Capítulo II - O começo de tudo

2 0 0
                                    


Não sei vocês mas eu aprendi da forma mais dura  a não ter pressa das coisas. Há alguns anos atrás eu teria pressa de conhecer alguém, me apaixonar, fazer novas amizades, de arrumar um emprego, de viajar, de sair, de ler... Mas você já parou pra pensar que tudo acaba? Quanto mais se tem pressa para algo acontecer, certamente mais rápido irá acabar. 

Você pode estar pensando agora que talvez nunca tenha tido tanta pressa assim como eu estou dizendo agora. Mas tudo começa lá na infância, quando a gente acha que o mundo dos adultos é uma maravilha, que quando crescemos poderemos fazer o que quisermos já que uma vez que somos crianças, todos os nossos passos são controlados e ouvimos o tempo todo: "filha, não faz isso", " não pode fazer isso", "se você fizer, vai ficar de castigo". Então a gente deseja crescer. Um desejo inocente e puro de uma criança que não faz ideia do que a espera lá na frente. As coisas começam a mudar no ensino fundamental II para alguns e pra outros, no ensino médio. Podemos até separar por partes alguns momentos. 

Por exemplo, que eu me lembre as coisas do coração começaram no ensino fundamental II. Pelo menos foi assim comigo. Mundo novo, escola nova, colegas novos, professores novos. Até então eu nunca me preocupei com outra coisa além de fazer meus cadernos e livros de laptop, folhas velhas de chamada, bonecas de alunas e transformar uma parte da laje da minha antiga casa em sala de aula. Nunca tinha me preocupado com outra coisa além de brincar e querer crescer logo. O problema é que você cresce e algumas coisas se complicam quando envolvem coisas do coração. Pelo menos uma vez na vida você já se apaixonou e já sonhou em viver um amor bem típico de contos de fadas. Mas ai é que tá. Isso só acontece, em alguns casos, uma vez na vida. Ainda há aqueles que sonham com isso umas duas ou três vezes na esperança de que realmente há essa coisa maravilhosa de amar e ser amado, de ter alguém ao seu lado "por todo o sempre".

 Mas nossa realidade é diferente. Costumo dizer que o problema não é o amor. Sentimentos não são problemas, pessoas são. Pessoas fingem, brincam, manipulam sentimentos e pessoas como se elas não fossem nada. Alguns o fazem com tanta naturalidade, tanta frieza que chega a ser assustador. 

Você pode se perguntar o que é o amor. Mas não importa o quanto você tente entender ou defini-lo, algumas coisas na vida simplesmente fogem do nosso entendimento, fogem das explicações cabíveis e o amor é uma delas. 

Re-aprendendo a viverOnde histórias criam vida. Descubra agora