refúgio- 4º cap

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Oisss , só para avisar que não revi, portanto se tiver erros avisem , jinhos S2

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Eram 13h , estava no quarto a descansar quando fui interrompida

por alguém a bater á porta.

-Sim?!

-Menina o almoço está pronto-disse Adília.

-Está bem, já desço.

Levantei-me e fui lá para baixo , os meus pais já estavam sentados na mesa.

-Então querida , gostou da decoração? - perguntou a minha mãe entusiasmada.

-Sim mãe-menti pois não a queria desiludir e sabia o trabalho que ela tinha tido com esta festa.

-Ainda bem filha ,os convidados chegam por volta das 17h.

-Está bem mãe.

Continuamos a refeição , o meu pai permanecia em silêncio.

Acabei de comer e fui começar a arranjar-me.Ás duas da tarde já estava praticamente pronta decidi ir lá abaixo ver como estavam a correr as coisas , estava a descer as escadas quando tocaram á campainha.

-Eu vou lá -gritei

Abri a porta e deparei-me com Valter.

Valter Taborda é filho de um casal amigo dos meus pais , conheço-o desde pequeno e nunca fui com a cara dele, é o tipico rapaz mimado,futíl e com mania que consegue tudo o que quer.

-Ah, és tu...-disse modificando a minha expressão para uma cara de dessagrado.

-Não te via há tanto tempo, estás linda-afirmou enquanto me envolvia num abraço que não foi retribuido.

-Sofia ,quem é? -gritou a minha mãe do salão.

-É o Valter , mamã.

Os meus pais dirigiram-se á porta.

-Olá sr. e sra. Baltazar.-disse o Valter demostrando-se animado

-Olá querido-disse a minha mãe enquanto Valter beijava a  mão dela.

-Olá Valter-disse o meu pai dando-lhe um aperto de mão

-Bem, eu peço desculpa por vir mais cedo mas eu precisava de falar com a Sofia.

Mas como assim ele foi convidado ? Sem duvida que esta festa estava a tornar se cada vez melhor . É certo que não me preocupei com a lista de convidados , mas por favor , os Taborda ,a serio?!

-Claro. Sofia porque não vão até ao teu quarto para falarem mais á vontade?! - sugeriu a minha mãe.

Limitei-me a elevar o meu corpo pelas escadas a cima e o Valter seguiu-me.

-O que é tu queres?-perguntei fechando a porta.

-Nada,só vim ter a certeza de que era o teu par na festa.

-Pois,não preciso de par nenhum , é um aniversário não é um baile.

-E depois ? Sabes bem que quer queiras ou não o nosso destino é ficarmos juntos- afirmou aproximando-se de mim.

-Não Valter , esse é o destino que tu e os nossos pais têm na cabeça , esse não é o "nosso" destino e aliás, nem existe um "nós"-estava quase a gritar enquanto o empurrava para a porta.

-Como quiseres chamar, não me interessa , vou lá para baixo ter com os meus sogros.-disse num tom provocante saindo porta fora.

Tentei ignorar o facto de ele ter ali estado e o facto de que ali iria permanecer até ao final da festa e fui acabar de me arranjar.

Eram 16:50 quando a casa se começou a encher de desconhecidos e de comida.

Ás 17h decidi descer. Fui parada de 1 em 1 metro para ouvir coisas do género "Parabéns , estás linda" ou "Feliz aniversário Sofia Baltazar" da boca de pessoas que nunca tinha visto antes.Finalmente no meio da confusão cheguei perto do bolo , onde se encontravam os meus pais e os Taborda.

-Vamos apagar as velas meu amor - disse a minha mãe num tom razoavelmente alto para que todos pudessem ouvir.

-Peço perdão , mas antes gostava de dizer umas palavras - disse o meu pai deixando-me surpreendida e curiosa.

Toda a gente se calou como se estivessem a dar um sinal para o papá prosseguir.

-Bom Sofia , eu sou seu pai e tenho muito orgulho nisso, tenho orgulho em lhe ter ensinado os principios que a menina tem agora , de lhe ter dado uma boa educação de ter acompanhado o seu crescimento,de vê-la a aprender com os erros eu tenho orgulho em si -desviou os olhos de mim que estava quase a chorar e olhou á volta no salão-e tenho orgulho em anunciar que a minha filha está noiva e que vai ser feliz junto de um grande homem , Valter Taborda-afirmou convicto suscitando burburinhos por parte dos convidados.

Os olhares estavam todos focados em mim e já ouvia várias pessoas a desejarem-me as felicidades , olhei para o Valter que esboçava um enorme sorriso na cara, eu sentia-me completamente á toa ali no meio. Furei a multidão de pessoas até chegar ás escadas, subia-as e fui para o quarto.Deitei-me na cama a chorar , era a unica reação que conseguia ter.

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