Amar

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Olha, eu sei que erro. Sei que sou egoísta e dramática. Sou chorona e idiota ás vezes. Mas quem não erra afinal?

O errado mesmo, é aquele que não reconhece, que não admite errar. Você sabe, eu não vou ir correndo lhe pedir desculpas, muito menos implorar de joelhos ou prometer mil coisas. Porque afinal, você não vai aceitar e eu vou entender, eu posso implorar e andar em brasa, mas não irá adiantar, posso te prometer mil coisas, mas quem garante que vou cumprir todas?

Então eu apenas digo, eu te amo. Sou falha, sou errada. Mas não vou lhe pedir desculpas, não vou correr atrás implorando mandando mil mensagens para você, porque sei que nada disso vai adiantar, você não vai me desculpar e mesmo assim, sei que o mereço.

Posso ser totalmente errada, uma imbecil completa, posso ser insensível e totalmente trouxa. Mas ainda amo você, ainda quero te fazer feliz. Venho com as melhores das intenções mas anjo, que adianta se eu não as faço mesmo querendo tanto? Então eu penso, ora pois, vou apenas lhe amar, você pode não me desculpar e pode me odiar por isso. Eu vou entender, mas anjo, saiba que te amo meu bem.

Amar é coisa complicada, assim como a gente, como nós. O que é complicado até dizer se existe nós depois de tudo que aconteceu, depois de tudo que fiz. E olha, eu posso ser imbecil, mas não lerda. Sei o que fiz e me arrependo, o problema é. Que adianta me arrepender e chorar, implorar de joelhos e andar em brasa, se mesmo depois disso ainda não a mereço?

Afinal meu anjo, você nunca foi minha, é livre meu bem. Ainda mais agora, afinal eu errei. E não posso fazer nada a respeito a não ser me arrepender, e talvez a senteça de desmerecer você, pagar. Porque não adianta de palavras bonitas, nem mil textos e poesias, a mais bela música ou o simples versos, não posso fazer nada a respeito. É errado, porque isso não adianta. Então, vamos lá: Deixei a culpa me consumir, a raiva em meu peito se abrigar e nessa manhã minhas mãos sangraram. Agora, nesta tarde quente de ínicio de verão, escrevem um texto pensando em você, mãos essas, tremulas depois da manhã difícil. Essa manhã, sem você. E acho que devo me acostumar não é? Afinal, meu amor, você merece alguém e não esse ser confuso, esse ninguém.

Que de tanto querer ser alguém, misturando se a tantas pessoas, virou ninguém. Um ser rude e egoísta, mascarado e insensível. Acabou que, mesmo usando máscara, ela foi quebrada por ti, assim como as muralhas que construi aquela vez, eu estava certo, amar é um perigo, totalmente confuso e sem direção correta. Mas o amar de mim, é diferente do amar daquele cara da esquina, ou da mulher das flores. Amar é complicado, assim como eu sou. Assim como era com você.

Então se um dia me perguntarem se um dia amei alguém, ah, vou suspirar fundo e abrir um sorriso "Pois sim, amo, infinitamente, com a intensidade de mil sóis, mas perdi esse amar em algum lugar, pena, que foi descuido meu ",  foi descuido meu, ora, foi meu mesmo. Então vamos deixar esse amor aqui guardado, se quiser, busque e lhe dou de bom grado, mas se não for necessário para você, se lhe fizer mal, então jogue o fora. E eu guardo. Lá no meu fundo, na minha cabeceira, vou deixar amarrada uma foto tua, usando a aliança que comprei com minhas mãos tremulas e sorriso triste, encarando tua foto abraçado em um travesseiro pensando "Como é que fui cego? Por que deixei escapar assim e por que afinal eu me descuidei tanto?" sorrindo e chorando, pensando em você.

Você meu anjo, meu primeiro e real amor, sendo esse, meu último e único. Que por discuido meu, deixei escapar, me perdendo nessa coisa de amar, e aprendendo que afinal, ninguém sabe ao certo, o que é amar, mas eu queria aprender, queria saber, como é essa coisa de dois, pena, eu não ser bom nisso e estragar tudo. Então eu observo sua foto na tela do meu celular, pensando naquela noite, quando lhe entreguei a aliança, quando lhe beijei pela primeira vez, e até quando quase cai. Agora sabendo, que por discuido meu, perdi. Errei, e errei feio dessa vez, com meu medo, meu único medo sendo realizado por mim. Perder você, porque, eu quem o realizei, agora, tendo medo de mim.

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