Truth or Drink (Norminah - Short Fic)

2 - O Jogo

Vamos jogar? haha

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- Então, Di, vamos jogar "truth or drink"! - ela disse animada.

DINAH'S POV

- Que jogo é esse? - perguntei curiosa.

- É um jogo de perguntas. Vamos fazer as perguntas que estão nesses papéis uma para a outra e temos duas opções: respondê-las ou beber uma dose de vodka.

- Que jogo ousado. Adorei!

Ela riu. - Vamos começar então. Posso perguntar primeiro?

- Fique a vontade! - sorri.

Os papéis estavam virados para baixo para não vermos as perguntas, e eu apenas torcia para que elas não fossem constrangedoras.

Mani olhava concentrada para os papéis tentando escolher algum. Aproveitei para olhá-la e ela estava linda como sempre. Um short jeans e uma regata preta soltinha. Aquelas pernas torneadas, o cabelo solto. Me ajuda, Deus!

Ela finalmente pegou um dos papéis, leu a pergunta e disse indignada...

- Que merda! Essa pergunta não vale porque já sei a resposta! Posso pegar outra?

- Negativo! Tem que fazer a pergunta que pegou!

Ela bufou. Linda.

- Truth or drink: você é virgem? - disse irritada.

Eu ri. Agora entendi a sua indignação. - Truth, não. - pisquei para ela. Ela revirou os olhos e fez sinal para que eu pegasse um dos papéis.

Escolhi um e quando li a pergunta quase engasgo. Precisava muito que ela respondesse aquilo e apenas confirmasse as minhas suspeitas. Ela me olhava com expectativa.

- Truth or drink: você já teve um orgasmo?

O seu olhar de expectativa foi para vergonha e ela abaixou a cabeça. Sabia! Nem para dar um orgasmo aquele macho escroto servia! Que ódio!

Ela pegou a garrafa de vodka, derramou o líquido em um dos copinhos de vidro e o virou de uma vez, fazendo uma careta em seguida. Deixou a garrafa e o copo novamente na cama e foi pegar um dos papéis, mas a impedi.

- É sério que você nunca teve um orgasmo?

- Não quero falar sobre isso. - foi pegar um papel e a impedi de novo.

- Normani, toda mulher merece ter um orgasmo. Um não, vários!

- Não é como se eu tivesse escolha. - disse sem me olhar.

Mas que merda?! Não acredito que ela disse isso!

- Você já falou com o babac... Brad sobre isso?

- Sim, mas não adiantou muita coisa. - deu de ombros.

- Normani...

- Qual é a sensação? - me interrompeu.

- O que? - perguntei confusa.

- Como é ter um orgasmo?

Travei. Ela estava mesmo perguntando aquilo? O que eu respondo? Calma, Dinah, você precisa de tempo para pensar. Enrola ela!

- É uma pergunta do jogo? - arqueei uma sobrancelha.

- Não, Di, me responde.

Droga! Ela queria mesmo que eu respondesse. Não fala merda! Não fala merda! Não...

- Posso te fazer sentir a sensação. - mas que merda! Péssima resposta! Saiu sem querer, ou foi por querer? Era a primeira vez que dava em cima dela de forma tão direta, de onde veio essa coragem? Ainda nem estou bêbada!

Ela baixou o olhar e se remexeu desconfortável na cama. - Pare com isso, Dinah. Vamos voltar ao jogo, é minha vez de perguntar.

Satisfeita com a merda que você fez?

Ela pegou uma pergunta e me olhou. - Truth or drink: se você pudesse ficar com uma pessoa sem que ninguém soubesse, com quem ficaria?

Engoli em seco. A resposta para a pergunta era quem estava me olhando com curiosidade nesse exato momento. Com as mãos um pouco trêmulas, peguei a garrafa de vodka, depositei o líquido no copo e o virei em minha boca. Senti a vodka queimar a minha garganta. Deixei a garrafa e o copo de volta na cama.

- Bom saber que você esconde de mim algo desse tipo. - disse balançando a cabeça negativamente.

- E você não esconde nada de mim, não é mesmo? - perguntei irônica.

- Não mesmo! - afirmou me encarando.

- Já que é assim, truth or drink: se você pudesse ficar com uma pessoa sem que ninguém soubesse, nem mesmo o seu namorado, com quem ficaria?

Ela piscou algumas vezes e passou uma de suas mãos por seus cabelos, ela estava nervosa. - Não vale! Não foi essa pergunta que você tirou!

- E daí? Isso é um jogo, podemos fazer a pergunta que quisermos! Além disso, você disse que não me esconde nada, então não terá problema em responder o que perguntei.

Normani se remexeu na cama novamente e seus dedos brincavam nervosamente em seu colo.

- Estou esperando a resposta. - insisti.

Ela rapidamente pegou a garrafa de vodka, despejou o líquido no copo, bebeu e os devolveu para a cama.

Ela não me olhava e eu não olhava para ela. Ficamos em silêncio por um tempo. Do nada o clima havia ficado um pouco tenso, o que estava acontecendo?

Estava pirando com aquele silêncio, então resolvi descontrair.

- Estamos quites! Bate aqui! - disse sorrindo e estendendo uma de minhas mãos em sua direção.

Ela me olhou e sorriu também. Aquele sorriso. Bateu em minha mão com uma das suas e se aproximou de mim, colocando sua cabeça em meu ombro.

Argh! Não chega assim tão perto! Não faz isso comigo!

O seu cheiro começou a me embriagar e meu corpo se arrepiou. Que vontade louca de agarrá-la e beijá-la. Será que ela corresponderia se eu fizesse isso? Claro que não, Dinah! Acorda, ela é hétero! Mas ela podia ter alguma curiosidade, não podia?

Senti Normani agarrar meu braço e aconchegar-se mais em meu ombro. A minha sanidade foi para a puta que pariu e soltei sem pensar...

- Você ficaria com uma garota?