3 - Você ficaria com uma garota?

2K 201 170
                                    


Vocês ficariam com uma garota? Quero as respostas em cima da minha mesa! AUSHAUSH' 

__________   



DINAH'S POV

Ela rapidamente deixou o meu braço e o meu ombro, e me olhou de olhos arregalados.

– O que?

– Truth or drink: você ficaria com uma garota?

Ela me olhava incrédula e eu a olhava com expectativa. Há anos que vinha buscando a coragem para lhe perguntar isso, e agora que ela veio, precisava daquela resposta, mesmo sabendo que me faria sofrer ainda mais.

Contrariando todas as respostas que achei que ela daria, Normani pegou a garrafa de vodka da cama e nem se deu o trabalho de despejar o líquido no copo, bebeu no gargalo mesmo uma grande quantidade, fazendo careta em seguida e levando sua mão direita até a sua garganta.

Minha boca formou um enorme O, estava chocada. Se ela bebeu ao invés de responder, significa que ela ficaria com uma garota? Mas que porra! Ela só podia estar brincando comigo! Não, não, não! Normani é hétero, ela não fica com garotas!

Passei as mãos pelos cabelos. A vontade que tinha era de gritar pedindo uma explicação para aquela merda de resposta. Ela já tinha ficado com uma garota então? Fechei os olhos sacudindo a cabeça para espantar aquele pensamento. Ela não podia ter feito isso! Se ela fosse ficar com uma garota, tinha que ser comigo!

Olhei em sua direção e ela ainda estava na mesma posição. Sua mão trêmula levou a garrafa de vodka novamente até a sua boca despejando uma grande quantidade. Ela fechou os olhos com força ao engolir o líquido e sua mão direita passou a acariciar sua garganta. Era só o que faltava, ela querer ficar bêbada!

Ela esticou as pernas na cama e foi inevitável não olhar. Meus olhos percorreram todo o seu corpo e pararam em sua boca exatamente na hora em que ela passava a ponta da língua em seus lábios. Minhas mãos fecharam-se em punhos. Caralho!

O desejo começou a me consumir. Agora que ela havia praticamente dito que ficaria com uma garota, a vontade de provar aquela boca se tornou insuportável e a coragem era quase a minha melhor amiga. O que eu tinha a perder?

Ela iria levar a garrafa de vodka novamente até a sua boca, mas a impedi. Tirei a garrafa de sua mão e a coloquei em cima da escrivaninha que havia ao lado da cama. Ela me olhou e ía protestar, mas coloquei a mão direita em seu rosto, acariciando sua bochecha com o polegar e ela fechou os olhos desistindo do protesto.

Vê-la daquele jeito e tão perto fez o meu coração acelerar. Minha mão desceu para o seu pescoço e depois foi para a sua nuca, ela permanecia de olhos fechados. Tão linda, sete letras. Aproximei seu rosto do meu, podia sentir sua respiração alterada batendo em meu rosto. Não estava acreditando que depois de tantos anos, finalmente beijaria a mulher por quem era apaixonada. Fechei os olhos e quando nossos lábios íam se tocar, ela se afastou e levantou-se da cama.

– Dinah, eu-eu não posso. E-eu tenho namorado. – disse de cabeça baixa.

E o oscar de trouxa do ano vai para... Dinah Jane Hansen! Você realmente achou que ela te beijaria?

Levantei-me da cama derrotada, controlando-me para não chorar. O que estava fazendo comigo? Não conseguia me relacionar com mulher nenhuma, vivia em função de Normani, esperando uma chance que ela nunca me daria. Precisava sair dali o mais rápido possível.

– Tenho que ir. – disse saindo de seu quarto. Ela me seguiu.

– Mas já?

– Sim. – continuei andando sem olhar para ela.

– Ok, te levo até a porta.

– Não precisa, eu sei o caminho. – minha voz saiu um pouco rude. Foda-se!

Ela segurou em meu braço, impedindo-me de continuar andando em direção à saída. Olhei para ela. O que ela queria agora? Destruir mais ainda o meu coração?

– Dinah, me-me desculpe, por favor. Se eu não tivesse o Brad...

Fechei os olhos. Seja forte, Dinah!

Abri os olhos e puxei meu braço sem delicadeza alguma de sua mão.

– Você não precisa se explicar. – disse fria e desci as escadas praticamente correndo, percebendo que ela havia parado em seu topo. Ótimo! Tudo que queria agora era ela bem longe de mim!

Atravessei a sala de sua casa e quando estava com a mão na maçaneta da porta, ouvi o seu quase grito.

– Dinah, espera!

Como ela conseguiu me alcançar tão rápido?

Virei-me furiosa para gritar um enorme "vai se foder!", mas antes que pudesse fazê-lo, senti sua boca chocar-se com a minha, o impacto fazendo-me bater as costas na porta.

Ela segurava o meu rosto com as duas mãos e pressionava os seus lábios nos meus, forçando para que se abrissem. Demorei alguns segundos para entender o que estava acontecendo, ela estava me beijando. Porra! Ela estava me beijando!

Levei minhas mãos até sua cintura, puxando-a mais para mim. Abri meus lábios permitindo a entrada de sua língua, quando nossas línguas se encontraram apertei sua cintura e ela arfou. Nossas línguas se provaram gostosamente. Suas mãos foram para a minha nuca e ela me puxava para si, grudando ainda mais nossas bocas. Eu deslizava as mãos por suas costas, apertando seu corpo ao meu. Que beijo era aquele? Sempre sonhei em como seria o seu beijo, mas nunca cheguei nem perto da realidade.

O ar começou a nos faltar, mas não queria de jeito nenhum parar de beijá-la, sei que ela não me daria outra chance de fazer isso, então aproveitaria o máximo possível.

Ela começou a afastar sua boca da minha em busca de ar. Capturei o seu lábio inferior e o mordi levemente, puxando-o e soltando-o em seguida. Nossas respirações estavam descompassadas, abrimos os olhos e nos encaramos por alguns segundos.

– Dinah, eu...

– Shhh, não fala nada.

Inverti nossas posições, agora as costas dela encostavam na porta. Uma de minhas mãos foi até a sua nuca e a outra até sua cintura, puxando-a para um novo beijo que ela prontamente correspondeu. Nossas línguas se entrelaçavam e ela arranhava levemente minhas costas. Aquilo estava me deixando completamente excitada. Chupei seu lábio inferior e depois comecei a chupar sua língua. Os arranhões em minhas costas ficaram mais fortes e ela soltou um pequeno gemido em minha boca quando coloquei uma de minhas pernas no meio das suas. Fiquei completamente louca com aquele som.

Minha boca desceu para o seu pescoço, e enquanto chupava seu ponto de pulso deixei-me embriagar com seu cheiro.

– Seu cheiro me deixa louca! – sussurrei em seu ouvido e ela estremeceu. Uma de suas mãos foi até minha nuca e a arranhou com força, puxando-me para um beijo feroz, carregado de luxúria.

Não estava mais conseguindo me controlar, meu sexo pulsava. Pressionei minha coxa no sexo de Normani, me arrepiando ao sentir o quão quente ele estava. Minhas mãos foram para a sua cintura apertando com força enquanto pressionava minha coxa em seu sexo de novo. Normani gemeu e cravou as unhas em meu ombro.

Levei a boca até sua orelha e sussurrei com a voz já afetada pelo tesão...

– Normani, diz para mim que você quer isso. Não posso fazer nada enquanto você não disser.

– Eu quero, Dinah... por favor! – disse com a voz rouca e eu grunhi.

Virei-a de encontro a porta, pressionando meu sexo em sua bunda. Ela gemeu.

Que delícia de gemido! Deus, se eu estiver sonhando, por favor, não me acorde agora.

Tirei sua blusa e a joguei longe. Deslizei minha mão direita por toda a sua costa sentindo sua pele arrepiar-se sob minha palma, com a mão esquerda segurei seus cabelos e os puxei com um pouco de força, colando nossos corpos. Levei a boca até a sua orelha.

–Vou te dar tantos orgasmos, Normani.

Truth or Drink (Norminah - Short Fic)Onde histórias criam vida. Descubra agora