Prática N° 1- A Palmatória

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(Ouça a música no local indicado)



Já anoiteceu.

Aidan ainda não chegou, e eu só fico mais e mais ansiosa com tudo.

Os Carsson foram embora logo depois do almoço, e foi um dia cheio de prepartativos e conversas.

Acho Jack e Maria Carsson pessoas tão abertas com seus filhos.

Depois da conversa que eles tiveram na cozinha que durou quase duas horas eles dois vieram falar com Charlotte, fiz mensão de sair da sala mas Maria me garantiu que não havia necessidade, porém não me senti incomodada nenhum pouco de ouvir a conversa, Jack e Maria se posicionaram sobre o casamento de Charlotte com Henry e falaram diversas coisas, coisas que Charlotte não gostou e outras que ela adorou.

Jack permitiu que Charlotte viesse pra Nova York pra um jantar na casa dos pais de Aidan com a única condição de que Charlotte fique hospedada em minha casa, não discordei, mesmo que não saiba bem onde morarei com o meu tio, será ótimo receber Charlotte em meu lar, assim como ela me recebe em seu lar.

A segunda coisa é que Maria deixou claro que Charlotte tem livre escolha pra querer morar onde desejar após o casamento--que será ano que vem--mas que tanto ela quanto Jack ficarão muito tristes por ela não querer morar perto deles, Charlotte começou a chorar nesse momento pois sua mãe estava chorando, eu segurava Adam a todo momento prendendo o choro, pois era de partir o coração vê-la daquele jeito.

A terceira coisa foi a coisa mais fofa que eu já vi um pai fazer por sua filha durante toda a minha vida, Jack Carsson disse pra Charlotte que a amava e que ela era sua menina, e que o que ela escolhesse pra sua vida seria o melhor, ele também se emocionou um pouco ao falar essas palavras pra sua filha.

"o que escolher Lottie o papai talvez não goste mas vai respeitar, você é a minha florzinha e sempre será a minha menina que tanto amo"

Depois disso até eu estava com os olhos marejados d'água.

Charlotte pulou no pescoço de seu pai, pai adotivo mas que de adotivo não tinha nada, Maria sorria toda chorosa, e eu por mais incrível que parecesse estava muito feliz em ver que os Carsson estavam se resolvendo.

Depois disso, Jack e Maria foram pra cozinha, nós também, e eu vi os pais de Charlotte preparando ao almoço com ela em plena quinta feira, nunca tive pais presentes mas me sentia muito feliz em vêr aquela cena, fiquei com Adam a maioria do dia, eu simplesmente amei aquele bebê, ele é quietinho e só chorou nos momentos da mamada, depois almoçei com os Carsson, e escutei Jack e Maria falando sobre a empresa deles, BCLT, nunca havia ouvido falar mas parece importante, Charlotte parecia entender muito bem do assunto, bolsa, porcentagem, negócios, ações, parece que eles tem duas filiais... mas foi muito bom.

Pela tarde os Carsson me deixaram depois de um café e das tagarelices de Charlotte sobre o curso que ela pretende fazer na faculdade, a chuva passou e desde então estou sozinha no chale esperando Aidan.

Já roi as unhas das mãos, já andei pra cima e pra baixo, já tomei umas cinco xícaras de café, tomei banho, e fiquei na sala, já dei uma volta no quintal, já fiquei na varanda... e nada!

A ansiedade não sai de mim, e o que mais me assusta é que ela é muito maior que o medo, estou curiosa.

Estou mentalmente presa ao que Aidan me pediu, ele realmente quer isso e eu não entendo os motivos pelos quais essas fantasias mexem tanto com ele mas isso está começando a mexer demais com os meus nervos.

Maddie - S.A.D.O I - DEGUSTAÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora