A semana se passou em um piscar de olhos. E eu realmente não voltei naquela linda loja de doces, eu estou completamente e verdadeiramente envergonhada até hoje.
Finalmente estou esperando meu pai chegar na porta de minha casa para eu ir á Malibu passar um tempo com ele e com – sua horripilante mulher- Bettanie. Eu não sei qual o meu problema com ela, para ser sincera. Mas eu não consigo nem se quer ficar perto por mais de dez minutos, e não, eu não estou exagerando.
Estou sentada na calçada da minha casa enquanto olho para os lados, tentando encontrar algo para me distrair. Olho para o alto e vejo um grupo de pássaros. Eu amo pássaros. Eles podem ser livres, devem ser muito feliz. Eles vivem...Eu queria viver. Viver de verdade, encontrar alguém, e viver junto à ela. Eu queria sorrir com emoção, eu queria morrer velhinha, juntinho com a pessoa na qual eu escolhi para viver. Meu maior sonho é simples, porém, não é tão fácil conseguir: Ter saúde. O resto, eu consigo lutando.Meus pensamentos estavam conseguindo me distrair de tudo. Continuei olhando para o alto, mas os pássaros não estavam mais lá. Não se ouvia barulho de motores de carros ou motos, eu só estava comigo. Eu estava conversando comigo mesma.
"Olivia!" Ouvi meu pai gritar animado. Olhei para ele e o vi com os braços abertos, andando em minha direção. Sorri e me levantei, andei em pequenos passos até meu pai, e o abracei .
"Joseph!" O chamei pelo nome, vendo seu sorriso sincero para mim. Meu pai tinha realmente envelhecido, mas não posso deixar de concordar que ele estava um grisalho charmoso.
Abracei apertado minha mãe e percebi o incomodo dela, e de meu pai. Sorri um pouco incomodada também, e caminhei ao lado de papai até chegarmos no carro.
"Doce garota!" Com sua voz fina, Bettanie me cumprimentou. Sorri assentindo e entrei no carro.
E então, começou meus dias com meu pai. O carro não fazia barulho nenhum e era como se estivéssemos parados na estrada. Se não me engano, meu pai estava dirigindo um Audi. Eu tenho muita vergonha de tudo que é do meu pai. Não consigo me sentir a vontade, mesmo ele sendo meu pai, é como se eu não tivesse liberdade com as coisas dele.
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Cansei de olhar para a tela do meu celular onde passava de mais uma fase no Candy Crush. Olhei para frente e meus olhos até arderam. Quando olhei em direção ao vidro do carro, vi aquela praia. Malibu, como eu amo esse lugar. Tudo é lindo aqui, eu tenho medo de praias, mas Malibu é diferente. Algo aqui me atrai muito...
"Finalmente chegamos, eu estava quase tendo um ataque." Bettanie disse, me fazendo mais uma vez concordar comigo mesma que se tem algo em Malibu que me atrai, não é ela.
Descemos do carro e imediatamente um moço pegou minhas malas. Ignorei esse fato e dei alguns passos para frente, obsevando o mar. Nossa, como eu tenho medo de água. Não de terremoto e essas coisas, mas de tubarão. Seja lá onde eu esteja, um rio, lago, mar, tudo me da medo de tubarão. Por isso prefiro piscina. Isso é uma das coisas mais estranhas sobre mim.
Sorri para meu pai agradecendo pelo o convite e me virei para a casa. Tinha uma escada do lado de fora da casa. Era inteira branca por fora, cada detalhe era perfeito. Não era essa casa quando eu vim aqui pela última vez. Entramos na casa e ai sim eu me surpreendi. Era realmente grande. Logo de cara já vi Bettanie sentada no sofá, já estava fazendo as unhas, e acabamos de chegar. Subi as escadas com meu pai e ele me levou até o quarto que eu irei usar. Também era branco, a roupa de cama tinha detalhes azul turquesa e eu estou apaixonada por essa cor. Agradeci meu pai e sentei na cama, sentindo ela macia. Coloquei meu celular para carregar do lado de minha cama, e fiquei feliz em saber que eu poderia mexer em meu celular enquanto ele carrega, e ao mesmo tempo, ver filme na televisão enorme que está na frente da cama, e o melhor de tudo, embaixo das cobertas.
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Os Olhos de Olivia - Por Eduarda X.
Romance"A brisa leve batia em meu rosto e meus cabelos dançavam com o vento. Ele estava olhando cada detalhe do meu rosto, o que me deixou envergonhada. Suas mãos estavam firmes na minha cintura, e eu não quero que isso acabe. Por favor, tempo, pare. Conge...