 2)

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Eles não conversaram mais sobre isso mas parecia de comum acordo que se beijassem quando bem quisesse, os colegas fizeram piadinhas" Já sabia" foi muito dito mas Guto e Elisa não se importaram.
Se despediram com um beijo e agora estão em suas respectivas casas pensando o que fariam mas claro que suas mães viram aquela demonstração de carinho e claro que foram correndo para casa uma da outra, literalmente, se encontraram na calçada e foi feita a dança da vitória das duas, transbordavam de felicidade, por mais ridícula que fosse a cena em defesa das duas, nenhuma dança da vitória é bonita.
A noite Elisa tomada de uma coragem dada graças ao brigadeiro, saiu do seu quarto decidida a falar com seu amigo mas Guto já subia as escadas.
E os dois conversaram, estavam namorando, não namorando, namorando, Elisa não queria rótulos, chamar de namoro, só implicaria responsabilidade que ela não gostaria de ter e Guto concordou, na verdade ele não pensou sobre isso.
Beijos foram dados e toques trocados.
Aquele não namoro foi bom nos quatro meses que seguiram, quatro era o número deles, apesar das discussões bobas e outras mais serias, até que a bola de neve bateu na árvore.
Elisa no dia anterior saiu com os amigos, no grupo estava Felipe, Guto não gostava dele pois o garoto nutriu sentimentos por Elisa e Guto confiava em sua namorada mas não queria socar Felipe quando o visse tentando algo.
Mesmo Guto pedindo para não sair com ele, Elisa que ao que parece pegou um pouco da teimosia do não namorado para si, foi.
E Instagram existe e Guto viu as fotos daquela ida ao parque de diversões e não gostou nada.
Ficou esperando no quarto da melhor amiga por pelo menos três horas quando Elisa entra no quarto, Guto pede explicação e Elisa paciente explica que só saiu com os amigos mas o garoto diz que pediu que não saísse com Felipe, Elisa então se irrita, as brigas acumuladas são empurradas para fora, ela diz que não deve satisfações a ele, eles não são namorados e a impulsividade de Guto fala mais alto, Elisa não estava calma, eles não foram tão diferentes.
Sábado, domingo, segunda-feira e Guto não dá sinal de vida, Elisa tenta falar com ele, sua mãe diz que ele saiu com alguns amigos, a deixou no escuro, esses três dias sem saber de seu paradeiro a preocuparam, as mensagens chegavam mas não eram visualizadas, seu coração estava angustiado.
Na terça feira as mensagens foram visualizadas mas não respondidas, nenhum dos dois apareceu na escola.
As mães que prometeram não se intrometer naquela história não aguentam mais, Guto parece está com uma nuvem negra sobre a cabeça desde de que chegou e as olheiras de Elisa incomodam a mãe mais que tudo naquele momento, Guto foi obrigado, ele deixou isso bem claro, a vir para casa de Elisa, sozinhos na sala os dois se encaram enquanto esperam o outro falar primeiro.

-Eu não acreditei quando vi, você e aquele cara juntos, Elisa. - são as primeiras palavras que ele diz dirigidas diretamente a ela.
- Isso não lhe dá o direito de sumir e me deixar tão preocupada, seu idiota.
- Você deixou bem claro que não me devia satisfações, o mesmo serve pra você.
-Guto eu não queria ter que me preocupar com nossa amizade acabar, queria te beijar e te ter como namorado mas com nossa amizade de sempre. -ela diz quase chorando.
-Elisa eu quero que você seja minha namorada, quero me preocupar com você em dobro, quero...porra! Quero você. - diz passando as mãos pelo cabelo nervoso.
- Você foi infantil.- ela tenta não se abalar com as palavras dele. - Saiu assim só para mostrar que não precisa me falar nada, pensei até que estivesse com outra, nem para escola eu fui ontem, só pensava em onde você estaria. VOCÊ. NÃO. PODE. FAZER.ISSO.COMIGO. - disse
- Eu estava na casa de um amigo, conversando, eu precisava de outro amigo que não fosse você para me ouvir, minha vida está ao seu redor, escola, família, em tudo você está, Elisa.
Elisa respira fundo.
-Era disso que tinha medo, que tudo acabasse assim, não deveria ter te beijado naquele dia. - diz cansada.
Guto a olha incrédulo.

- Deveria sim, claro que deveria. - ele se aproxima. - Vamos conversar, vai ficar tudo certo. Ei, olha pra mim, vai ficar tudo bem.

Abraçados realmente parecia que tudo ficaria bem.

Abraçados realmente parecia que tudo ficaria bem

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