Paixão cruel e desenfreada (Parte 1)

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A adolescência, época dos hormônios a flor da pele, festas, dúvidas, crises existenciais e brigas no caso desses dois amigos.

Guto e Elisa continuavam melhores amigos por um fio, como dizia a mãe dela.

O menino adorava uma encrenca e Elisa adorava ele, ou seja, os dois acabam encrencados, como aquela vez que foram detidos por grafitar um prédio, ou quando seus pais foram chamados a escola por seus filhos estarem andando no telhado da escola, uma aposta que Guto propôs e Elisa não recusou.

Mas ela queria estudar para passar no Enem no curso que almeja, e com seus pensamentos em Guto isso não seria possível.
Guto queria criar novas artes já que está se tornando tatuador mas como se o rosto da sua melhor amiga não lhe saia da mente?

Aos dezesseis tudo parece eterno, o tempo parece um amigo e as dúvidas inimigas.
Deitado na cama com os olhos presos ao teto do quarto, Guto repassa a cena em sua mente.
Seus sentimentos viraram uma confusão, como se você não arrumasse o guarda-roupas por três anos seguidos e quando resolvesse limpar a bagunça encontrasse roupas que nem imaginasse existe ou papéis com anotações que agora não faz sentido algum mas em algum momento da sua vida foram tão importantes para que tivesse escrito e guardado, Guto estava assim, uma bagunça, sentimentos que nunca vestiu, sensações que preferiu engavetar mas que agora depois de ter relido como aquelas notas, estão fora de controle.
Elisa está na mesma situação, e a penela de brigadeiro virou sua companhia para todas as horas.
Uma paixão desenfreada, a garota pensa esta virando uma maníaca, horas quer matar Guto por ser tão... argh! Ser tão Guto e outras só quer beija- lo por ser ele, só ele.

Aquele dia havia sido uma montanha russa, primeiro pela manhã seu amigo chegou atrasado, sempre tomavam café juntos e naquela manhã se atrasou, logo Guto que nunca se atrasava.
Juntos no ônibus, permaneciam calados, Elisa tentando controlar as borboletas em seu estômago e Guto refletindo. Que dia!
- Guto.
-Elisa.
Falam na mesma hora, sorriem constrangidos, constrangidos! Eles sabem tudo um do outro e ficaram constrangidos, isso só tende a melhorar.
-Pode falar. - ela diz evitando seus olhos.
-Eu estou apaixonado por você. - simples assim, cinco palavras e ele resumiu todo aquele misto de emoções.
Ela vira o tronco na direção do melhor amigo que a encerar esperando uma resposta, Elisa levanta do banco equilibrando- se e dá sinal para descer do ônibus, Guto acompanha a amiga e respira fundo quando começam a andar.
Elisa faz o mesmo e parando na frente do amigo e o beija, simples assim, novamente.
Os lábios se tocam calmamente e Guto a puxa para si enquanto Elisa coloca as mãos em seu pescoço, o beijo que começou calmo se torna mais rápido, as línguas lutam por espaço, e a necessidade de ar fala mais alto fazendo os dois se separarem.
- Acho que isso foi um sim. - a malícia era evidente em seu tom.
- Acho que você é um convencido. - responde corada.
-Você me atacou. - ele brinca.
-Ah, sabe como é, verde é minha cor preferida.
Guto ri alto e Elisa acompanha, de mãos entrelaçadas entram na escola.

Guto ri alto e Elisa acompanha, de mãos entrelaçadas entram na escola

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