Capítulo 1•

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   "Meu nome, não interessa, minha idade pouco importa, de onde venho não vem ao caso... Mas oque vai ser contado aqui deve ser mantido em total e absoluto sigilo."
(Lúcia Caszaknova)

  Lúcia:

  Meu nome é Lúcia tenho 8 anos moro com meus pais em campinas, eu os amo muito mas apesar de serem meus pais sei que eles não sabem muito sobre mim...
   Eu estou no 3° ano do ensino fundamental 1
Não tenho muitos amigos, mas não me importo muito com isso, todos os dias chego na escola com minha mãe sempre do mesmo jeito, com o uniforme da escola sapatilhas pretas uma saia azul rodada que eu particularmente acho ridícula, e uma camiseta branca de mangás compridas, uma gravatinha vermelha, meu cabelo sempre com duas trancinhas uma de cada lado do meu cabelo, sempre chego de mãos dadas para minha mãe, como de costume ela me dá um beijo na testa arruma minha gravatinha e sempre diz " Tenha um bom dia de aula minha joaninha" por fim eu sempre retribu-o com um sorriso meigo e entro no colégio sempre as mesmas pessoas e a mesma rotina, as meninas populares sempre em grupo falando de suas vidinhas perfeitas, como um bando de abutres em volta da carniça, o meninos sempre no pátio central jogando bola sempre os mesmos retardados correndo atrás de uma bola, nunca vou entender esse esporte ridículo eu por minha vez chego e sento em um banquinho em baixo de uma árvore e pego uma maçã que minha mãe tem o costume de colocar dentro da minha lancheira e fico olhando as pessoas passarem pelos corredores, os meninos jogando futebol, alguns brincando com bolinhas de gude, toca o sinal as pessoas formam filas para subirem até suas salas e terem mais um patético dia de aula, me levanto e vou até a minha fila sempre mexendo nas minhas trancinhas feitas no meu longo cabelo, minha professora sempre diz a mesma coisa " Bom crianças em fila e vamos para a sala" minha sala e grande na porta tem um cartaz escrito "bem vindos" a sala em seu interior é inteiramente branca o chão é em madeira, o quadro negro e o alfabeto acima dele, a mesa da professora de frente para nós é de costas para o quadro negro, sempre faço questão de me excluir dos demais alunos acho que assim consigo me concentrar melhor, no intervalo sempre do mesmo jeito enquanto todos os alunos saem correndo da sala eu não tenho muita preça, saio da sala ando pelos corredores passando a mão nos armários, vou sempre para o mesmo lugar apesar de ter apenas oito anos leio muito bem por isso levo um livro para ler nesse período, pego meu sanduíche de pasta de amendoim e geléia e como lendo meu livro, sempre sentada no banquinho abaixo da mesma árvore, após o intervalo volto a sala me sento no meu lugar e faço as lições que não são tão difíceis entrego a professora e volto a ler, toca o sinal para ir embora meu pai sempre me busca e antes de chegar em casa ele sempre passa na sorveteria ele sempre pega uma casquinha de chocolate eu sempre pego de baunilha, chego em casa vou para meu quarto que é rosa e com papel de parede de elefantinhos roxos eu sempre odiei meu quarto, troco de roupa, desfaço as trancinhas e solto meu cabelo que vai até minha cintura, coloco uma blusa branca e uma saia amarela e minhas sapatilhas vermelha e desço para almoçar, como é volto ao meu quarto para ler minha mãe sempre vai até meu quarto e sempre diz a mesma coisa " Lúcia olha que dia lindo, por que você não desce e vai brincar no quintal" mas eu sempre digo a mesma coisa em meio a um sorriso doce " Não mamãe, eu gosto de ficar aqui lendo meus livros" e ela sempre me dá um sorriso é volta para baixo, dada a hora eu deito e durmo e acordo de manhã e sempre a mesma rotina...
   Tenho um coelho branco que eu chamo de ton embora eu não fique muito com ele, ele sempre está na minha cama, acho que é o único animalzinho que eu não tive vontade de matar, já tive um passarinho que eu matei e estripei, um hamsters que eu bati uma pedra em cima dele, um gatinho que eu joguei dentro de uma panela com água fervente, um cãozinho que joguei da minha janela e um peixinho dourado que não alimentava para velo morrer aos poucos (...)
  Um certo dia no colégio eu estava no balanço do playground balançando de um lado para o outro é um menino caiu do trepa-trepa estamos somente eu e ele pediu minha ajuda porque tinha ralado o joelho, e me levantei peguei uma pedrinha pontiaguda fui até sua direção perguntei onde estava doendo ele me indicou paguei a pedrinha e comecei a furar-lhe o joelho ele gritava quando a inspetora chegou para ver o acontecido me tirou de cima dele eu com o rosto cheio de sangue a blusa toda manchada e a mulher o levantou e levou até a enfermaria, o diretor chamou meus pais e ficou falando com eles durante uma hora na sala dele depois que saímos eles começaram a conversar comigo falaram que iam me levar a um psicólogo mas meu pai não achava necessário mas mesmo assim tive que ir sempre fazendo o mesmo teatro sempre com meu sorriso meigo meu jeito doce de ser, o psicólogo falou aos meus pais que eu era uma criança comum talvez o menino tivesse me provocado para que eu tivesse tido aquela reação violenta, durante algumas semanas foi essa rotina escola casa psicólogo, até que não precisei mais pois sabia atuar diretamente e fazer acreditarem nas minhas estórias, eu sempre tinha boas notas e isso fez com que o ocorrido tivesse sido esquecido em algumas semanas, sempre ouvia as meninas cochichando sobre algo do tipo.
"Nossa olha como ela é extranha", " Ela é tão solitária", "Olha como se veste mal", não dava muita atenção mas tinha vezes que na hora do intervalo esbarrava nelas com um copo de suco de uva fazendo cair sobre elas, sempre queria velas bravas mas sempre tive uma louca vontade de fase-las sentir dor chorar deixa-las machucadas, então chegou um dia que tive a oportunidade, fui ao banheiro e uma delas estava lá uma menina loira sempre usa uma tiara na cabeça a vi se olhando no espelho, bati a cabeça dela no espelho o quebrando vi ela chorar com a testa sangrando peguei um fragmento do espelho e cravei na perna dela isso me rendeu uma suspensão mas vela com a perna enfaixada me dava um êxtase aquela lembrança de vela chorar e gritar me dava um prazer uma nostalgia, era a melhor sensação possível, eu adorava aquilo.

  Oi caros leitores espero que tenham gostado deste capítulo ele é oque posso dizer um capítulo base para oque está por vir continuem lendo e toquem bastante na estrela ok.
   

 Garota má.Onde histórias criam vida. Descubra agora