The Big House

22 3 0
                                    

A única explicação que eu queria agora é a de por que Philip me conhece, tenho que admitir nesses dias eu estava muito medroso, só conseguia ficar parado, olhei seriamente para a cara dele e ele simplesmente abriu sorriso.

— Meu nome é Teo. – falei virando a cabeça.

— E…? – olhei para ele com dúvida. – você não é daqui?

Eu preferia não dizer nada, de alguém descobrisse que eu não era daquele mundo. Tudo ainda era muito confuso, não sabia se eu tinha voltado no tempo, ou se eu tinha ido à um universo paralelo ou coisa do tipo, eu nem sabia se isso era possível. Dizer a verdade é difícil, pode custar a sua vida também, mas eu não conhecia aquele lugar, eu precisava de alguém.

— A partir de agora você vai meu companheiro, vai ser você quem vai ajudar a procurar pela minha irmã, assim eu confio à você o que eu sei.

"Tudo bem" ele respondeu. Eu relutei, e até  um segundo pensei em contar uma mentira, mas agora já estava feito. Nós começamos a andar pela pequena vila, no caminho fui contando a ele tudo o que tinha acontecido, mas relutei em dizer que conheci uma deusa. Passamos por uma caverna que do nada alguém saiu bêbado e caiu no chão, mas ninguém o ajudou, também passamos pela casa do chefe da vila, mas ele era velho e estava na cadeira de balanço dormindo. Várias casas de madeira eram espalhadas pela vila, sem nenhuma ordem, as próprias casas formavam as suas próprias ruas, saídas, e entradas. Não havia pisos e lajotas no chão somente areia e grama, além de algumas pedras, eu comecei somente a ir em frente junto a ele, dobramos uma rua a esquerda, a rua ficava entre duas fileiras de casas, e depois dava em uma casa grande, percebi que era maior do que as outras, era de madeira, como uma casa do Alasca, mas não havia vidro nas janelas, e não havia nada de inovador, diria que seria uma casa improvisada, mas ainda assim, melhor do que as outras.

— Onde estamos? – perguntei parado em frente à casa.

— Aqui é o ligar de explicações, Teo, quero perguntar uma coisa, mas você tem que me dizer a verdade, sem exitar.

Então bateu preocupação. Mas evitar naquela hora de dizer alguma coisa seria ruim, já não falava muito ate ali, se continuasse sem palavras eu talvez perderia a ajuda dele, e ficaria totalmente perdido e incapaz de resgatar a minha irmã.

— Pergunta logo!

— Você é mesmo um humano, não é? Quero dizer, não daqui, não desse mundo.

Fiquei paralisado, mil idéias passaram pela minha cabeça para dar como desculpa, mas eu não pensava em nada. Como ele poderia dizer isso, ele tinha acabado de ne conhecer, tivemos menos de trinta minutos de interação, não era possível, mas eu já não tinha escolha.

— Como você…? – perguntei perplexo.

— Eu percebi que uma pessoa não poderia aparecer naquele campo àquela  hora, pois há muitos monstros pequenos e perigosos lá, e também não havia como você estar lá porque eu ja estava lá perto a cinco minutos antes de ouvir um barulho… uma garota gritou.

— O que!?

— Não havia como alguém estar lá e eu não ter percebido a presença, mascarar os poderes não é fácil assim, não nessa vila, além do que, quando eu cheguei mais perto, vi que não era uma garota e sim você, além de que, um poder diferente, fraco, mas forte o bastante para ser sentido, não era igual ao da garota. O que quer dizer que, você só poderia ter vindo de um outro lugar naquele exato momento. - deduziu Philip – você não é um mago, pois é fraco demais, não há como se teleportar ou coisa do tipo. Então você  não é daqui – ele falava com os dedos no queixo como se estivesse ligando os fatos.

The Chronicles of OlympusOnde histórias criam vida. Descubra agora