--Raimunda e Jesuíno,estava a temos a caminha á bastante tempo na estrada das almas, por isso estavam completamente suados, e muito cansados.
-- Raimunda estar na frente de Jesuíno e ele fará com que ela pare.
Jesuino: Raimunda, Raimunda, espere um pouco.
Raimunda: o que tu que Jesuino? -- diz Raimunda,quefaz expressão enfezada.
Jesuino: primeiro eu quero descansar, mas segundo será que nossas mainhas já sabe que nos ta aqui?
Raimunda: claro!--se vira e anda um pouco.
Jesuino: meu deus que o senhor me proteja, esse lugar aqui, me dá calafrio...
Raimunda: já eu não sinto nada --diz ela,com um tom de superioridade.
Jesuino: claro, tu é mais fria do que gelo.
Raimunda: olha Jesuino, vou te dar uma dica, é só tu parar de ficar pensando besteira, e apertar o passo que esse lugar aqui nem vai parecer à estrada das almas, e...
---Jesuíno a interrupção
Jesuino: Ra... Raí... Raimunda é melhor tu virar pra trás --fala gaga, e aponta para o lado oposto da Raimunda.
--dois coveiros olhando o casal estarão a, já estiver iniciado, eles estarão com um corpo.
Raimunda: Jesus cristo! O que é isso? -- diz Raimunda,levando as mãos a boca, e faz cara de assustada.
Jesuino: eu nem quero saber o que é, mas... Mas eu te disse, eu te disse que esse lugar só tem coisa ruim, e tu não, não -- diz Jesuíno,resmunga durante a fala.
---Raimunda, fica na frente de Jesuino, para demonstrar sua valentia.
Raimunda: será que eles mataram alguém?
Coveiro 1: não, nos não matou ninguém.
Coveiro 2: o nosso simples e humilde trabalho é o de enterrar quem já ta morto.
Raimunda: e esse aí morreu de que?-- diz Raimunda com uma certa curiosidade.
Jesuino: Raimunda, pelo amor de Jesus cristinho, não pergunta nada não.
Coveiro 1: esse aqui morreu de bala!
Jesuino: bala perdida? -- fala Jesuíno,agora ele se faz interessado no assunto com ar meio desconfiado.
Coveiro 2: bala mais que achada, bala acertada!
--Raimunda e Jesuino irão ate o lado em que os coveiros estarão, olharão o corpo, e farão o sinal da cruz.
Juntos: que deus o tenha.
Coveiro 1: ah esse cabra aqui, vai ter que pagar por todos os pecados que ele cometeu.
Coveiro 2: e que não são nem um pouco fáceis de serem perdoados.
Raimunda: e o que ele fez de tão ruim assim?
Coveiro 1: ah menina, esse cabra aqui-- diz o coveiro,aponta para o corpo-- matou muita gente, só parou quando morreu, e pior ainda morreu traído.
Coveiro 2: quando ele levou o tiro, viu que um de seus capangas que tinha atirado nele, e que sua esposa tava de enrosco com o cabra.
Coveiro 1: as suas ultimas palavras foram, que os dois iam pagar por tudo, e que queria ser enterrado aqui, na estrada.
Raimunda: coitado... Metade dos pecados dele já deve ter sido perdoado, só pelo jeito que ele foi morto.
Coveiro 1: esse foi o fim, que ele mereceu... Depois de matar tanta gente inocente.
Coveiro 2: e cada um tem o fim que merece não é mesmo?
Jesuino: bem o que importa é que o pedido dele ta sendo atendido não é? Ta tudo muito bem, ta tudo muito bom, mas temos que ir Raimunda. --ele já a puxa por um braço e vai cumprimentando os dois coveiros, pra ir 'embora'.
Raimunda: eu não vou pra lugar nenhum, vai tu! Apois eu nem sei por que tu ta com medo, nós não somo os único vivo aqui...
Coveiro 1: e quem disse que nós estamos vivo.
O silencio reina entre eles .
Coveiro 2: mas o que um casal tão bonito e jovem, faz sozinho por essas banda?
Jesuino: nós estamos indo pro recife, quer dizer agente tava indo.
Coveiro 1: e vocês tão fugindo de alguém?
Raimunda: não de alguém, mas de um fim que muito de nossos amigos tiveram... A morte Severina.
Coveiro 2: nós aqui já ta sabendo que a morte Severina tem arrasado os vilarejos... Mas nos nem pode reclamar né?, porque nos trabalha do lado da morte.
Coveiro 1: sabe de uma coisa, já ta ficando tarde e é melhor vocês virem com nós, porque a noite as almas adoram sair atrás das vitimas.
Jesuino: e onde é que nós vamos ficar?(-- diz Jesuíno,com uma expressão duvidosa.
Coveiro 2: na casa de uma grande amiga nossa.
---os dois coveiros se olham durante essa fala.
Raimunda: mas e esse cabra morto?
Coveiro 1: ue, vocês ajudam nós a enterrar.
Jesuino: eu não vou mexer com gente morta não, eu hein... Vamos logo que já ta ficando tarde e eu já to conseguindo escutar vozes.
Os coveiros e o casal continua sua caminhada,agora,acompanhados....
Continua....?
VOCÊ ESTÁ LENDO
Morte E Vida Severina (Em Breve)
Ficción histórica"Raimunda,uma jovem pernambucana que tem cheiro de aventura,decide tenta a vida em outro lugar,por não aguenta mais tanto sofrimento na Vila dos Coqueiros,um lugar bem no final do Agreste do Sertão onde vive e não chove a três anos.Porém,a única man...